Inter esclarece situação de Rochet e nega nova lesão

 Clube informou que goleiro uruguaio passou por procedimento já previsto no tratamento e está na reta final da recuperação

Rochet lesionou-se em uma dividida dentro da área, quando dividiu com o centroavante Juninho | Foto: Gilvan de Souza/Flamengo / CP


Sérgio Rochet participou de apenas uma partida pelo Inter em 2025 e segue fora de combate enquanto finaliza seu processo de recuperação. Não há previsão oficial de retorno, embora nos bastidores se fale em uma volta no final deste mês, quando os jogadores do Inter se reapresentarem após um período de 15 dias de férias.

A novidade foi que, na tarde desta quarta-feira, o Inter emitiu uma nota para esclarecer rumores que circularam nas últimas horas sobre o goleiro uruguaio. De acordo com o clube, não houve nova cirurgia, tampouco complicações. O que ocorreu foi um procedimento já previsto dentro do cronograma de reabilitação da lesão na mão esquerda, sofrida no primeiro jogo do Campeonato Brasileiro.

O procedimento envolveu a retirada de um dos pinos colocados na cirurgia realizada em março. O atleta já realiza atividades técnicas com bola no CT Parque Gigante e está na reta final de sua recuperação. Em comunicado, o clube ressaltou:

“O Sport Club Internacional esclarece, diante de informações equivocadas que circularam, que o goleiro Sérgio Rochet realizou um pequeno procedimento como parte do processo de tratamento previamente planejado. A intervenção não tem qualquer relação com nova lesão e, tampouco, altera o prognóstico estabelecido para seu retorno às atividades.”

Rochet sofreu com problemas físicos desde o início da temporada. Uma tendinose no joelho esquerdo o afastou do Gauchão, e ele só ficou à disposição na reta final da competição, quando Anthoni foi mantido como titular nos clássicos Gre-Nais. Quando finalmente voltou a campo, na estreia do Brasileirão diante do Flamengo, acabou substituído no intervalo por causa de um trauma na mão lesionada.

Correio do Povo

Bruno Henrique, do Flamengo, é denunciado por estelionato e fraude em esquema de apostas

 Jogador é investigado por supostamente forçar um cartão amarelo no Brasileirão de 2023

Jogador segue sendo relacionado pelo clube | Foto: Gilvan de Souza / Flamengo / Divulgação CP


O Ministério Público do Distrito Federal (MPDF) ofereceu denúncia criminal contra o atacante Bruno Henrique, do Flamengo, por estelionato e fraude esportiva. A defesa do atleta foi procurada, mas a reportagem ainda não obteve resposta. O clube carioca também foi procurado, mas também não se manifestou. A medida, apresentada nesta quarta-feira é um desdobramento da investigação que apontou que o atleta forçou um cartão amarelo em partida do Campeonato Brasileiro de 2023 para beneficiar familiares em um esquema de manipulação de apostas online.

Além do jogador do Flamengo, foram denunciadas outras oito pessoas. Entre elas, primos e o irmão dele, Wander Pinto Júnior, que foi avisado sobre a intenção de sofrer a punição durante partida contra o Santos, em 1º de novembro de 2023. A pena para o crime de fraudar competição ou evento esportivo, prevista no art. 200 da Lei Geral do Esporte, é de dois a seis anos de prisão. A de estelionato, de um a cinco anos de reclusão.

Para o MPDF, houve associação criminosa do grupo. 'Não há como deixar de enfatizar que o denunciado Bruno Henrique Pinto, de forma livre e consciente, ingressou na esfera do crime, mesmo reunindo todas e as melhores condições para dela se manter afastado e, mais do que isso, mesmo sendo dele esperado que agisse como um difusor de exemplo de combate às fraudes esportivas e aos crimes envolvendo as apostas por meio de sites de apostas', afirmou a denúncia.

Agora, cabe à Justiça do Distrito Federal aceitar ou não a denúncia. Caso isso ocorra, o jogador se tornará réu e só então a chamada ação penal tramitará no Judiciário até que haja um julgamento, o que não há prazo para ocorrer. O lance que tornou o Bruno Henrique suspeito aconteceu em uma partida do Brasileirão de 2023, contra o Santos, em que ele recebeu cartão amarelo aos 50 minutos do segundo tempo.

