Mesmo com instabilidade na luz, expositores da agricultura familiar celebram primeiro dia da Expointer 2024

 Alguns pontos do pavilhão da Fetag ficaram sem luz durante a tarde, mas sem impedir que produtores deixassem de comercializar seus produtos

Pavilhão de produtores da agricultura familiar ficaram alguns minutos "às escuras" durante o primeiro dia da Expointer 2024 

Algumas quadras e pavilhões da Expointer 2024 sofrem com instabilidade na rede elétrica do Parque Assis Brasil, em Esteio. Em pontos do parque, a luz chegou a faltar mais de uma vez durante o primeiro dia da feira. Um dos setores mais movimentados da Expointer, o pavilhão da Agricultura Familiar, também sofreu com a instabilidade, mas sem tirar o ânimo dos visitantes e dos expositores.

No local, metade das bancas estavam com energia elétrica e outra metade sem fornecimento. Segundo alguns dos expositores, a instabilidade ocorreu em função de uma manutenção em um transformador da rede nas proximidades do pavilhão. A produtora Gláucia Brum de Deus, da Agroindústria Federici, de Sarandi, que trabalha com queijos e laticínios, relata que teve uma dificuldade momentânea na comercialização de produtos em função da falta de luz, mas que as vendas no primeiro dia da feira foram satisfatórios.

“Com a queda de luz, tivemos problemas para vender com as maquininhas de cartão. Mas como é coisa de poucos minutos sem energia, não houve risco de perder produtos. Mas o movimento está bom e a expectativa para os próximos dias também. Mesmo antes da falta de luz a gente já estava vendendo bem. Estamos há dois meses nos preparando para a Expointer, organizando nossa produção para a feira”, contou Gláucia, que comercializa queijos do tipo colonial, tradicional, artesanal e com sabores e temperos diferenciados, como nozes e damasco e alho, cebola e salsa.

Conforme a subsecretária do Parque de Exposições Assis Brasil, Elizabeth Cirne-Lima, três disjuntores gerais precisaram ser trocados neste sábado. “Esta operação leva cerca de 25 minutos cada. A instabilidade talvez esteja relacionada com alguns cabos de transmissão. Estes serão trocados entre sábado e domingo por outros mais robustos”, afirmou.


Do pé na lama à volta por cima: a Expointer 2024 como retomada

O pavilhão da agricultura familiar reúne produtores de todos os cantos do Rio Grande do Sul. Entre eles, estão agroindústrias de famílias que vivem e tiram seu sustento da produção rural em regiões duramente atingidas pelas enchentes, como o Vale do Taquari. Uma destas famílias é a Krämer, de Arroio do Meio, que perdeu parte de sua produção de mel meses antes da feira.

Entretanto, a família vê a própria Expointer como a oportunidade de retomar a renda. “É uma satisfação muito grande representar a nossa cidade depois de tudo o que aconteceu. Enfrentamos a água dentro de nossa casa, mas a agroindústria não foi afetada. Tivemos uma grande perda de mel. Cerca de 90% da produção foi perdida pelo excesso de chuva, mas ainda tínhamos um estoque para trazer para cá. Somos muito felizes de conseguir expor nossos produtos”, falou Marcos Krämer.

Segundo ele, muitas pessoas passam pelo estande e perguntam sobre como foi enfrentar a cheia em Arroio do Meio. “A situação ainda está bem crítica, mas aos poucos vão se ajeitando. Eles perguntam também se fomos afetados ou não. Costumo dizer que a gente estava com os pés na água e na lama. Perdemos algumas coisas, mas nada considerável. Agora vamos dar a volta por cima”, completou o produtor, celebrando o aumento do público no pavilhão a partir da tarde deste sábado.

Correio do Povo

Maternidade tende a ser cada vez menos desejada no Brasil

 Movimento é reforçado por questões econômicas e sociais e passa também pela busca de sucesso profissional

Média de filhos por mulher, representada pela taxa de fecundidade, tem caído no Brasil 

maternidade tende a ser cada vez menos desejada e mais postergada no Brasil ao longo dos próximos anos. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou na última quinta-feira, 22, uma projeção sobre a redução populacional. Dados apontam que a população deve chegar ao máximo em 2041, somando mais de 220 milhões de habitantes, e começar a cair até reduzir para pouco mais de 199 milhões em 2070.

