VERGONHA - 01.08.25

 Por André Burger - Economista, membro do Pensar+

 

O sentimento inicial foi o que os alemães chamam de Schadenfreude, aquele prazer culposo diante da desgraça alheia. Mas durou pouco. Deu lugar à Scham, a vergonha profunda. Vergonha de ser brasileiro perante amigos do mundo e, o que é pior, diante de nós mesmos. Se já não bastasse o atraso institucional, agora temos um estigma internacional: entramos oficialmente para a lista de PAÍSES OFENSORES DOS DIREITOS HUMANOS.

 

Sim, entre as 740 pessoas atingidas pela Lei Magnitsky, o instrumento legal dos EUA para sancionar indivíduos envolvidos em corrupção ou graves violações de direitos humanos, estão 145 acusados de tortura, repressão política e censura. Um deles é um ministro do Supremo Tribunal Federal do Brasil. Um juiz da mais alta corte incluído, ao lado de oligarcas russos, chefes de milícia africana e censores do Partido Comunista Chinês, num rol de ofensores da liberdade humana. Não é pouco.

 

Mas a vergonha não termina aí. Se quisermos elencar os vexames da política brasileira em rankings internacionais e domésticos, temos material de sobra para mais de um tratado.

 

Na história política mundial, os casos de presidentes democraticamente eleitos após terem sido condenados e presos são raríssimos. Um deles é brasileiro. Luiz Inácio Lula da Silva foi condenado em três instâncias, preso e depois solto por decisões que, embora juridicamente sustentáveis, beiraram o contorcionismo constitucional. Ele voltou à presidência com o beneplácito de um STF que anulou as condenações com argumentos processuais, sem discutir o mérito. A vergonha, aqui, é coletiva: da Justiça, da política, da memória curta.

 

No Executivo, entre os 37 ministros que compõem o governo federal, 19 enfrentaram investigações na Justiça. Sim, mais da metade. Isso inclui denúncias por improbidade, corrupção, lavagem de dinheiro e outros delitos da prateleira premium do Código Penal. Em qualquer democracia minimamente funcional, a nomeação de um ministro processado seria motivo de crise política.

 

No STF, poucos são os ministros que não têm familiares com escritórios de advocacia atuando na própria Corte. A promiscuidade institucional é tamanha que alguns ministros relatam processos nos quais o escritório do cônjuge ou do filho figura como parte interessada. Há casos em que o próprio ministro atua como relator de ação que o envolve indiretamente. Isso não é conflito de interesse, é um sistema de interesses.

 

Dos 513 deputados federais, 111 respondem a processos criminais, o que representa 21,6% da Câmara. Outros 87 deputados (17%) respondem por pelo menos uma ação de improbidade administrativa. No Senado, 20 dos 81 senadores são investigados por crimes comuns (24,6%) e um em cada quatro responde por improbidade. Isso sem contar os casos “prescritos” por lentidão deliberada ou enterrados sob o manto da imunidade parlamentar.

 

No plano estadual, temos 1.059 deputados distribuídos por 27 assembleias legislativas. A julgar pela média federal de 20 a 25% de envolvidos com a Justiça, estamos falando de algo entre 200 e 260 deputados estaduais potencialmente enrolados. E nas câmaras municipais, com seus 57.958 vereadores, a matemática da vergonha projeta um contingente de mais de 11 mil vereadores com algum tipo de ação judicial: criminal, civil ou administrativa.

 

Não se trata de generalização injusta. Trata-se de uma proporção que se repete com consistência estatística em praticamente todas as esferas e partidos. Corrupção no Brasil não é exceção, é padrão.

 

Segundo o ranking de percepção da corrupção da Transparência Internacional, o Brasil ocupa o 107º lugar entre 180 países. Essa foi a pior posição histórica de um índice calculado desde 1995. Ficamos abaixo de nações em guerra civil, ditaduras africanas e regimes populistas que sequer fingem respeitar instituições. Enquanto a Dinamarca é vista como a mais íntegra, e o Sudão como o mais corrupto, o Brasil vai se consolidando no meio do pântano.

