Alguns pontos do pavilhão da Fetag ficaram sem luz durante a tarde, mas sem impedir que produtores deixassem de comercializar seus produtos
Pavilhão de produtores da agricultura familiar ficaram alguns minutos "às escuras" durante o primeiro dia da Expointer 2024Algumas quadras e pavilhões da Expointer 2024 sofrem com instabilidade na rede elétrica do Parque Assis Brasil, em Esteio. Em pontos do parque, a luz chegou a faltar mais de uma vez durante o primeiro dia da feira. Um dos setores mais movimentados da Expointer, o pavilhão da Agricultura Familiar, também sofreu com a instabilidade, mas sem tirar o ânimo dos visitantes e dos expositores.
No local, metade das bancas estavam com energia elétrica e outra metade sem fornecimento. Segundo alguns dos expositores, a instabilidade ocorreu em função de uma manutenção em um transformador da rede nas proximidades do pavilhão. A produtora Gláucia Brum de Deus, da Agroindústria Federici, de Sarandi, que trabalha com queijos e laticínios, relata que teve uma dificuldade momentânea na comercialização de produtos em função da falta de luz, mas que as vendas no primeiro dia da feira foram satisfatórios.
“Com a queda de luz, tivemos problemas para vender com as maquininhas de cartão. Mas como é coisa de poucos minutos sem energia, não houve risco de perder produtos. Mas o movimento está bom e a expectativa para os próximos dias também. Mesmo antes da falta de luz a gente já estava vendendo bem. Estamos há dois meses nos preparando para a Expointer, organizando nossa produção para a feira”, contou Gláucia, que comercializa queijos do tipo colonial, tradicional, artesanal e com sabores e temperos diferenciados, como nozes e damasco e alho, cebola e salsa.
Conforme a subsecretária do Parque de Exposições Assis Brasil, Elizabeth Cirne-Lima, três disjuntores gerais precisaram ser trocados neste sábado. “Esta operação leva cerca de 25 minutos cada. A instabilidade talvez esteja relacionada com alguns cabos de transmissão. Estes serão trocados entre sábado e domingo por outros mais robustos”, afirmou.
Do pé na lama à volta por cima: a Expointer 2024 como retomada
O pavilhão da agricultura familiar reúne produtores de todos os cantos do Rio Grande do Sul. Entre eles, estão agroindústrias de famílias que vivem e tiram seu sustento da produção rural em regiões duramente atingidas pelas enchentes, como o Vale do Taquari. Uma destas famílias é a Krämer, de Arroio do Meio, que perdeu parte de sua produção de mel meses antes da feira.
Entretanto, a família vê a própria Expointer como a oportunidade de retomar a renda. “É uma satisfação muito grande representar a nossa cidade depois de tudo o que aconteceu. Enfrentamos a água dentro de nossa casa, mas a agroindústria não foi afetada. Tivemos uma grande perda de mel. Cerca de 90% da produção foi perdida pelo excesso de chuva, mas ainda tínhamos um estoque para trazer para cá. Somos muito felizes de conseguir expor nossos produtos”, falou Marcos Krämer.
Segundo ele, muitas pessoas passam pelo estande e perguntam sobre como foi enfrentar a cheia em Arroio do Meio. “A situação ainda está bem crítica, mas aos poucos vão se ajeitando. Eles perguntam também se fomos afetados ou não. Costumo dizer que a gente estava com os pés na água e na lama. Perdemos algumas coisas, mas nada considerável. Agora vamos dar a volta por cima”, completou o produtor, celebrando o aumento do público no pavilhão a partir da tarde deste sábado.
Correio do Povo
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