Alta do minério de ferro e relatos de ingresso de fluxo estrangeiro e comercial contribuíram para queda
A desvalorização global do dólar, mediante perspectiva de redução de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) já em setembro, continuou dando respiro para o real nesta tarde, beneficiado ainda por operações de carry trade.
A alta do minério de ferro e relatos de ingresso de fluxo estrangeiro e comercial também ajudam, enquanto o mercado fica atento à possível conversa entre os presidentes Donald Trump (EUA) e Luiz Inácio Lula da Silva (Brasil) a respeito de tarifas, após o republicano afirmar na sexta-feira que "Lula pode falar comigo a qualquer momento". O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também disse que espera conversar com o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, nesta semana.
O dólar à vista fechou em queda de 0,71%, a R$ 5,5063, com o real tendo o melhor desempenho entre as principais divisas globais e encerrando no melhor nível desde 9 de julho, quando Trump havia anunciado tarifas de 50% a produtos brasileiros.
Investidores voltaram a apontar setembro para a retomada dos cortes de juros por parte do Fed, que também devem ser mais intensos em 2025, segundo a plataforma CME Group. A possibilidade de juros menores nos EUA se baseia tanto em dados fracos sobre emprego e atividade, quanto em mudanças do Fed, após a diretora Adriana Kugler renunciar ao cargo, o que abre margem para que Trump indique um substituto mais alinhado com seu discurso de taxas menores.
O avanço de 0,76% do minério de ferro na China, a US$ 109,61 por tonelada, e de 1,20% em Cingapura, a US$ 101,20, consegue balizar o desempenho do real, visto que o Brasil é uma economia exportadora de commodities. Há também relatos de ingresso de fluxo comercial, segundo operadores. Já a queda superior a 1% dos contratos futuros de petróleo ficou em segundo plano.
Estadão Conteúdo e Correio do Povo

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