Sete estrangeiros foram executados por tráfico de drogas e um saudita, pelo assassinato de sua mãe
A Arábia Saudita executou oito pessoas em apenas um dia, informou a imprensa estatal, em um cenário de aumento na aplicação da pena de morte no país do Golfo em casos relacionados com tráfico de drogas. A agência de imprensa saudita (SPA) informou que quatro somalis e três etíopes foram executados no sábado, 2, na região de Najran (sul) por "contrabando de haxixe".
Um saudita foi executado pelo assassinato de sua mãe, segundo a SPA. Desde o início do ano, a Arábia Saudita executou 230 pessoas, segundo um balanço da AFP baseado em dados oficiais. A maioria - 154 pessoas - foi condenada por acusações relacionadas às drogas.
O ritmo de execuções pode levar o país a superar o recorde do ano passado, de 338 penas capitais aplicadas. Os analistas vinculam os números à guerra contra as drogas iniciada em 2023. Muitos detidos do período estão sendo executados agora, após a conclusão de seus julgamentos e condenações.
A Arábia Saudita retomou as execuções por delitos relacionados com as drogas em 2022, após suspender por três anos a aplicação da pena de morte em casos de narcóticos. O país executou 19 pessoas em 2022, duas em 2023 e 117 em 2024 por crimes relacionados às drogas, segundo o levantamento da AFP.
As autoridades sauditas insistem que a pena de morte é necessária para manter a ordem pública e que a medida é aplicada após a tramitação de todos os recursos de apelação.
AFP e Correio do Povo
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