 

Nossa vergonha ultrapassa atos individuais. Recentemente, o presidente Lula retirou o Brasil da aliança em memória ao Holocausto. Não basta ele, sua esposa e ministério passarem vergonha: são iniciativas que envergonham o brasileiro como um todo e cada indivíduo que não quer se associar ao que de mais ignóbil existe no mundo. Cria-se mais um epíteto mundial para o brasileiro: negacionista.

 

A vergonha é uma emoção moral. Surge quando entendemos que falhamos não só perante os outros, mas perante nossos próprios valores. É isso que diferencia a vergonha da culpa: a primeira fere a identidade, a segunda, a ação. Pois bem, nossa identidade institucional está ferida. E, como bem sabe qualquer paciente em recuperação, o primeiro passo para curar-se é admitir a doença.

 

A vergonha pode ser o início da redenção, ou o atalho para o cinismo. No Brasil, por enquanto, ela vem sendo apenas mais um capítulo da nossa crônica de normalização da indecência. Que venha a indignação. Que venha a reforma. Porque a vergonha, sozinha, não muda nada.


Pontocritico.com

O NOVO ORGANOGRAMA DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL

 ORGANOGRAMA

Mais do que sabido, o -ORGANOGRAMA- é uma representação gráfica da estrutura organizacional de uma empresa, instituição ou governo, onde os cargos são dispostos de FORMA HIERÁRQUICA. Assim, figura do CEO, ou PRESIDENTE, é colocado no TOPO e logo abaixo aparecem, de forma agrupada e figurada, as funções subalternas. Como tal, o ORGANOGRAMA define quem é o RESPONSÁVEL por dirigir, organizar, delegar, coordenar, executar e monitorar cada atividade empresarial e/ou governamental. 


ORGANOGRAMA DA REPÚBLICA

Pois, de acordo com a nossa CONSTITUIÇÃO, o ORGANOGRAMA GOVERNAMENTAL define -graficamente- cada um dos TRÊS PODERES (Executivo, Legislativo e Judiciário), onde:


1- o PODER EXECUTIVO é exercido pelo Presidente da República, auxiliado por ministros, órgãos como a Casa Civil e a Secretaria Geral;


2- o PODER LEGISLATIVO é composto pelo Congresso Nacional, com Câmara dos Deputados e Senado Federal.; e,


3- o PODER JUDICIÁRIO é representado pelo Supremo Tribunal Federal e outros tribunais. 

GERENTE DE DESPESA E TRIBUTAÇÃO

Entretanto, a partir do visível momento em que o STF achou por bem MANDAR ÀS FAVAS a CONSTITUIÇÃO FEDERAL, o ORGANOGRAMA GOVERNAMENTAL ganhou NOVA CONFIGURAÇÃO GRÁFICA E OPERACIONAL, onde a SUPREMA CORTE aparece no TOPO, em PRIMEIRÍSSIMO PLANO, como -SUPER PODER,- bem acima do CHEFE DO PODER EXECUTIVO, que aparece como ocupante do cargo de -GERENTE DE DESPESA E TRIBUTAÇÃO NACIONAL-. 

PODER INÚTIL

Quanto ao PODER LEGISLATIVO, por sua vez, ganhou -DE FATO E DE DIREITO- o título de -PODER ABSOLUTAMENTE INÚTIL-, a considerar que os SUPER PODEROSOS MINISTROS DO STF, resolveram assumir o papel de LEGISLADORES DO PAÍS.  

Pontocritico.com

FRASE DO DIA - 02.08.2025

  Sem liberdade não vivemos, apenas existimos... É a liberdade que confere cor e forma a vida humana!

- Carla Rabetti

Lula reafirma disposição de diálogo após fala de Trump

 Presidente diz estar trabalhando para proteger empregos e empresas

Lula disse que prioridade é reduzir os impactos econômicos e sociais das medidas unilaterais adotadas pelos norte-americanos | Foto: Ricardo Stuckert / PR / CP


presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou na noite desta sexta-feira (1º), em uma postagem nas redes sociais, que segue aberto ao diálogo com os Estados Unidos (EUA), em meio a imposição de tarifas comerciais e sanções contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), e que a prioridade é reduzir os impactos econômicos e sociais das medidas unilaterais adotadas pelos norte-americanos.