Como resultado, os parentes de jogador teriam conseguido realizar apostas com alta margem de retorno financeiro. O irmão de Bruno Henrique, Wander, apostou R$ 380,86 e recebeu R$ 1.180,67. Sua esposa, cunhada do jogador, teria apostado em duas plataformas distintas. De valor inicial, a mulher apostou R$ 380,86 e R$ 500,00, e recebido, respectivamente, R$ 1.180,67 e R$ 1.425,00 de retorno. A prima do atleta também apostou R$ 380,86 e recebeu de volta a mesma quantia.

O jogador tentou nas últimas semanas o arquivamento do processo. A defesa do atleta protocolou petição para a 7ª Vara Criminal sob o argumento de que a conduta atribuída a Bruno Henrique não é condizente com às ações relatadas no inquérito.

Estadão Conteúdo e Correio do Povo

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Vídeo de Lucas Roudi

Fonte: https://youtu.be/fo2AVHIqSEQ?si=B_9wTP7TD0S2x6ja



Ministério Público de Contas solicita auditoria na Secretaria Estadual da Educação

 Medida determinada na quarta-feira, 11, visa averiguar precariedades em instalações físicas, com potencial prejuízo à segurança escolar e risco ao funcionamento educacional

Os fatos foram denunciados, em fevereiro deste ano, pela deputada estadual Sofia Cavedon | Foto: Hiashine Florentino / Especial / CP


A instauração de Auditoria Operacional, no âmbito da Secretaria Estadual da Educação (Seduc), foi solicitada ontem pelo procurador-geral do Ministério Público de Contas, Ângelo Gräbin Borghetti.

A medida determinada visa ao acompanhamento e à averiguação integral das informações acerca da precariedade de instalações físicas em várias escolas da rede pública estadual de ensino, com potencial prejuízo à segurança de alunos e professores, e risco ao adequado funcionamento de muitas delas.

Os fatos foram denunciados, em fevereiro deste ano, pela deputada estadual Sofia Cavedon, vice-presidente da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa (AL).

“Temos o resultado de todas as nossas denúncias ao Ministério Público de Contas (MPC-RS)”, ressalta a parlamentar, ao criticar as políticas do Estado em relação às condições físicas das escolas.

“Denunciamos que o ‘Agiliza Educação’ não era suficiente, que o repasse às escolas é muito baixo, que as obras não saem porque os projetos não se desenvolvem, além de editais e licitações que não acontecem, porque existe abandono, demora e burocracia, tornando grande, um problema que é pequeno”, avalia a deputada.

Sofia Cavedon explica que as denúncias foram embasadas na “Operação Dever de Casa” e no monitoramento das obras escolares, realizados em atuação promovida na Assembleia Legislativa durante sua presidência na Comissão de Educação, mostrando que, em um ano, apenas 8% dos problemas foram resolvidos.

“O encerramento do ‘Escola Padrão’ foi outra iniciativa para fazer manchete e depois não resolver nada. O governo vai ter que responder a essa auditoria que pede o MP de Contas, porque o governo Leite, em vez de resolver, propôs fazer PPP (Parceria Público-Privada), usando seus técnicos e gastando tempo com privatização de escola”, considerou Sofia que, também em fevereiro, entregou ao governador Eduardo Leite o balanço da “Operação Dever de Casa”.

O material do MPC-RS requer levantamento das reais condições de infraestrutura nas escolas públicas da rede estadual. Exame de como processos ligados à manutenção e conservação da infraestrutura de escolas estão sendo conduzidos.

Em sintonia com o disposto no Plano Nacional de Educação (PNE), verificar medidas em curso voltadas à ampliação, ao desenvolvimento de recursos pedagógicos e à melhoria e expansão da infraestrutura física da rede escolar.

Análise dos programas estaduais implementados: “Programa Escola Padrão” (descontinuado), “Agiliza Educação” e “Lição de Casa; e de contratação simplificada e liberação de recursos via autonomia financeira.