O estudo evidencia como é comum que mulheres parem de desejar a maternidade ou prefiram postergar a gravidez, uma tendência que é reforçada por questões econômicas e sociais e passa também pela busca de sucesso profissional e estabilidade financeira.

Apesar da queda ser estimada em massa para 2042, 11 estados começarão a experimentar esse movimento antes. Os primeiros a registrar queda devem ser Alagoas e Rio Grande do Sul no ano de 2027.

Em 2022 o Brasil registrou 2,54 milhões de nascimentos, o menor patamar desde 1977. Segundo a pesquisa “Global fertility in 204 countries and territories, 1950–2021, with forecasts to 2100: a comprehensive demographic analysis for the Global Burden of Disease Study 2021” publicada na revista The Lancet, em 2021, o número anual global de nascidos vivos caiu mais da metade entre 1950 e 2021. A média era de 4,84 e foi para 2,23.

A média de filhos por mulher, representada pela taxa de fecundidade, também tem caído, e está em 1,93 no Brasil. A projeção do estudo publicado na The Lancet indica que no mundo a taxa será de 1,83 em 2050 e deve cair para 1,59 em 2100.

A tendência observada da mulher não querer ser mãe ganhou um nome que repercutiu em 2024. “NoMo” se trata de uma nova geração que não quer ser mãe, ou seja, “No Mothers”, que dá origem a expressão viralizada nas redes sociais.

Congelamento de óvulos surge como alternativa

O especialista em reprodução humana Dr. João Guilherme Grassi explica a relação entre as projeções populacionais e a dinâmica atual. De acordo com ele, a queda populacional tem relação com o planejamento familiar e o acesso a métodos contraceptivos.

“No consultório, percebemos que é cada vez mais comum que mulheres busquem sucesso profissional e decidam ter filhos mais tarde. Para isso, o congelamento de óvulos tem sido uma solução bastante procurada”, relata.

O número de mães entre 30 e 39 anos de nascidos vivos aumentou de 26,1% em 2010 para 34,5% no ano de 2022, segundo o IBGE. Por outro lado, o número de nascimentos registrados em 2022 entre mães com menos de 20 anos diminuiu de 18,5% do percentual em 2010 para 12,1%.

“Ter óvulos congelados é considerado uma alternativa porque com o tempo a fertilidade feminina diminui e as chances de ter filhos também. No período da primeira menstruação, a mulher possui cerca de 400 mil óvulos, e a cada mês ocorre a perda de aproximadamente 1000 óvulos, sendo que um deles é escolhido para ovular e os outros são descartados automaticamente pelo corpo”, explica o especialista.

A medicina tem sido aliada da tendência de postergar a gravidez, mas Grassi conclui que o congelamento não é uma garantia. “É uma forma de preservar as condições dos óvulos para posterior fertilização in vitro, não significa que a mulher terá 100% de chance de engravidar. O melhor caminho sempre é o planejamento consciente, sem postergar demasiadamente a gestação”, conclui.

Correio do Povo

Governo prepara decreto com medidas para tentar reduzir o preço do gás natural

 Objetivo é aumentar a oferta do produto e reduzir preços entre 35% a 40%

O governo federal prepara um decreto para alterar regras do setor de gás natural no País. O objetivo é aumentar a oferta do produto e reduzir preços entre 35% a 40%, uma bandeira antiga que vem atravessando diversos governos, mas sem sucesso.

A expectativa é de que o pacote seja anunciado na próxima segunda-feira, 26, após reunião e aprovação das medidas pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE). A informação foi divulgada primeiramente pelo jornal Valor Econômico, e confirmada pelo Estadão.

De acordo com uma minuta do decreto ao qual o Estadão teve acesso, haverá quatro medidas que são consideradas principais pelo governo. A primeira vai permitir que a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Brasil (ANP) tenha instrumentos para estabelecer um preço-teto pelo uso dos gasodutos que levam o gás do alto-mar, onde ele é extraído, até a costa brasileira.

A agência terá que levantar informações sobre os custos e investimentos amortizados por esses gasodutos, para então definir a remuneração máxima de uso.

Hoje, há uma reclamação entre os grandes consumidores de gás de que a Petrobras tem como parâmetro o custo de oportunidade de venda do produto. Com isso, a petrolífera estabelece o preço tendo como referência o Gás Natural Liquefeito (GNL), que chega ao País de navio, e tem um custo mais elevado.

