Setor de serviços puxa alta e RS abre 2,4 mil vagas formais em junho, aponta Caged

 Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados foram divulgados nesta segunda-feira, 4

Foram 123.412 contratações e 132.805 desligamentos no mês | Foto: Ministério do Trabalho e Emprego


Em junho de 2025, o Rio Grande do Sul apresentou saldo positivo de 2.443 novas vagas de trabalho com carteira assinada, resultado de 123.412 contratações e 132.805 desligamentos no mês. O dado representa um crescimento de 128,3% em comparação a junho de 2024, quando o Estado apresentou a redução de 8.630 postos - consequência das enchentes.

As informações são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), divulgados nesta segunda-feira, 4.

Os cinco municípios com maior número de vagas formais criadas no mês foram: Porto Alegre (534), Vacaria (506), Canoas (465), Gramado (296) e Vera Cruz (296).

O setor de serviços lidera o ranking de empregos formais criados por grupamento de atividades em junho, com 2.929 novos postos. O comércio ocupou a segunda posição, com a geração de 642 vagas. Em seguida está a construção, com 10 vagas. A indústria ficou com saldo negativo no mês, com menos 942 vagas de carteira assinada. O mesmo ocorreu na agropecuária, que registrou redução de 196 postos formais.

Mais de 76 mil novos postos entre janeiro e junho de 2025

O Rio Grande do Sul registrou 76,4 mil novas vagas com carteira assinada em 2025, resultado de 889.135 contratações e 812.767 desligamentos entre janeiro e junho. Os números indicam um crescimento de aproximadamente 103% em relação ao mesmo período de 2024, quando o saldo foi de 37,5 mil.

O Estado foi o quinto no país com maior saldo positivo no ano, atrás apenas de São Paulo (349,9 mil), Minas Gerais (149,3 mil), Paraná (94,2 mil) e Santa Catarina (80,4 mil). A Região Sul ocupou o segundo lugar na geração de empregos no país, com 250.968 novos postos, em um ranking liderado pela Região Sudeste, com 580.397 vagas formais.

Brasil supera 1,2 milhão de empregos nos seis primeiros meses

No cenário nacional, o país superou a marca de 1,2 milhão de empregos com carteira assinada criados nos seis primeiros meses de 2025. São 1.222.591 vagas e saldo positivo nos cinco setores da economia avaliados. Só no mês de junho, foram 166.621 postos de trabalho formais.

O estoque, que representa o total de vínculos empregatícios formais ativos no país, superou o patamar de 48,4 milhões.

No acumulado de 2025, todos os cinco grandes grupamentos de atividades econômicas registraram saldos positivos. O maior gerador de postos no ano é o setor de Serviços, acumulando 643.021 vagas de emprego geradas, um crescimento de 2,8%,

Correio do Povo

Brasília, 03/08/2025 #ReajaBrasil

 



Fonte: https://www.kwai.com/@Roniellins1./video/5202370631028163226

Expointer 2025: feira tem lançamentos nacionais nesta semana

 Encontros em São Paulo, nesta terça-feira, e em Brasília, na quarta-feira, destacam a importância da mais tradicional exposição do agro gaúcho

Expointer será realizada entre os dias 30 de agosto e 7 de setembro, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio | Foto: Alina Souza / CP Memória


48ª Expointer terá lançamento no mais importante centro financeiro da América do Sul nesta terça-feira, 5. Com a presença do governador Eduardo Leite, o evento será apresentado em São Paulo (SP), em ato previsto para ter início às 9h30, no escritório da Invest RS.

A ação, inédita na história da feira agropecuária, é realizada em parceria com a Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi).

“Nosso objetivo é transformar o escritório em um hub de conexão da economia gaúcha com o mercado do centro do país. Poder lançar a Expointer, um dos principais eventos de negócios do nosso Estado, em São Paulo, reafirma o propósito de colocar a nossa estrutura a serviços da prospecção de mercados e investimentos”, disse o presidente da Invest RS, Rafael Prikladnicki.

No dia 6, a promoção da Expointer será levada para a sede da Confederação da Agricultura e da Pecuária do Brasil (CNA), também com a participação de Leite.

Considerada a maior feira agropecuária a céu aberto da América Latina, a Expointer ocorre de 30 de agosto a 7 de setembro no Parque Estadual de Exposições Assis Brasil, em Esteio, na Região Metropolitana de Porto Alegre. Slogan destaca o legado gaúcho para a construção do amanhã: “Nosso futuro tem raízes fortes”.

