“Fedi” é acusado de coordenar uma rede de tráfico de cocaína, envolvendo inclusive o PCC no Brasil
A Colômbia capturou um membro da poderosa máfia 'Ndrangheta, acusado de coordenar uma rede de tráfico de cocaína da América do Sul para a Itália, envolvendo inclusive o PCC no Brasil, anunciou a Polícia neste domingo (10). Federico Starnone, conhecido como 'Fedi', foi preso em Cali (sudoeste). Ele era procurado internacionalmente pela Interpol e foi designado na Colômbia como 'sucessor' de Giuseppe Palermo, capturado em Bogotá há um mês em uma megaoperação realizada entre a Colômbia e a Itália.
Foram mobilizados para a operação uma dezena de agentes das forças especiais com equipe tática e fuzis automáticos. O homem foi detido, em coordenação com as autoridades italianas, em seu apartamento em Cali. Pouco antes, ele tinha sido filmado por autoridades tomando café em sua varanda.
O general Henry Bello, diretor da Polícia em Cali, afirmou, em uma declaração enviada à imprensa, que o homem 'dirigia alianças criminosas' com o maior cartel do narcotráfico da Colômbia, o Clã do Golfo, o Primeiro Comando da Capital (PCC) no Brasil e a quadrilha Los Choneros do Equador, cujo líder, conhecido como 'Fito', enfrenta nos Estados Unidos um julgamento por narcotráfico após ter sido extraditado recentemente.
Starnone é um 'comprador atacadista de cocaína para a máfia italiana', acrescentou o presidente colombiano, Gustavo Petro, na rede X.
Segundo as autoridades, a organização fazia envios de cocaína para a Europa camuflada em contêineres carregados com frutas e café. O homem 'mantinha um estilo de vida discreto, empresarial e metódico' e evitava o 'protagonismo público', assegurou a Polícia em um comunicado.A Colômbia é o principal exportador de cocaína do mundo e no ano passado bateu recordes de produção da droga, segundo um informe da ONU.
O país, mergulhado em uma guerra interna de mais de meio século que envolve guerrilhas, narcotraficantes e forças do Estado, vive sua pior crise da última década pela violência de grupos armados, que lucram com a receita do narcotráfico.
AFP e Correio do Povo

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