Em paralelo, o governo estuda uma medida par que a empresa estatal Pré-Sal Petróleo (PPSA) possa concorrer com a Petrobras na venda de gás, acessando também sistemas de escoamento e processamento do produto.

Na prática, a União passará a ter um braço próprio para a venda direta do produto, sem depender da Petrobras, empresa de capital misto, apesar de o governo federal ser o seu acionista controlador.

Além disso, serão criadas medidas para diminuir a reinjeção de gás natural nos poços de petróleo em alto-mar. Essa prática é de interesse das petrolíferas, porque aumenta a pressão dos campos e facilita a extração do óleo, mas significa, também, a perda desse gás, que não é recuperado.

Com a limitação da reinjeção, o governo quer que esse gás chegue ao consumidor brasileiro, em terra.

Uma quarta medida considerada essencial pelo governo é a criação do Comitê de Monitoramento do Setor de Gás Natural, que será desmembrado do Comitê do Setor Elétrico, para ter maior autonomia e atuação. Os detalhes do projeto ainda estão em fase final de elaboração, por isso, o texto pode sofrer mudanças.

Consumidores têm visão positiva

Hoje, o custo do gás natural no País gira em torno de US$ 14 o milhão de BTUs. Segundo o presidente-executivo da Associação Brasileira das Indústrias de Vidro (Abividro), Lucien Belmonte, a expectativa é de que as medidas possam ter uma redução de custo entre 35% a 40%, ou seja, para algo próximo a US$ 8,5 ou US$ 9,0.

Ele pondera, contudo, que o texto que circulou pelo setor ainda é uma minuta, e é preciso que seja feita uma análise criteriosa de cada um dos seus artigos.

'Ainda é preciso aguardar os detalhes, porque eles fazem diferença, mas o que saiu até agora veio em linha com o que os grandes consumidores queriam. É uma forma de dinamizar o mercado e aumentar a competitividade no mercado de gás', afirmou.

Belmonte lembra que esse vai ser o terceiro plano, em três governos diferentes, para tentar a redução do preço do gás no Brasil. Nos governos Temer e Bolsonaro, também houve tentativas, mas sem que o produto reduzisse de fato.

Para o presidente da Associação dos Grandes Consumidores de Energia (Abrace), Paulo Pedrosa, a medida vai na direção correta.

'Trazer mais transparência ao acesso às infraestruturas essenciais é um movimentos muito positivo que resgata a Lei do Gás. Ela prometeu um grande mercado competitivo e não veio até hoje. Permite otimismo e se soma a outras iniciativas para aumentar a oferta de gás e reduzir as emissões da indústria brasileira', afirmou.

Gás turbinou disputa entre Prates e Silveira

A reinjeção de gás por parte da Petrobras foi um dos pontos de atrito entre o ministro de Minas e Energia (MME), Alexandre Silveira, e o ex-presidente da Petrobras, Jean Paul Prates. Silveira chegou a cobrar publicamente o presidente sobre a reinjeção de gás por parte da empresa.

Já Prates, por sua vez, sempre alegou que havia justificativas técnicas. 'Entre agradar o Jean Paul e cumprir o compromisso do governo com a sociedade brasileira, de gerar emprego e combater desigualdade, prefiro que ele feche a cara, mas que nós possamos lograr êxito na política pública', disse o ministro, em junho do ano passado.

Alguns dias depois, Prates rebateu, também publicamente. 'Não adianta só berrar pelo jornal, nem achar que um está rindo demais e outro está fazendo careta. Não adianta nem careta nem sorriso, adianta trabalhar junto e convergir', disse, durante coletiva no Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ao lado do presidente do banco, Aloizio Mercadante.

'Se não tem gás para todos os segmentos, vamos trabalhar o mix (de oferta de energia) em vez de criar polêmica onde não existe.' Procurado, o Ministério de Minas e Energia não respondeu aos questionamentos da reportagem.


Estadão Conteúdo e Correio do Povo

Em apenas 24 horas Marçal alcança o primeiro lugar

 


Mulheres são mais propensas a ter lesões nos joelhos; saiba os principais motivos

 Segundo especialistas, questões anatômicas e hormonais podem explicar o incômodo

Segundo ortopedistas, dores podem ser contornadas com práticas de exercício físico 

Não é raro ouvir alguém comentar que já sofreu algum trauma ou sente dor nos joelhos. Isso vale para homens e mulheres, pois essas estruturas são alvos frequentes de desconforto e lesões.

