terça-feira, 24 de setembro de 2024

Aterro sanitário de Minas do Leão receberá 300 mil toneladas de resíduos da enchente

 Para garantir a segurança na disposição desse material, a CRVR investiu R$ 1,5 milhão na preparação de uma nova área

Local foi impermeabilizado e equipado com um sistema de drenagem de chorume, entre outras medidas, para evitar qualquer tipo de impacto ambiental 

O aterro sanitário da CRVR em Minas do Leão começou a receber, assim como nos eventos de setembro e novembro de 2023, resíduos da enchente de sete municípios gaúchos, incluindo Porto Alegre. O volume total de resíduos a ser destinado e tratado pela companhia está estimado em 300 mil toneladas.

Para garantir a segurança na disposição desse material, a empresa investiu R$ 1,5 milhão na preparação de uma nova área. O local foi impermeabilizado e equipado com um sistema de drenagem de chorume, entre outras medidas, para evitar qualquer tipo de impacto ambiental.

Esses resíduos exigem cuidados especiais por estarem misturados e contaminados. A disposição conjunta nas mesmas células que a empresa recebe e trata diariamente o lixo urbano de 78 municípios teriam impacto nos projetos de valorização de resíduos que são executados no local, como a geração de energia elétrica a partir do biogás.

A empresa contratou também um estudo de gravimetria para avaliar a composição dos materiais, para identificar formas de reaproveitamento e reintrodução deles na cadeia produtiva, em um segundo momento. "Nossa prioridade é resolver a situação com segurança. Posteriormente, em função das características e demandas do mercado, buscaremos as melhores alternativas para valorizar esses resíduos", afirma Leomyr Girondi, diretor-presidente da CRVR.

Solução adequada para passivo ambiental

Em 18 de julho, o Ministério Público do Rio Grande do Sul solicitou a suspensão do envio dos resíduos das enchentes para o aterro temporário São Judas Tadeu, em Gravataí, devido a irregularidades das operações no local, que estava recebendo remessas dos “bota-espera” de Porto Alegre e Canoas.

O aterro de Minas do Leão, maior da região Sul, foi então habilitado para receber esse material, oferecendo uma alternativa segura e adequada para o destino final desse passivo ambiental.

Responsável pelo recebimento diário de 4,5 mil toneladas de resíduos sólidos urbanos (RSU), a unidade agora opera 24 horas por dia, sete dias por semana, para atender ao aumento de mais de 50% na quantidade de lixo recebida.

Além da Capital, os municípios de Guaíba, Santa Cruz do Sul, Estrela, Venâncio Aires, Montenegro e Pareci Novo também estão encaminhando os resíduos das cheias para Minas do Leão.

Correio do Povo

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