Correio do Povo

Governo dos EUA condena prisão domiciliar de Bolsonaro e promete “punições” a quem auxiliar Moraes

 Departamento de Estado divulgou nota em que voltou a pressionar por liberação do ex-presidente

Trump segue política contra sistema judiciário brasileiro | Foto: Mandel Ngan / AFP / CP


O Departamento de Estado dos Estados Unidos, responsável pelas relações externas com o Itamaraty no Brasil, condenou na noite desta segunda-feira a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro (PL), imposta pelo ministro Alexandre de Moraes. Uma nota oficial da pasta do governo Donald Trump prometeu “punições a quem auxiliar ou incentivar o ministro a continuar nessa direção”.

Em nota publicada nas redes sociais, o Escritório para Assuntos do Hemisfério Ocidental se referiu a Moraes como “violador de direitos humanos” e disse que ele coloca restrições à capacidade de Bolsonaro se defender em público. “O juiz Moraes, agora um violador de direitos humanos sancionado pelos EUA, continua a usar as instituições brasileiras para silenciar a oposição e ameaçar a democracia. Impor ainda mais restrições à capacidade de Jair Bolsonaro de se defender em público não é um serviço público. Deixem Bolsonaro falar”, diz o comunicado.

“Os Estados Unidos condenam a decisão de Moraes que impôs prisão domiciliar a Bolsonaro e responsabilizarão todos aqueles que auxiliarem ou incentivarem a conduta sancionada”, finaliza o texto.

Na semana passada, o ministro foi incluído pelo governo de Donald Trump na lista de pessoas sancionadas pela Lei Magnitsky. Moraes foi a primeira autoridade de um país democrático a receber a punição, que bloqueia bens e contas nos EUA e o impede de entrar no país norte-americano.

Trump já havia revogado o visto de Moraes, de outros sete ministros do STF e do procurador-geral da República, Paulo Gonet, como retaliação à decisão que obrigou Bolsonaro a usar tornozeleira eletrônica.

Estadão Conteúdo e Correio do Povo

Governo vai lançar programa para acolher brasileiros repatriados

 Iniciativa irá atender quem está em situação de vulnerabilidade

Desde fevereiro, o Brasil recebeu mais de 1,2 mil repatriados em operações organizadas pelo governo federal | Foto: Reprodução/FAB


governo federal vai lançar um programa para acolhimento de brasileiros repatriados em situação de vulnerabilidade.

Batizada de "Aqui é Brasil", a iniciativa é do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) e oferecerá atendimento psicossocial e assistência à saúde. O lançamento ocorrerá na quarta-feira (6), em cerimônia em Brasília.

A ministra dos Direitos Humanos, Macaé Evaristo, disse, em uma rede social, que a iniciativa visa a levar "dignidade e cidadania dos brasileiros" repatriados, "com oportunidades de emprego, moradia digna, saúde e outras garantias que só um CPF proporciona".

Além da pasta, participam do programa os ministérios das Relações Exteriores; do Desenvolvimento, Assistência Social e Combate à fome; da Justiça e Segurança Pública, e da Saúde.

Nesta segunda-feira (4), um voo que traria brasileiros repatriados dos EUA foi cancelado. Segundo o MDHC, uma nova data está em negociação, mas não há voos previstos para esta semana.

Desde fevereiro, o Brasil recebeu mais de 1,2 mil repatriados em operações organizadas pelo governo federal, com foco no retorno seguro de brasileiros em situação de vulnerabilidade no exterior, principalmente dos Estados Unidos.

Agência Brasil e Correio do Povo

Netanyahu afirma estar preparando “instruções” para exército em Gaza

 Medida ocorreu em um contexto de crescente pressão sobre seu governo para encerrar o conflito e libertar os reféns

Medida ocorreu em um contexto de crescente pressão sobre seu governo para encerrar o conflito e libertar os reféns | Foto: GIL COHEN-MAGEN / AFP


O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, anunciou nesta segunda-feira (4) que esta semana dará 'instruções' sobre a continuação da guerra na Faixa de Gaza, em um contexto de crescente pressão sobre seu governo para encerrar o conflito e libertar os reféns.

Israel quer colocar a questão dos reféns mantidos em cativeiro há 22 meses em Gaza 'no centro da agenda internacional', declarou o ministro das Relações Exteriores, Gideon Saar, às vésperas de uma sessão do Conselho de Segurança da ONU, convocada por Israel e dedicada ao tema.