"Sempre estivemos abertos ao diálogo. Quem define os rumos do Brasil são os brasileiros e suas instituições. Neste momento, estamos trabalhando para proteger a nossa economia, as empresas e nossos trabalhadores, e dar as respostas às medidas tarifárias do governo norte-americano", escreveu Lula.

A declaração ocorre horas após o presidente dos EUA Donald Trump afirmar que pode conversar com Lula em qualquer momento que o brasileiro quiser.



Agência Brasil e Correio do Povo

Trump: “Lula pode falar comigo a qualquer momento; vamos ver o que acontece com o Brasil”

 O presidente dos EUA abriu caminho para discutir um acordo comercial bilateral

Trump voltou a acusar o País, no entanto, de não tratar bem o ex-presidente Jair Bolsonaro | Foto: WIN MCNAMEE / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / Getty Images via AFP / CP


presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta sexta-feira, 1º, que o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, pode falar com ele quando quiser. A declaração foi dada na Casa Branca, em resposta à jornalista Raquel Krähenbühl, da TV Globo e da GloboNews.

Trump foi questionado diretamente sobre se estava disposto a discutir as tarifas aplicadas ao País e reafirmou que Lula pode falar com ele, repetindo a mesma frase: “Ele pode falar comigo quando quiser”. Na sequência, ao ser perguntado sobre o que estaria em pauta para o Brasil, completou: “Vamos ver o que acontece. Eu amo o povo brasileiro”.

Ao ser indagado sobre o fato de as tarifas impostas ao Brasil não parecerem ter ligação com questões comerciais, Trump afirmou que 'as pessoas que governam o Brasil fizeram a coisa errada'.

Em meio às pressões para que Lula entre em contato com o norte-americano e discuta o tarifaço de 50% imposto aos produtos brasileiros comercializados com aquele país, integrantes do governo Lula vinham enfatizando que a organização de uma conversa entre os dois presidentes era complexa e não poderia ocorrer de “improviso”.

Como mostrou o Estadão, Lula cogita ligar para Trump, mas queria antes ter a certeza de que o americano iria atender a ligação e focar em comércio na conversa - ou seja, o petista não vai dar margem a negociar assuntos institucionais e de soberania.

Há receio no Palácio do Planalto de que ele seja submetido a algum tipo de constrangimento político ou humilhação, mesmo por telefone ou videochamada.

Em entrevista ao The New York Times, o mandatário brasileiro afirmou que o País “não negociará como se fosse um país pequeno contra um país grande”. O próprio Lula disse que deseja ser tratado com respeito e civilidade.

Ambos têm um histórico de declarações hostis mútuas no passado e jamais interagiram ou se encontraram pessoalmente. Integrantes do governo dizem que movimentos exploratórios, que podem ajudar a preparar o terreno para um contato no mais alto nível estão em curso.

O estreitamento de contatos entre equipes de governo faz parte desse processo. Na quarta-feira, dia 30, pela primeira vez o ministro Mauro Vieira (Relações Exteriores) conversou com o secretário de Estado, Marco Rubio, em encontro discreto em Washington, fora do Departamento de Estado e da embaixada brasileira.

Os contatos mais frequentes têm sido feitos pelo vice-presidente Geraldo Alckmin, também ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. A equipe dele trabalha com expectativa de novos contatos, em nível técnico e político.

Na última quarta-feira, 30, o presidente americano assinou a ordem que define a tarifa adicional de 40% sobre o Brasil (além dos 10% inicialmente aplicados como tarifa recíproca), apontando especialmente razões políticas em seu comunicado, com ataques ao governo brasileiro e ao ministro Alexandre de Moraes, em razão do julgamento de Jair Bolsonaro e da regulação das big techs. Apesar disso, quase 700 produtos brasileiros foram isentos da tarifa.