E não é para menos, afinal, o joelho tem articulações complexas que sustentam o peso do corpo e ainda absorvem os impactos causados por movimentos do dia a dia, como andar e subir escadas, e de exercícios também.

Mas, quando se trata das mulheres, esse cuidado precisa ser redobrado, pois elas correm mais risco de lesionar essa parte do corpo. Isso acontece devido à própria anatomia feminina. “A pelve da mulher costuma ser mais larga, os joelhos valgos, ou seja, arqueados para dentro, e seu ângulo Q, formado pelo vetor de tração dos quadríceps, faz uma pressão maior no joelho, o que pode aumentar o estresse sobre essa articulação”, explica o ortopedista Marcos Cortelazo, especialista em joelho e trauma esportivo.

De acordo com o ortopedista e traumatologista Moisés Cohen, as mulheres em geral têm menos força muscular e menor estabilidade articular, o que aumenta a tendência a torções e consequentes lesões articulares.

Segundo ele, outro detalhe é que as patelas femininas tendem a ser localizadas mais lateralmente. “Isso eleva o risco de apresentarem condromalácia, uma lesão na cartilagem que reveste essa parte do joelho.”

Outros fatores

As flutuações hormonais durante o ciclo menstrual também têm impacto significativo sobre os joelhos. “As articulações, assim como as cartilagens que as protegem, possuem receptores de estrogênio, hormônio que contribui para a manutenção da saúde dessas estruturas”, conta Cortelazo.

“Quando os níveis de estrogênio sofrem alterações durante o ciclo menstrual, elas se tornam mais frágeis, fazendo com que possa ocorrer uma maior frouxidão dos ligamentos, o que favorece a ocorrência de lesões, como as do ligamento cruzado anterior.”

Esse mecanismo desencadeia consequências também na menopausa. Conforme a produção hormonal é alterada nessa fase da vida e os níveis de estrogênio diminuem, as articulações ficam mais inflamadas, o que causa dor em regiões como mãos, ombros e joelhos, favorecendo o surgimento de artrite e artrose, por exemplo. “Nesse período, também acontece perda de ossos e músculos, desencadeando fraqueza muscular e óssea, o que também predispõe a lesões”, acrescenta Cohen.

Cortelazo ainda chama a atenção para o uso constante de salto alto, outra questão que pode prejudicar os joelhos. Ao usar esses sapatos, a pessoa distribui o peso do corpo e caminha de forma diferente, concentrando a pressão nessa articulação.

Ele explica que isso acaba exigindo mais dos joelhos e favorece o desgaste, principalmente, da cartilagem da patela. Como resultado, aumenta a predisposição a condições como condromalácia patelar e artrose.

Exercícios ajudam a minimizar problemas

O fortalecimento muscular é um dos principais aliados dos joelhos das mulheres, já que os músculos ajudam a proteger, estabilizar e dão suporte à articulação. “Exercícios de propriocepção que envolvem movimentos inesperados, em zigue-zague e em terrenos irregulares, por exemplo, também são bem-vindos, pois treinam a agilidade e ajudam a dar mais segurança e equilíbrio à movimentação dos joelhos, prevenindo quedas e lesões”, acrescenta Cohen.

Fazer alongamentos, evitar sobrecarga excessiva nos treinos, controlar o peso, realizar os movimentos com técnicas adequadas e devidamente adaptadas ao corpo feminino, também são práticas muito importantes.

“E, se houver qualquer sinal de dor, inchaço ou dificuldade para movimentar o joelho, é essencial procurar um ortopedista para que ele faça o diagnóstico correto e indique o tratamento adequado”, alerta Cortelazo.

*Thais Szegö/Agência Einstein

Agência Einstein e Correio do Povo

“Falo para o Haddad que nosso governo vai dar certo”, diz Lula sobre preocupações do mercado

 Presidente deu a declaração no segundo comício do candidato do PSOL à Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos

Mais cedo, Lula repetiu que Haddad foi o melhor ministro da Educação do País, durante seu governo 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que costuma passar a mensagem ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, depois de ler notícias sobre o comportamento do mercado, de que o governo dará certo. Ele deu a declaração no segundo comício do candidato do PSOL à Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos, do qual participou neste sábado, 24.