No início de uma sessão do Conselho de Ministros, Netanyahu anunciou que vai convocar seu gabinete 'esta semana' para 'dar instruções' ao exército sobre 'a maneira de alcançar os três objetivos de guerra' estabelecidos para o conflito na Faixa. 'Estamos no meio de uma guerra intensa na qual obtivemos sucessos muito importantes, históricos, porque não estávamos divididos (...) devemos continuar unidos', declarou.

O premiê lembrou os 'objetivos da guerra': 'derrotar o inimigo, libertar nossos reféns e garantir que Gaza deixe de ser uma ameaça para Israel'.

“Mil anos de experiência"

O governo israelense, em guerra contra o Hamas desde o ataque do movimento islamista palestino em seu território em 7 de outubro de 2023, enfrenta uma pressão interna cada vez maior. Cerca de 600 ex-funcionários de segurança de Israel, entre eles vários ex-chefes do Mossad e da agência de segurança interna - o Shin Bet -, pediram nesta segunda ao presidente americano, Donald Trump, que pressione Netanyahu a pôr fim à guerra e trazer os reféns de volta.

'Parem a guerra em Gaza!', exorta a carta, assinada por 550 ex-chefes de espionagem, militares, policiais e diplomatas, há três décadas no centro de todos os segredos de Israel e que, 'juntos, têm mais de mil anos de experiência em segurança nacional e diplomacia'.

Netanyahu 'está levando Israel para a ruína e os reféns, à morte', denunciou, por sua vez, o Fórum de Famílias de Reféns, a principal organização de familiares dos cativos. 'Há 22 meses, vende-se ao público a ilusão de que a pressão militar e os intensos combates trarão os reféns de volta', mas estes discursos 'não são mais que mentiras e enganos', avaliaram os familiares.

Das 251 pessoas sequestradas pelo Hamas durante seu ataque a Israel, em 7 de outubro de 2023, 49 não foram libertadas e destas 27 teriam morrido, segundo o exército israelense.

'Corredores humanitários'

A publicação na semana passada pelo Hamas e a Jihad Islâmica, seu aliado, de três vídeos mostrando dois reféns israelenses, identificados como Rom Braslavski e Evyatar David, comoveu Israel e reacendeu o debate sobre a necessidade de alcançar rapidamente um acordo para libertar os cativos.

Netanyahu expressou no domingo 'sua profunda consternação' pelas imagens e pediu ajuda ao Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) 'para fornecer alimentos' e 'assistência médica' aos reféns. O Hamas exigiu como condição 'a abertura de corredores humanitários (...) para o envio de alimentos e medicamentos' ao território palestino, sitiado e ameaçado pela fome, segundo a ONU.

A comunidade internacional também tem pressionado Israel, que só autoriza a entrada de quantidades de ajuda consideradas insuficientes pela ONU, para que abra os canais humanitários em Gaza. No terreno, o exército israelense continua com seus bombardeios e operações terrestres.

Segundo a Defesa Civil local, 19 palestinos morreram nesta segunda-feira, nove dos quais tinham ido buscar ajuda alimentar no centro de Gaza. 'Talvez o mundo acorde, mas isso nunca acontecerá, nem para os árabes nem para os muçulmanos', lamentou Abdullah Abu Musa em Deir al Balah, também no centro da Faixa, sobre os escombros de uma casa.Visivelmente emocionado, afirmou à AFP que sua filha e a família dela morreram ali em um bombardeio israelense.

Enorme presente para o Hamas

Nesta segunda, Gideon Saar voltou a atacar países como França, Reino Unido e Canadá, que anunciaram a intenção de reconhecer o Estado da Palestina, o que, segundo ele, representa 'um enorme presente para o Hamas'. 'Já adverti (...) que reconhecer um Estado palestino virtual acabaria com as possibilidades de alcançar um acordo sobre os reféns e o cessar-fogo. Foi exatamente isto que ocorreu', afirmou.

O ataque de 7 de outubro de 2023 deixou 1.219 mortos do lado israelense, civis na maioria, segundo um balanço com base em dados oficiais. Em represália, Israel matou pelo menos 60.933 pessoas na Faixa de Gaza, também civis em sua maioria, segundo dados do Ministério da Saúde do território palestino, governado pelo Hamas, considerados confiáveis pela ONU.