Contatos entre os governos Lula e Trump:

- Videoconferência entre Geraldo Alckmin e Howard Lutnick (Secretário de Comércio) em 6/3

- Reuniões virtuais entre Mauro Vieira e Jamieson Greer (USTR) em 6/3 e 2/4

- Encontro presencial entre Fernando Haddad e Scott Bessent (Secretário do Tesouro) em 4/5 na Califórnia

- Encontro presencial entre Mauro Vieira e Marco Rubio (Secretário de Estado) em 30/7 na capital Washington

- Viagem do embaixador Maurico Lyrio e equipe da Secretaria de Assuntos Econômicos e Financeiros a Washington em março

- Seis reuniões de negociação tarifária entre técnicos e diplomatas de 8/3 a 4/7

Estadão Conteúdo e Correio do Povo

Governo autorizará estados a comprar alimentos afetados por tarifaço dos EUA

 Segundo Haddad, União está disposta a mudar legislação

Haddad reuniu-se nesta sexta-feira (1º) com o governador do Ceará, Elmano de Freitas, que apresentou a sugestão de que o estado nordestino compre peixes e frutas | Foto: Luis Robayo / AFP / CP


governo federal está disposto a alterar a legislação para que governos locais comprem alimentos que deixarem de ser exportados aos Estados Unidos para compor a merenda escolar, disse o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Ele reuniu-se nesta sexta-feira (1º) com o governador do Ceará, Elmano de Freitas, que apresentou a sugestão de que o estado nordestino compre peixes e frutas, afetados pela tarifa de 50%.

“O governador [Elmano] apresentou um plano mais amplo, não só para a merenda escolar. Ele apresentou um plano mais amplo. Essas compras seriam feitas pelo Executivo estadual, mas dependem de uma lei federal, de uma autorização federal. Ele está mandando a sugestão de redação, nós vamos processar”, declarou Haddad na saída do Ministério da Fazenda.

Mais cedo, a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, disse que o governo está aberto a comprar alimentos de setores afetados pelo tarifaço e distribuí-los às escolas públicas, reforçando a merenda escolar ou o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). A medida faria parte do plano de contingência em discussão no governo.

A mudança na legislação, que pode ocorrer por meio de medida provisória ou projeto de lei, é necessária porque exigiria mudanças na regulação de compras governamentais. Em vez de seguir a lógica tradicional, com pregões eletrônicos pelo menor preço, com margem de preferência para produtos nacionais e cota de pelo menos 30% para produtos da agricultura familiar (no caso do PAA), as compras passariam a beneficiar exportadores.

Agência Brasil e Correio do Povo

Investigação revela falhas em instrumentos de helicóptero que colidiu com avião em Washington

 Altímetros teriam discrepâncias de dezenas de metros no acidente com 67 mortes

Aeronave colidiu com avião de médio porte próximo do pouso | Foto: Kayla Bartkowski / Getty Images / AFP / CP


A investigação sobre a colisão mortal entre um avião de passageiros e um helicóptero militar americano, ocorrida em Washington em janeiro deste ano, revelou discrepâncias de dezenas de metros na altitude indicada pelos instrumentos da aeronave militar. O Conselho Nacional de Segurança no Transporte (NTSB, na sigla em inglês) dos Estados Unidos realizou audiências de investigação entre a quarta-feira e esta sexta (1º), com amplos interrogatórios a especialistas e representantes das partes envolvidas.

A colisão, que causou a morte de 67 pessoas, ocorreu em 29 de janeiro perto do Aeroporto Nacional Ronald Reagan, em Washington. O acidente envolveu um helicóptero militar Sikorsky Black Hawk, que realizava um voo de treinamento, e uma aeronave Bombardier CRJ700 operada por uma filial da American Airlines.

Jennifer Homendy, diretora do NTSB, revelou que, pouco antes da colisão, o piloto do helicóptero havia reportado uma altitude de 91 metros, enquanto seu instrutor de voo indicava 121. "Neste momento, desconhecemos a causa da discrepância entre os dois. Na hora da colisão, o Black Hawk estava a 84 metros. No entanto, quero alertar que isso não significa que foi isso que a tripulação do Black Hawk viu nos altímetros barométricos da cabine', declarou Homendy.”

