sexta-feira, 27 de dezembro de 2024

PT faz duras críticas ao governo Eduardo Leite e diz que Lula governou RS em 2024

 Partido, federado com o PCdoB, também fez defesa das ações do presidente da República em resposta às enchentes que devastaram o Rio Grande do Sul



A bancada da federação composta por PT e PCdoB na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul convocou uma coletiva de imprensa para apresentar um balanço das ações dos partidos no Estado durante o ano. Nela, foram feitas duras críticas ao governador gaúcho Eduardo Leite (PSDB) e sua gestão à frente do Palácio Piratini.

“Quando o RS precisava de um governador, o Eduardo Leite fez a escolha pelo conflito com o governo federal. Se ausentou daquilo que era a expectativa do povo gaúcho, ter uma liderança positiva frente à crise. Por conta dessa ambição fantasiosa da presidência da República, renunciou à sua obrigação de governador. Por isso não acho exagero dizer, e que bom, que foi o presidente Lula que governou o Rio Grande, com seus ministros e suas estruturas”, declarou Miguel Rossetto, líder da bancada do PT no Parlamento gaúcho.

“Esse é o fato político mais relevante, isso é inquestionável”, reforçou, ainda, em entrevista.

Segundo ele, o montante aportado pelo governo federal no Rio Grande do Sul, durante um ano de desgaste do Palácio do Planalto por conta do pacote de corte de gastos que culminou no valor mais alto do dólar estadunidense desde o Plano Real, demonstra a preocupação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com o Estado.

“Enquanto o Brasil discute um reajuste fiscal de R$ 70 bilhões, o recurso que veio para o Rio Grande do Sul passa de R$ 100 bilhões, o que é um reconhecimento do esforço político e da dedicação de Lula ao nosso Estado. Foi a grande referência para o RS neste ano” disse Rossetto.

Durante a apresentação, a bancada celebrou alguns números positivos de recuperação do Estado. Entre eles o saldo positivo de 79,9 mil empregos com carteira assinada acumulados até outubro, a taxa de desemprego de 5,1% no 3º trimestre e a alta de arrecadação com ICMS de R$ 5,4 bilhões entre janeiro e novembro, um crescimento nominal de 13,3% em comparação ao mesmo período de 2023.

Documento enviado pela comunicação da bancada também exalta que “os valores anunciados (pelo governo federal) representam 27 vezes mais que os anunciados pelo Governo do Estado e os valores aplicados representam 36 vezes mais que os aplicados pelo Estado”.

Também participaram do balanço da bancada a parlamentar Sofia Cavedon e o recém-empossado deputado estadual Halley Lino.

PSDB rebate

A bancada estadual do PSDB divulgou uma nota rebatendo as afirmações petistas e defendeu o governo Leite. “O Estado do Rio Grande do Sul tem governo. Pela primeira vez em sua história, os gaúchos reelegeram um governador, demonstrando plena confiança na liderança de Eduardo Leite e na continuidade de uma gestão responsável e transformadora”, inicia o texto assinado pelo líder da bancada tucana na Assembleia, Valdir Bonatto.

A nota afirma que “as críticas sem fundamento ou de interesse político não contribuem para a reconstrução do Estado” e que “o momento exige união e trabalho coletivo”. Também destaca que “parcerias com o Governo Federal também têm sido cruciais”.

O comunicado ainda destaca ações do governador após as enchentes: “Sob a condução de Eduardo Leite, o Estado se destaca por ações estruturantes como o Plano Rio Grande, um projeto participativo que conduz a reconstrução pós-enchentes, envolvendo sociedade, municípios, instituições e a Assembleia Legislativa. O plano reforça o compromisso do governo em fortalecer o Rio Grande, com transparência, resiliência e visão de futuro”.

Destaca ainda ações do Palácio Piratini com “reformas essenciais”, “ajustes nas contas públicas” e diz que o governador “priorizou saúde, educação e segurança, reduziu índices de criminalidade, melhorou estradas e cuidou das famílias gaúchas com programas sociais”.

Correio do Povo

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