AFP e Correio do Povo

Vídeo - FLERTANDO COM O EMBARGO

 


FLERTANDO COM O EMBARGO

 APAIXONADOS PELA TIRANIA

Pelo que revelam boa parte das pesquisas de opinião pública, é pra lá de assustador o elevado percentual de brasileiros que APROVAM o governo LULA, cujas ações, avalizadas pelo SUPER PODER exercido pela CORTE SUPREMA, não escondem o manto da -TIRANIA-, que se caracteriza por um GOVERNO OPRESSOR que ABUSA DE PODER e da ABSOLUTA FALTA DE RESPEITO AOS DIREITOS INDIVIDUAIS E COLETIVOS.

CEGUEIRA POLÍTICA

Essa típica -CEGUEIRA POLÍTICA-, metáfora que revela a dificuldade para analisar acontecimentos, identificar interesses em jogo e discernir entre VERDADE E FALSIDADE no contexto político, tem demonstrado o quanto grande parte do povo brasileiro foi infectado pelo VÍRUS IDEOLÓGICO DA ESQUERDA, cujos sintomas, sistematicamente, levam a DECISÕES EQUIVOCADAS, APOIO A POLÍTICOS OU PARTIDOS COM MÁS INTENÇÕES E RESISTÊNCIA A MUDANÇAS SOCIAIS REALMENTE NECESSÁRIAS.  


LEI MAGNITSKY

Se o problema estava restrito à CEGUEIRA POLÍTICA, na última semana a infecção foi mais além: atacou -implacavelmente- o CÉREBRO de parte significativa do pobre povo brasileiro. Esse grande contingente simplesmente não tem a menor ideia do PODER CONTIDO NA LEI MAGNITSKY, que por ora atingiu o SUPER TIRANO DA REPÚBLICA, mas, dependendo de suas reações e/ou habitual comportamento, será estendida, com a mesma força, a todos que acharem por bem apoiar e defender os sucessivos ATOS DE TIRANIA. 

EMBARGO

A situação, gostem ou não, é GRAVE. Mais ainda se levarmos em conta a forma como LULA e o STF vem tratando das questões ECONÔMICAS do nosso BRASIL. Atenção: caso LULA dê continuidade aos impropérios dirigidos constantemente ao governo dos EUA, o Brasil flerta com a enorme possibilidade de, a exemplo de CUBA, vir a ser alvo de um terrível EMBARGO ECONÔMICO, com a PROIBIÇÃO TOTAL OU PARCIAL DO COMÉRCIO E OUTRAS ATIVIDADES ECONÔMICAS COM OS EUA. Eis aí, o que isto representa:  


 


1- Impacto econômico: o embargo pode ter consequências graves para a economia do país alvo, afetando a produção, o emprego e o acesso a bens essenciais. 


2- Extraterritorialidade: em alguns casos, os embargos podem ter aplicação extraterritorial, onde empresas de terceiros países também são afetadas, como no caso do embargo americano a Cuba. 


3- Tipos: existem embargos parciais, que restringem certos produtos ou setores, e embargos totais, que proíbem todas as relações comerciais. 


4- Interrupção do comércio: um embargo econômico impede a importação e exportação de bens e serviços, além de restringir transações financeiras. 


5- Sanções políticas: geralmente, um embargo é implementado como resposta a ações políticas ou comportamentos de um país que são considerados inaceitáveis por outros. 


Pontocritico.com

FRASE DO DIA - 05.08.2025

 Um comunista quando fala, MENTE; quando cala, ENCOBRE; quando tem poder, ROUBA; e quando perde o poder, DESTRÓI. Assim construíram a sua história.

Estudo do Ministério Público aponta falhas no novo Plano Diretor de Porto Alegre

 A análise foi motivada, em parte, pelos impactos das tragédias ambientais de 2023 e 2024 na Capital

Entre os principais pontos apontados estão a fragmentação da proposta, que separa o Plano Diretor da lei de uso e ocupação do solo | Foto: Alina Souza


O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) elaborou um parecer técnico-jurídico com apontamentos sobre a minuta do novo Plano Diretor de Porto Alegre, apresentada pela prefeitura da Capital em julho. O documento foi produzido pelo Centro de Apoio Operacional da Ordem Urbanística e Questões Fundiárias (CAOURB) e assinado pelo promotor Cláudio Ari Mello.

Entre os principais pontos apontados estão a fragmentação da proposta, que separa o Plano Diretor da lei de uso e ocupação do solo.