Nas audiências, foi revelado que três helicópteros Sikorsky Black Hawk Lima pertencentes ao mesmo batalhão foram periciados no âmbito da investigação e também apresentaram discrepâncias entre as altitudes mostradas pelos altímetros de radar e os barométricos. Em um ambiente controlado, a discrepância estava dentro do limite tolerado, mas, uma vez que os rotores giravam, as leituras dos altímetros barométricos diminuíam significativamente e permaneciam assim durante todo o voo, explicou Marie Moler, uma das investigadoras.

A diferença foi de entre 24 e 40 metros. 'Uma diferença de 100 pés [30 metros] é significativa', insistiu. "Estou preocupada. Existe a possibilidade de que a tripulação estivesse vendo algo muito diferente da altitude real”, apontou. “Vamos continuar investigando.”

AFP e Correio do Povo

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Moradores de Águas Claras, em Viamão, questionam estudo de impacto ambiental na região

 Grupo já vem alertando as autoridades desde a semana passada para o impacto que as obras podem vis a causar na comunidade e na economia da população que vive na região

Moradores estão mobilizados contra a conclusão das obras no local | Foto: Jamir Silva / Divulgação / CP


Contra a exploração e retirada de milhões de litros de água por parte da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) /Aegea, que atualmente está em obras na área rural de Águas Claras, em Viamão, moradores locais, mais uma vez se mobilizam neste final de semana para tentar frear as atividades da Companhia no local. Para este sábado, a partir das 13h30, está programada uma passeata com a participação de carros de som, integrantes dos Centros de Tradições Gaúchas (CTGs), piquetes, jipeiros com concentração na parada 82. A caminhada segue até a parada 78. A finalidade é chamar a atenção para o impacto ambiental e econômico que o efeito das obras vai causar população local.

De acordo com o professor Jamir Silva, que integra a comissão de Moradores de Águas Claras, são três importantes aspectos que devem ser levados em consideração. "Não somos contra ao fato de levar água para outro local, mas desde que haja um plano de manejo adequado e se demonstre que não haverá um impacto ambiental. Isso não nos foi apresentado em nenhum momento. Além disso, estão sendo abertos entre seis e oito poços em área considerada de preservação ambiental, onde existem nascentes."

Conforme o professor, um dos pontos mais importantes é que é perigoso para a comunidade que reside na área o volume de água que deverá ser retirado do local com a conclusão da obra. "Hoje, a comunidade consome três milhões de litros de água por dia. A Corsan quer retirar de 47 milhões a 73 milhões de litros por dia. Isso é 26 vezes mais e vai causar não só um impacto ambiental como também econômico, pois vai afetar as produções agrícolas e pecuárias, como a produção de arroz, de soja, o gado leiteiro e muitas outras."

A Corsan informou que em dezembro de 2024 foi concluído o estudo ambiental da área, conduzido pela empresa especializada Water Services and Technologies. O documento comprovou a viabilidade hídrica da região e apontou que a abertura de poços tubulares profundos não compromete a disponibilidade de água, tampouco interfere nos poços já existentes.

O estudo foi entregue aos órgãos ambientais competentes, conforme exigência da legislação vigente. A Companhia realiza monitoramento hidrogeológico periódico e atua em conformidade com os protocolos ambientais estabelecidos pelos órgãos municipais, estaduais e federais.

Correio do Povo

Manifestantes queimam bandeira dos EUA e boneco de Trump em embaixada

 Atos em capitais brasileiras criticam tarifaço e sanções a Moraes

11 cidades das cinco regiões do país registraram manifestações | Foto: NELSON ALMEIDA / AFP

Manifestações contra o tarifaço dos Estados Unidos (EUA) imposto ao Brasil e contra a sanção ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes foram marcadas, nesta sexta-feira, 1º, em 11 cidades das cinco regiões do país, entre elas, Brasília, São Paulo, Recife, Rio de Janeiro, Salvador, Porto Alegre, Manaus e Belo Horizonte.

Em Brasília, manifestantes queimaram uma bandeira dos EUA e um boneco do presidente Donald Trump em frente à embaixada do país norte-americano. Com cerca de 100 pessoas, o ato contou com a participação de militantes de sindicatos, partidos de esquerda e movimentos sociais. Um forte esquema de segurança cercou a entrada do local.

