quarta-feira, 11 de junho de 2025

Demora em obras de contenção de cheias preocupa prefeitos e deputados

 Em evento de balanço com ministro da Casa Civil, governo do Estado, responsável pela atualização dos projetos e licitações, apresentou cronograma com início das intervenções previsto para dezembro de 2027

Cronograma previsto pelo governo do RS | Foto: Reprodução/CP

Era para ser um balanço atualizado das ações do governo federal na residência do RS até o momento do evento organizado pela Casa Civil da Presidência da República nesta terça-feira, na sede da Casa de Governo em Porto Alegre. Mas o debate sobre a demora para que as obras de contenção contra cheias na região Metropolitana saiam do papel 'derrubou' todos os outros temas.

Na presença do ministro chefe da Casa Civil, Rui Costa (PT), e do vice-governador, Gabriel Souza (MDB), deputados petistas e prefeitos de siglas separadas, alguns aliados ao governo federal, outros ao governo estadual, se revezaram nas queixas. São duas principais. A primeira: de que, quase 14 meses após a tragédia climática, e apesar de a União ter reservado em um fundo R$ 6,5 bilhões para as referidas obras, nenhuma delas teve sequer o projeto atualizado. A segunda: a dificuldade de prefeitos e deputados em conseguir acompanhar a evolução dos encaminhamentos sobre cada um dos projetos.

  | Foto: Reprodução/CP

Contribuiu para assustar ainda mais prefeitos e parlamentares o cronograma apresentado pelo governo do Estado na reunião do Comitê Gestor do Fundo de Apoio à Infraestrutura para Recuperação e Adaptação a Eventos Climáticos Extremos (Firece), pela manhã, também na Casa de Governo, e que antecedeu o encontro aberto. Pelas projeções do Executivo gaúcho, as obras nas quatro principais intervenções na região Metropolitana (Arroio Feijó, Eldorado do Sul, Bacia do Gravataí e Bacia dos Sinos) começam daqui a mais de dois anos, em prazos que variam entre dezembro de 2027 e setembro de 2028.

No ano passado, quando o Firece foi implementado, o governo estadual pleiteou, e conseguiu que ficasse sob sua responsabilidade, e não com municípios ou consórcios de municípios, a administração de toda a apresentação de projetos, suas atualizações, e licitações para as obras. Nos últimos meses, no entanto, a demora no cronograma tem rendidos sucessivos embates entre a bancada petista na Assembleia Legislativa e o governador Eduardo Leite (PSD). Nesta terça, o governador foi aguardado para as reuniões, mas não compareceu, apesar de sua agenda pública não registrar outros compromissos entre 10h e 14h. O titular da Secretária da Reconstrução Gaúcha (Serg), Pedro Capeluppi, também não permaneceu no encontro aberto. Quem o representou foi a secretária adjunta, Angela de Oliveira.


Correio do Povo

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