“Causa preocupação a ausência de medidas concretas voltadas à vulnerabilidade climática da cidade, como o mapeamento de áreas de risco e a previsão de ações de drenagem urbana”, aponta Cláudio Ari.

O estudo também critica o foco na verticalização e flexibilização de parâmetros urbanísticos voltados ao mercado imobiliário de alto padrão, sem contrapartidas para habitação de interesse social ou adensamento populacional. Há ainda falhas na regulamentação de áreas verdes e na incorporação de soluções baseadas na natureza.

Outro ponto sensível, segundo o promotor, é a limitação da participação popular no processo, com a previsão de apenas uma audiência pública após a conclusão das minutas.

“Diante da complexidade e da relevância do tema, é imprescindível ampliar os espaços de escuta e deliberação com a sociedade civil, garantindo que o novo plano diretor reflita de forma legítima e inclusiva os interesses da população porto-alegrense”, explica o promotor de Justiça.

A análise foi motivada, em parte, pelas tragédias ambientais de 2023 e 2024 e o impacto da enchente histórica de 2024 em Porto Alegre. Diante do histórico recente e da suscetibilidade da cidade a desastres, o MP considera que a revisão do plano deve ser prioridade e requer maior rigor técnico e legal.

“As minutas do plano diretor e da lei de uso e ocupação do solo só foram acessadas pelo CAOURB após sua disponibilização pública, em julho de 2025. Dado que Porto Alegre foi severamente afetada por uma inundação histórica em 2024 e é considerada área suscetível a desastres, o estudo de seu planejamento urbano tornou-se prioridade”, defende Cláudio Ari, que entende que as propostas devem ser revistas pelo Município.

O estudo foi encaminhado à diversos órgãos, como Prefeitura, Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Urbanismo e Sustentabilidade, Câmara de Vereadores e MP de Contas.

Clique aqui para acessar a íntegra do estudo.

Prefeitura de Porto Alegre se manifesta

A prefeitura de Porto Alegre se manifestou sobre o estudo divulgado pelo Ministério Público. Segundo a nota, o documento “possui premissas inadequadas, interpretações parciais e conclusões equivocadas, que não condizem com a realidade técnica do processo de revisão do Plano Diretor de Porto Alegre”.

Veja a nota na íntegra.

“A Secretaria Municipal do Meio Ambiente, Urbanismo e Sustentabilidade (Smamus) reconhece a contribuição do Centro de Apoio Operacional da Ordem Urbanística e Questões Fundiárias do Ministério Público (CAOURB) como legítima e relevante para o debate público.

Desde 2019, o Município mantém diálogo permanente com o MP, em reuniões e interações técnicas recorrentes, garantindo amplo espaço para debate e colaboração.

No entanto, o estudo apresentado pelo CAOURB possui premissas inadequadas, interpretações parciais e conclusões equivocadas, que não condizem com a realidade técnica do processo de revisão do Plano Diretor de Porto Alegre.

A proposta normativa do Plano Diretor segue rigorosamente os parâmetros estabelecidos pelo Estatuto da Cidade e se inspira em experiências consolidadas de cidades como Curitiba e São Paulo.

Sobre as áreas de risco, o Município adota como base técnica o mapeamento do Serviço Geológico do Brasil (SGB), instrumento mais atual e qualificado disponível. Propostas robustas foram elaboradas, visando proteção ambiental, adaptação às mudanças climáticas e prevenção de desastres.

O mesmo ocorre com o Sistema de Proteção contra Cheias, que é expressamente reconhecido como equipamento urbano, estando previstas diretrizes específicas para a definição de cotas mínimas de edificação e parcelamento do solo em áreas sujeitas a inundações, as quais serão fixadas com base em estudo hidrológico específico já contratado pelo Município.

A participação popular tem sido um pilar essencial para a revisão do Plano Diretor. Desde 2019, milhares de participações foram registradas em mais de 200 encontros entre oficinas, conferências, seminários e reuniões com a sociedade civil. Esse diálogo continua aberto, com a audiência pública final marcada para 9 de agosto, no Auditório Araújo Vianna.

A Smamus segue à disposição para dialogar, esclarecer dúvidas e aprimorar o processo, reafirmando seu compromisso com a construção de uma política urbana que atenda às demandas da sociedade e promova o desenvolvimento sustentável de Porto Alegre.”

Correio do Povo