Correio do Povo

Grêmio realiza reunião com conselheiros para detalhar situação da Arena

 Contas de 2023 da gestora do estádio foram reprovadas pelo Tricolor

Reunião com parte dos conselheiros aconteceu na noite de terça-feira | Foto: Luis Eduardo Muniz / Grêmio FBPA / CP


Na noite de terça-feira, o Grêmio realizou um reunião especial com parte dos conselheiros para detalhar a situação com a Arena. Em mais de duas horas, o presidente Alberto Guerra e o vice-presidente do Conselho de Administração Eduardo Magrisso apresentaram os bastidores da relação com a gestora do estádio.

Conforme apurado pelo CP, foram 43 itens apresentados aos conselheiros presentes. Os dirigentes tricolores revelaram que as contas de 2023 da Arena Porto-Alegrense não foram aprovadas pelo clube. Nelas, foram apontados R$ 50 milhões repassados dos cofres da empresa para a Smart Arenas Gestão de Instalações Esportivas, além de R$ 6 milhões pagos como bônus a executivos da gestora do estádio. O Tricolor alega que não recebeu explicações sobre as destinações das verbas.

Durante o encontro, foram mostrados números dos balanços que apontam: a receita líquida da Arena Porto-Alegrense foi de R$ 46 milhões em 2022 e de R$ 83 milhões em 2023. Em relação à questão de conservação, um laudo de 2023 apurou um déficit de R$ 30 milhões em manutenções. A vistoria será renovada para avaliar quais obras serão necessárias neste ano.

Em 2023, o Grêmio chegou a ter tudo acertado para trocar as chaves, ficando com o estádio. Porém, após ter contrato e minuta prontas, a Arena deu para trás no acordo. A partir disso, o Tricolor tomou decisões para resguardar o clube nessa relação:

  • Conseguiu averbar no documento do imóvel em cartório a obrigatoriedade de algum eventual comprador da Arena ser obrigado a realizar a troca pelo olímpico. Isso protege o negócio da entrada de aventureiros na história;
  • Comprou parte da dívida da arena virando credor e portanto reestabelecendo um novo padrão com mais força e representatividade na relação

Correio do Povo

Atendimentos de pessoas com asma crescem com queda nas temperaturas em Porto Alegre

 Foram registrados mais de 7 mil casos relacionados a doenças respiratórias, sendo os subtipos de asma os mais comuns nas unidades de saúde

O pico de atendimentos foi registrado em 2 de junho, com 229 casos em um único dia | Foto: Pedro Piegas

De acordo com os dados da Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre, entre 1º de abril e 6 de junho deste ano, foram registrados 7.021 atendimentos nas unidades de saúde relacionados a doenças respiratórias. Os subtipos de asma lideram os registros, com destaque para casos classificados como asma predominantemente alérgica, asma não alérgica , outras formas, asma não especificada e, em casos mais graves, o estado de mal asmático.

“O inverno exige atenção redobrada das pessoas com asma, especialmente neste período de maior circulação de vírus respiratórios. Manter o tratamento em dia, evitar fatores desencadeantes e procurar atendimento logo nos primeiros sintomas são atitudes fundamentais para evitar agravamentos", destaca Cláudia Loss, coordenadora da Atenção Especializada. A rede de Atenção Primária está preparada para acolher e orientar os pacientes, mas, em situações de crise mais intensa, os prontos atendimentos também estão à disposição.

O pico de atendimentos foi registrado em 2 de junho, com 229 casos em um único dia, marcando o impacto direto do início do inverno sobre a saúde respiratória da população. Os dados apontam que os adultos de 18 a 60 anos representaram 42,6% dos atendimentos, seguidos por crianças de 5 a 11 anos (23%). A maioria dos atendimentos foi feita em pacientes do sexo feminino (61,94%).

Prevenção - Durante os meses mais frios e nos períodos de maior circulação de vírus respiratórios, como os observados entre maio e junho, os cuidados preventivos devem ser intensificados por pessoas com diagnóstico de asma.

As principais recomendações incluem

  • Manter o uso contínuo da medicação conforme prescrição médica;
  • Evitar ambientes com poeira, mofo ou fumaça;
  • Hidratar-se adequadamente e evitar mudanças bruscas de temperatura;
  • Procurar atendimento médico ao primeiro sinal de agravamento dos sintomas, como falta de ar, chiado no peito ou tosse persistente.

