quinta-feira, 6 de junho de 2024

Israel confirma bombardeio em escola de refugiados da ONU em Gaza

 Exército justificou ação por presença de “base” do Hamas na área



O Exército israelense nformou nesta quinta-feira que bombardeou uma escola da Agência da ONU para Refugiados Palestinos (UNRWA) na Faixa de Gaza, que, segundo eles, abrigava "uma base" do movimento islamista Hamas. O escritório de comunicação do movimento palestino afirmou que o ataque deixou pelo menos 27 mortos e numerosos feridos no campo de refugiados de Nuseirat, no centro do território.

"Caças do Exército realizaram um ataque preciso sobre uma base do Hamas situada no interior de uma escola da UNRWA na região de Nuseirat", disse o Exército israelense, que relatou sobre "vários terroristas mortos". "Os terroristas do Hamas e da Jihad Islâmica que haviam participado do ataque mortal contra as comunidades do sul de Israel em 7 de outubro operavam neste recinto", afirmou. "Os terroristas dirigiram sua campanha de terror a partir da zona da escola, explorando-a e usando-a como refúgio", acrescentou o Exército.

O escritório de comunicação do Hamas acusou as forças israelenses de terem cometido "um massacre horrível". "Um número considerável de mártires e feridos continuam chegando ao hospital de Al Aqsa", situado na cidade próxima de Deir al Balah, afirmou.

As autoridades deste hospital indicaram anteriormente que a "falha de um dos seus geradores elétricos" complicava o tratamento de pacientes vulneráveis e poderia provocar "uma catástrofe humanitária".

Antes do último ataque em Nuseirat, o centro havia recebido desde terça-feira "pelo menos 70 mortos e mais de 300 feridos, em sua maioria mulheres e crianças, por bombardeios israelenses nas zonas centrais da Faixa de Gaza", disse a ONG Médicos Sem Fronteiras (MSF).

"O cheiro de sangue na sala de emergências esta manhã era insuportável. Há pessoas deitadas por todos os lados, no chão, fora. Estão trazendo os corpos em sacos plásticos. A situação é insustentável", publicou na rede social X a coordenadora da MSF em Gaza, Karin Huster.

AFP e Correio do Povo

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