'Eu quero dizer para vocês uma coisa que eu falo para o Haddad todo dia. Haddad, quando você estiver vendo notícia de jornal, normalmente a primeira página do jornal, que diz que o mercado afirma que não sei das quantas, o mercado afirma que não sei o quê. Eu falo para o Haddad: é o seguinte, está escrito, o nosso governo vai dar certo e a gente vai recuperar esse País e recuperar a dignidade do povo brasileiro. Nós vamos ter mais emprego, vamos ter mais salário, ter mais educação, ter mais saúde', afirmou.

Mais cedo, Lula repetiu algo que é recorrente em suas falas: que Haddad foi o melhor ministro da Educação do País, durante seu governo. 'O Haddad não vai ficar no banco, ele vai ser o melhor ministro da Fazenda desse País para gerar o desenvolvimento, o emprego e a credibilidade que esse País precisa', afirmou.

Estadão Conteúdo e Correio do Povo

Em audiência pública, burocracia é apontada como desafio para saída de moradores das Ilhas de Porto Alegre

 Iniciativa do TJRS busca soluções para população em áreas de risco após enchente no bairro Arquipélago


O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS) promoveu a segunda audiência pública para solucionar o dilema da habitação de famílias em áreas de risco no bairro Arquipélago. Na manhã deste sábado, o evento ocorreu na Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), com a participação de moradores da Ilha Grande dos Marinheiros e Ilha do Pavão. O local escolhido foi o mesmo que sediou a primeira edição da iniciativa, realizada no final de semana anterior com a população das Ilhas da Pintada, das Flores e Mauá.

A audiência foi feita no âmbito de uma ação civil pública, ajuizada em 2008 pelo Ministério Público Estadual. A peça busca a implementação da Unidade de Conservação do Delta do Jacuí e a finalização do Plano de Manejo do Parque Estadual Delta do Jacuí e da Área de Preservação Ambiental Delta do Jacuí.

O MP também pede a execução de políticas públicas para impedir a continuidade do depósito de resíduos sólidos na região, além da recuperação ambiental e regularização fundiária dos locais passíveis de serem habitadas. Isso porque a implementação dos projetos pode impactar as construções locais, inclusive moradias situadas em áreas de interesse ambiental e de risco.

De acordo com a juíza Patrícia Antunes Laydner, designada para o Projeto Meio Ambiente do TJRS, a prioridade inicial é ajudar os moradores que desejam sair das Ilhas, para depois focar nas condições de moradia para a população que decidir permanecer ali. A empreitada tem o desafio de superar entraves burocráticos e facilitar o acesso a programas sociais, como o Compra Assistida, criado pelo governo federal para auxiliar quem perdeu tudo nas enchentes de maio.

“Em um primeiro momento vamos auxiliar quem quer sair das áreas e, também, retirar entraves burocráticos que estão impedindo o acesso a benefícios que facilitem essa saída. Posteriormente, vamos trabalhar com quem vai ficar na região, incluindo questões que envolvam tipos de construção e zonas em que essas pessoas preferem ficar, levando em conta que há locais que não podem ter ocupação humana. É uma série de problemas para resolver, então o plano é solucionar um de cada vez”, afirmou a magistrada.

Uma das pessoas que pretende deixar o bairro Arquipélago é a aposentada Floristina VIlanova, de 68 anos. Ela vivia em uma casa na Ilha do Pavão, mas o imóvel foi destruído no dilúvio. Desde então, ela tem morado na casa de familiares.

"Quero sair da região das Ilhas porque já cansei de ser atingida por inundações. Todo o ano é a mesma coisa, o local fica completamente alagado. Ocorre que a última enchente foi a pior que já passei. Perdi absolutamente tudo”, lamentou a idosa.


Correio do Povo

Governo de São Paulo cria gabinete de crise para combate a incêndios

 Estradas são interditadas e 30 municípios estão em alerta máximo

Os intensos incêndios que estão assolando o interior de São Paulo levaram o governo local a criar um gabinete de crise para gerenciar ações de monitoramento e de controle da situação. De acordo com o Centro de Gerenciamento de Emergência (CGE) da Defesa Civil, há focos ativos de incêndio em 30 cidades, motivo pelo qual foi estabelecido alerta máximo para grandes queimadas nessas localidades.

