Campeonato dos 12 jogos adiados e de 12 treinadores demitidos até aqui, Brasileirão 2025 tem o Flamengo com os melhores números
Os mais jovens usariam a expressão 'suco de Brasileirão' ao passar a limpo o primeiro turno do campeonato. Os árbitros de campo e do VAR dariam um odor desagradável à mistura tamanha a quantidade de decisões inexplicáveis em quase todas as 19 rodadas disputadas.
Os treinadores brasileiros enchem a boca para falar ser a liga mais difícil dos quatro cantos do planeta. Os estrangeiros que aqui chegam descobrem outra conotação da dificuldade encontrada dentro e fora de campo.
O fato é que o Brasileirão 2025 até aqui reúne muitos ingredientes que a partir da segunda metade, a mais decisiva pela dramaticidade das disputas em todos os blocos da tabela de classificação, terão a dose aumentada à medida em que título, vagas e rebaixamento se aproximam. Por ora, a primeira metade aponta tendências e nelas o Flamengo desponta como favorito.
A subjetividade apontada para o time (e o elenco) milionário) Rubro-Negro sustenta-se também na objetividade de números. Se não absolutos, são passíveis de interpretação, como por exemplo imaginar somar três pontos contra o lanterna Sport em um dos 12 jogos adiados em função do Mundial de Clubes. Sob o comando de Filipe Luís, a equipe carioca tem a melhor defesa, o melhor ataque e é o melhor mandante. Não tem o artilheiro, mas o segundo lugar, Arrascaeta, que também lidera no quesito assistências.
Filipe Luís, com menos de um ano na função de um time profissional, não está entre os mais longevos no cargo como está Abel Ferreira, prestes a completar cinco anos no Palmeiras ou Rogério Ceni, indo para a terceira temporada no Bahia. No entanto, fica longe da lista de vários outros clubes grandes que trocaram de técnico em meio ao campeonato: Santos, Grêmio, Botafogo, Corinthians, Vasco, Fluminense, Corinthians e São Paulo alteraram a rota.
Hernán Crespo, chegado há pouco tempo no tricolor paulista, inclusive, hoje seria o técnico Bola de Prata, eleição tradicional dos melhores da competição desde a década de 1970. Apenas mais uma nuance de um campeonato cada vez menos brasileiro e mais estrangeiro.
O segundo turno começa neste final de semana e se estende até a véspera do Natal. Setembro e outubro ainda reservam duas paradas em função das eliminatórias e de amistosos da Seleção Brasileira. Embora, ao contrário da Europa, os times por aqui voltem a jogar um dia depois das seleções.
Ou seja, por essas e outras razões, há de se compreender Léo Jardim, treinador português do Cruzeiro, uma das melhores campanhas do Brasileirão, em desabafo tendo encarado somente meio calendário no futebol brasileiro: "Há um acumulado de fadiga física, mas também fadiga psicológica. Sabemos disso e quando vim para cá sabia disso. É por isso que não quero treinar muitos anos aqui no Brasil".
Correio do Povo

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