Na capital paulista, centrais sindicais convocaram o ato em frente ao Consulado-Geral dos EUA, no bairro Chácara Santo Antônio, com adesão de movimentos da juventude e estudantis. Os manifestantes defenderam que o governo não se submeta ao Estado estadunidense e pediram a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro, que tem apoiado as interferências de Donald Trump no país.

Em Brasília, manifestantes queimaram uma bandeira dos EUA e um boneco do presidente Donald Trump em frente à embaixada do país norte-americano Em Brasília, manifestantes queimaram uma bandeira dos EUA e um boneco do presidente Donald Trump em frente à embaixada do país norte-americano | Foto: Sergio Lima / AFP / CP

Brasília

Em Brasília, o ato contou com faixas com mensagens como “Sem anistia para golpistas, ditadura nunca mais”; “Fora, ianques”; e “Em defesa da soberania nacional”.

O estudante Matheus das Neves, tesoureiro da União Nacional dos Estudantes (UNE), argumentou à Agência Brasil que a política de Trump é uma retaliação a iniciativas dos países do Sul Global, em especial, à agenda do Brics. Para ele, a ação dos EUA é motivada pela extrema-direita nacional e internacional.

“O papel dos movimentos sociais, nesse período, é denunciar essas sucessivas tentativas de intervenções externas dos EUA no nosso país, na nossa autodeterminação, mas sobretudo, de resistir e dizer que a nossa brasilidade se faz presente e continuaremos na luta em defesa da nossa soberania”, afirmou.

O diretor da executiva da Central Única dos Trabalhadores do Distrito Federal (CUT-DF), Washington Domingues Neves, disse que o objetivo dos atos é esclarecer a população sobre o significado político dessa taxação.

“Queremos esclarecer a classe trabalhadora de que esse ataque contra o Brasil está sendo tramado por deputados federais eleitos pelos brasileiros. Esses políticos querem prejudicar, política e economicamente, a nossa nação. É de fundamental importância que nós brasileiros nos manifestemos”, disse à Agência Brasil.

São Paulo

Na capital paulista, o líder sindical da CUT Douglas Izzo afirmou que a mobilização acontece como recado aos Estados Unidos de que o Brasil não vai se submeter a chantagens. "E também, dialogando com a sociedade brasileira e denunciando um setor, que é Bolsonaro e sua família, que agem como lesa-pátria. A família Bolsonaro articula, com os Estados Unidos, contra os interesses dos brasileiros".

O diretor do PSTU, Cláudio Donizete dos Reis, comentou com a Agência Brasil que as manifestações buscam alertar para o modo como a taxação de Trump afeta todos os trabalhadores.

"A gente acredita que, além de repudiar o tarifaço, é preciso fazer todo o processo de criminalização do que o bolsonarismo vem patrocinando, uma verdadeira traição à pátria, pela nossa soberania, de apoio à articulação a esse processo", destacou.

Para Donizete, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve proteger os direitos dos trabalhadores frente ao tarifaço de Trump.

"Acreditamos que é necessário o Lula ser mais enfático ainda contra os embargos, exercendo a garantia de emprego e fazendo com que as remessas de lucros das multinacionais americanas, em particular, não sejam emitidas", acrescentou.

Em Brasília, o ato contou com faixas com mensagens como “Sem anistia para golpistas, ditadura nunca mais”; “Fora, ianques”; e “Em defesa da soberania nacional”. Em Brasília, o ato contou com faixas com mensagens como “Sem anistia para golpistas, ditadura nunca mais”; “Fora, ianques”; e “Em defesa da soberania nacional”. | Foto: SERGIO LIMA / AFP / CP

Outras pautas

Outras pautas da mobilização desta sexta foram a taxação dos super-ricos; o fim da escala de trabalho 6x1; a isenção do Imposto de Renda (IR) para quem ganha até R$ 5 mil; pelo fim das relações comerciais e diplomáticas entre Brasil e Israel; e contra o PL que flexibiliza o licenciamento ambiental no Brasil, chamado pelos manifestantes de PL da Devastação.


Agência Brasil e Correio do Povo