“São localidades que estão com baixa umidade do ar e risco elevado com a onda de calor que atinge todo o estado”, informou, em nota, o governo do estado. "Há riscos de esses incêndios serem potencializados por rajadas de ventos, atingindo grandes áreas de vegetação natural – além de emitirem “fumaça densa e tóxica que prejudica o meio ambiente e a saúde humana, causando problemas ao sistema respiratório e desordens cardiovasculares.”

A fumaça tem se espalhado por diversas áreas do estado, e há registros de umidade relativa do ar abaixo dos 20%, além de calor bastante intenso – o que prejudica ainda mais a situação. Segundo o governo de São Paulo, dois funcionários de uma usina em Urupês morreram tentando combater um incêndio.

Alguns incêndios de grande porte levaram o governo local a interditar algumas rodovias, o que acabou por impactar “significativamente” o tráfico em várias regiões. Aletas foram emitidos sugerindo aos motoristas que evitem algumas rotas, e que se atualizem constantemente sobre as condições de tráfego no trajeto, antes de pegarem estrada.

“A principal recomendação é evitar atravessar áreas com cortinas de fumaça e fogo. Caso não haja essa possibilidade, reduza a velocidade, mantenha os faróis baixos acesos e uma distância segura do veículo à frente”, diz a nota do governo de São Paulo.

Os municípios em alerta máximo para incêndios são: Alumínio, Araraquara, Bernardino de Campos, Boa Esperança do Sul, Dourado, Iacanga, Itápolis, Itirapina, Jaú, Lucélia, Monte Alegre do Sul, Monte Azul Paulista, Nova Granada, Piracicaba, Pirapora do Bom Jesus, Pitangueiras, Poloni, Pompeia, Pontal, Presidente Epitácio, Sabino, Salmourão, Santo Antônio da Alegria, Santo Antônio do Arancanguá, São Bernardo do Campo, São Simão, Sertãozinho, Taquarituba, Torrinha e Ubarana.


Agência Brasil e Correio do Povo

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Fundador do Telegram é preso na França, segundo imprensa local

 Mandado de busca foi emitido com base em investigação preliminar relacionada a infrações cometidas por meio da plataforma

Fundador e CEO do aplicativo de mensagens Telegram, Pavel Durov, foi detido neste sábado 

O fundador e CEO do aplicativo de mensagens Telegram, Pavel Durov, foi detido neste sábado, 24, no aeroporto de Le Bourget, próximo à Paris, informou a imprensa local.

Um mandado de busca foi emitido por investigadores franceses com base em investigação preliminar relacionada a várias infrações cometidas por meio da plataforma de mensagens. As informações são de reportagens dos veículos de comunicação Le Monde, AFP e TF1.

O Escritório de Combate à Violência contra Menores (Ofmin, na sigla em francês), emitiu um mandado de busca contra Durov com a acusação de não colaborar com os investigadores contra o uso criminoso da plataforma por seus usuários.

A Justiça considera que a ausência de moderação, a falta de cooperação com as forças de segurança e as ferramentas oferecidas pelo Telegram o tornam cúmplice de fraude, tráfico de drogas, crime organizado, apologia ao terrorismo e crimes contra crianças.

Durov, franco-russo de 39 anos, estava acompanhado por seu guarda-costas e sua assistente quando desembarcou do seu jato particular após viajar do Azerbaijão à França. Ele planejava passar pelo menos uma noite em Paris.

O bilionário foi detido entre 19h30 e 20h do horário local. O mandado de busca ficaria ativo apenas se Durov estivesse em território francês, segundo reportagem do canal TF1.

'Chega de impunidade no Telegram', comemorou um dos investigadores, surpreso que o bilionário, sabendo que era procurado na França, tenha decidido ainda assim vir a Paris, de acordo com reportagem do Le Monde.

Investigadores do Escritório Nacional Antifraude (ONAF, na sigla em francês), vinculado às alfândegas, colocaram Durov sob custódia. Ele deverá ser apresentado a um juiz de instrução ainda no sábado, antes de uma possível acusação no domingo (25) por uma série de crimes.

'Pavel Durov acabará em prisão preventiva, disso não há dúvidas', comentou um investigador à TF1/LCI. 'Em sua plataforma, ele permitia que inúmeros delitos e crimes fossem cometidos, sem fazer nada para moderar ou cooperar', disse uma fonte próxima ao caso ao canal.

Estadão Conteúdo e Correio do Povo