Vacinação

Além das orientações de rotina, a Secretaria Municipal de Saúde reforça a importância da vacinação, especialmente contra a gripe, como estratégia adicional de proteção. A imunização pode evitar complicações respiratórias e reduzir o risco de infecções que desencadeiam crises asmáticas.


Correio do Povo

💥O GOLPE do produto baratinho!

 


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Vídeo de Gabi Cervantes

Fonte: https://youtube.com/shorts/Ce_nDL8yXW0?si=SYHzEjo11qQOj75Q

Senado aprova projeto que torna homicídio em escola crime hediondo

 Projeto segue para sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva

O texto altera o Código Penal e a Lei de Crimes Hediondos | Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado/CP


O Senado aprovou nesta quarta-feira, 11, o Projeto de Lei (PL) 3.613/2023, que aumenta as penas para os crimes cometidos nas dependências de instituições de ensino, tornando, entre outros pontos, hediondo o crime de homicídio praticado nesse tipo de instituição. O texto segue agora para a sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O texto altera o Código Penal e a Lei de Crimes Hediondos. Pela proposta, o crime de homicídio qualificado, que é punível com reclusão, de 12 a 30 anos, terá sua pena aumentada de um terço à metade quando praticado nas dependências de instituição de ensino e a vítima for pessoa com deficiência ou com doença que acarrete condição limitante ou de vulnerabilidade física ou mental.

A pena será aumentada em dois terços caso o autor seja ascendente, padrasto ou madrasta, tio, irmão, cônjuge, companheiro, tutor, curador, preceptor ou empregador da vítima ou por qualquer outro título ter autoridade sobre ela ou, ainda, ser professor ou funcionário da instituição de ensino.

O projeto também torna hediondos os crimes de lesão corporal dolosa de natureza gravíssima e lesão corporal seguida de morte, quando praticadas nas dependências das instituições de ensino.

Segundo o relator do projeto, senador Fabiano Contarato (PT-ES), pesquisas apontam que os episódios de violência escolar aumentaram substancialmente em um período de dez anos. Em 2013, foram registrados 3.771 casos. Já em 2023, foram 13.117, sendo que metade das ocorrências dizia respeito à violência física. Ao longo desses anos, a curva só foi descendente em 2020 e 2021, quando houve o lockdown em razão da pandemia de covid-19.

“Isoladamente, o recrudescimento da resposta penal aos casos de violência nos estabelecimentos de ensino não vai eliminar esse problema, mas é um importante fator dissuasório, o qual, ao lado de outras medidas, pode contribuir para o enfrentamento dessa alarmante questão”, apontou o senador.

Autoridades

O texto também torna hediondos os mesmos crimes quando praticados contra autoridades ou agentes da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Ferroviária Federal, polícias civis, polícias militares e corpos de bombeiros militares e também contra membro do Poder Judiciário, do Ministério Público, da Defensoria Pública ou da Advocacia Pública, ou oficial de Justiça, no exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente, inclusive por afinidade, até o terceiro grau, em razão dessa condição.

Agência Brasil e Correio do Povo

Projeto da oposição para convocar eleições antecipadas é rejeitado em Israel

 Netanyahu conseguiu se manter no poder por estreita margem

Pressão sobre Netanyahu aumenta | Foto: Menahem Kahana / AFP / CP


O Parlamento israelense rejeitou na manhã desta quinta-feira, por estreita maioria, um projeto de lei apresentado pela oposição para dissolver o corpo legislativo, o que levaria a eleições antecipadas. Votaram contra o texto 61 dos 120 deputados do Knesset, e 53 o fizeram a favor, em uma leitura preliminar.

A oposição apresentou o projeto quando a maioria se mostrava desunida sobre a polêmica envolvendo o alistamento militar de judeus ultraortodoxos, e esperavam derrotar o governo atraindo os partidos ultraortodoxos aliados do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. Os partidos Shas e Judaísmo Unido da Torá (JUT) ameaçaram se somar à iniciativa, devido à sua oposição à lei de recrutamento, que tenta terminar com a isenção do serviço militar para os judeus ultraortodoxos.

Durante décadas, os ultraortodoxos se beneficiaram de isenção do serviço militar, um privilégio cada vez mais criticado na sociedade israelense, em plena guerra com o movimento islamista palestino Hamas na Faixa de Gaza desde 7 de outubro de 2023. Com o fracasso, a oposição terá que esperar seis meses para apresentar outra iniciativa similar.

