quinta-feira, 6 de março de 2025

Demissão de servidores em Gravataí teve origem em reajuste salarial

 Desligamento ocorreu após o vazamento de mensagens em grupo de WhatsApp

Decisão do prefeito Luiz Zaffalon foi contrária à da comissão processante que avaliou o caso | Foto: Camila Cunha / CP Memória


O prefeito de Gravataí, Luiz Zaffalon (PSDB), demitiu dois servidores da secretaria da Fazenda, em janeiro deste ano, após o vazamento de conversas entre os integrantes de um grupo da prefeitura em que se articulava a reivindicação de um reajuste salarial de 50%.

A decisão dos desligamentos foi contrária à da comissão processante – composta por servidores da prefeitura – que avaliou o caso e não reconheceu o print das conversas enquanto prova, entendendo que não houve violação do Estatuto do Servidor. Apesar disso, como a legislação de Gravataí determina que a decisão final nos processos disciplinares é do prefeito, Zaffalon demitiu dois servidores envolvidos e suspendeu um terceiro.

O argumento da prefeitura é de que os trabalhadores, insatisfeitos com o fato de que o aumento pleiteado não ocorreria, “criaram obstáculos para o funcionamento da máquina pública, utilizando-se das posições que ocupavam para prejudicar a administração municipal e, consequentemente, a comunidade”, diz a nota da prefeitura. Segundo Zaffalon, “o (conteúdo) do WhastApp foi só a prova para comprovar o ato ilícito”.

A fala faz referência a ações tomadas por integrantes do grupo, como a de exoneração do diretor-geral da Receita, que teria prejudicado o andamento da secretaria da Fazenda.

As ações ocorreram entre abril e maio de 2024, último ano da primeira gestão de Zaffalon.

Em relação ao conteúdo das mensagens, o prefeito afirma que os servidores: "ameaçaram, desrespeitaram, enxovalharam o prefeito, o secretário e o governo”.

Os nomes dos servidores não foram divulgados uma vez que o processo tramitou em segredo de justiça.

Correio do Povo

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