Netanyahu ainda tem que enfrentar uma parte de seu partido, o direitista Likud, que impulsiona a lei destinada a alistar mais ultraortodoxos e a endurecer as sanções contra os que não cumprirem. Mas seu ministro das Finanças Bezalel Smotrich, de extrema direita, declarou durante a sessão do Knesset que derrubar o governo em tempos de guerra constituiria um 'perigo existencial' para Israel.'A história não vai perdoar quem levar o Estado de Israel a eleições em tempos de guerra', declarou.

AFP e Correio do Povo

Kirchner pede para cumprir pena em prisão domiciliar

 Suprema Corte confirmou condenação nesta terça-feira e deu cinco dias úteis para ex-presidente se entregar ao tribunal

Suprema Corte deu cinco dias úteis para ex-presidente se entregar ao tribunal | Foto: ALESSIA MACCIONI / AFP / CP


A ex-presidente da Argentina Cristina Kirchner pediu para cumprir sua pena de seis anos de prisão em seu apartamento, enquanto sua defesa denunciou "perseguição política" ao Tribunal Penal Internacional, em Haia, anunciou seu advogado nesta quarta-feira (11), em meio à indignação dos apoiadores da líder opositora.

Na terça-feira, a Suprema Corte argentina confirmou a condenação a seis anos de prisão e inabilitação perpétua contra a ex-presidente (2007-2015) por administração fraudulenta em contratos de obras públicas na província de Santa Cruz (sul) e lhe deu cinco dias úteis para se entregar ao tribunal federal.

Seus advogados pediram que a líder peronista de 72 anos cumpra sua pena em seu apartamento no bairro de Constitución, em Buenos Aires. "Pedimos a prisão domiciliar, que é dada às pessoas que têm mais de 70 anos", disse a jornalistas o advogado Carlos Beraldi. "Não estamos pedindo privilégios, mas que seja dado a ela o mesmo tratamento que a qualquer outra pessoa na mesma situação jurídica", prosseguiu.

Ao lembrar que em 2022 um homem apertou duas vezes o gatilho de uma pistola a poucos centímetros da cabeça da ex-presidente, sem que os projéteis saíssem, Beraldi argumentou que Kirchner "foi vítima de um atentado e os autores intelectuais ainda não foram individualizados".

Paralelamente, o advogado Gregorio Dalbón viajou para Haia, nos Países Baixos, para denunciar ao Tribunal Penal Internacional (TPI) uma "perseguição política" contra a principal opositora ao governo do ultraliberal Javier Milei.

"Esta condenação é o resultado de um processo viciado, direcionado desde sua origem para atingir um objetivo político: proscrever a mulher que mais vezes ganhou nas urnas desde a recuperação democrática", escreveu Dalbón na rede social X, ao anunciar que também recorrerá à Comissão Interamericana de Direitos Humanos.

Na terça-feira, a própria Kirchner acusou de "marionetes" os três juízes da Suprema Corte que decidiram contra ela e, diante de uma multidão de simpatizantes, assegurou que "a sentença já estava escrita" antes do julgamento.

Em Israel, onde está em viagem, Milei comentou no X a decisão do Supremo: "Justiça. Fim". A ministra da Segurança, Patricia Bullrich, também reagiu: "Três instâncias, centenas de provas e todas as garantias do devido processo. Houve justiça".

Enquanto isso, centenas de apoiadores de Kirchner se reuniram em frente à sua casa desde a manhã desta quarta-feira, depois que milhares de pessoas a acompanharam até tarde da noite de terça após o anúncio da sentença.

Estudantes da Universidade de Buenos Aires ocuparam três faculdades na terça-feira "em defesa dos direitos democráticos" e nesta quarta eram repetidas convocações a movimentos sindicais. Na terça-feira, alguns sindicatos interromperam acessos à capital argentina.

Ao mesmo tempo, médicos do hospital pediátrico Garrahan, que há semanas reivindicam melhorias salariais, convocaram uma mobilização na tarde desta quarta-feira, que coincidirá com o protesto semanal dos aposentados na Praça de Maio, no centro da capital.

AFP e Correio do Povo