quarta-feira, 5 de junho de 2024

A BUSCA DA FELICIDADE

 BUSCA DA FELICIDADE

Antes de tudo, a DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS, proclamada pela Assembleia Geral das NAÇÕES UNIDAS em 10 de dezembro de 1948, determina que TODOS OS INDIVÍDUOS TÊM DIREITO À VIDA, À LIBERDADE, À PROPRIEDADE. E sob a correta ótica do liberalismo, TODOS OS INDIVÍDUOS, CADA UM AO SEU MODO, TAMBÉM TEM DIREITO À -BUSCA- DA FELICIDADE. 



ALÉM FRONTEIRAS

Pois, quem olha com boa atenção as sucessivas TRAGÉDIAS que vem atingindo o RS, de forma implacável, em doses bem mais elevadas do que em qualquer outro lugar do país (-PANDEMIA, SECAS, ENCHENTES, PÉSSIMOS GOVERNOS E ENDIVIDAMENTO ABSURDO-) a BUSCA DE FELICIDADE é algo que muitos gaúchos, por mais que gostem do Estado, só vêem possibilidade além das fronteiras do RS. Como bem aponta o IBGE, ao revelar que entre 2000 e 2022 o RS teve o MENOR CRESCIMENTO POPULACIONAL DO PAÍS (0,3%) com um SALDO MIGRATÓRIO NEGATIVO DE 700 MIL PESSOAS.



GRANDE -CASE-

A propósito, o economista -gaúcho- Aod Cunha, em artigo recente, mencionando - A FUGA DE EMPRESAS E PESSOAS- mostra a sua preocupação com este GRANDE -CASE-principalmente depois da TRAGÉDIA CLIMÁTICA que, em maio, DESTRUIU BARBARAMENTE GRANDE PARTE DO TERRITÓRIO GAÚCHO. Esse MOVIMENTO DEMOGRÁFICO, dada produtividade total dos fatores relativamente semelhante à média brasileira, foi a principal explicação para um CRESCIMENTO (pífio) acumulado do PIB gaúcho no período, de 1,6% a.a. entre 2002 e 2021, o segundo pior do Brasil, só abaixo do RJ.



FLUXO MIGRATÓRIO

No SALDO MIGRATÓRIO DO RS chama a atenção de que mais do que o FLUXO EMIGRATÓRIO, o FLUXO IMIGRATÓRIO foi ainda MAIS NEGATIVO. O Estado mostrou ainda mais dificuldade para atrair pessoas do que para retê-las. Pois, frente a essa dura realidade, cujas explicações vão das secas recorrentes ao enorme ENDIVIDAMENTO DO SETOR PÚBLICO ESTADUAL, as saídas passavam naturalmente por enfrentar o tema das secas, ajustar as contas públicas e aumentar a produtividade do Estado.


Reter e atrair mais pessoas já era um desafio chave,  dado o perfil demográfico do RS. Isso certamente passaria por fazer do Estado um lugar mais atraente para as pessoas morarem. Veio a tragédia climática.



MEDIDAS EMERGENCIAIS

O nível de destruição da tragédia, em escala maior do que o Katrina (moradias, estradas, escolas, hospitais, desabrigados, etc), além dos dramas emergenciais, coloca um enorme desafio de futuro: como manter e atrair empresas e pessoas com esse novo risco para a vida no Estado? Como comparação, Katrina exigiu $160 bilhões na sua reconstrução em 20 anos. E ainda assim a população de New Orleans reduziu em 20%


Tudo isso posto, cabe a urgência não só das medidas emergenciais, mas de se avançar numa solução de longo prazo (mas começando já), que mitigue de fato o risco de que novos eventos extremos gerem o mesmo tipo de destruição. Não adiantará reconstruir casas, estradas, pontes, rodovias, hospitais, escolas, se o Estado continuar submetido a similar risco de destruição. Isso afetará HOJE as decisões de investimento e localização das empresas e famílias (aquelas que podem se deslocar)


Um exemplo para isso foi a solução que a Holanda adotou após as grandes enchentes da década de 90, o “Room for the River”. São um conjunto de várias intervenções que deram espaço para a água escoar em eventos extremos, com uma governança sólida de longo prazo.


Enfim, por mais que governos das diferentes esferas, setor privado e organizações sociais respondam ativamente para mitigar as consequências desse último fenômeno extremo, precisamos construir logo uma solução duradoura de longo prazo.


Se uma solução crível de longo prazo não for trabalhada desde já , creio que logo veremos  um forte processo migratório de empresas e pessoas. E isso trará consequências muito ruins para a geração de riqueza e empregos no RS, afetando fortemente quem permaneça no Estado.



DESEMPENHO DO PIB BRASILEIRO

COMPARAÇÃO ENTRE O PRIMEIRO TRIMESTRE DE 2024 ANTE O ÚLTIMO TRIMESTRE DE 2023


 


PIB             AGRO     INDUS      SERV     FBCF    CONS. FAM     CONS. GOV


 0,8%         11,3%      -0,1%        1,4%       4,1%        1,5%                  0%                                                                      


 


No primeiro trimestre de 2024, o PIB cresceu 0,8% frente ao quarto trimestre de 2023


O PIB de serviços subiu 1,4% no primeiro trimestre de 2024 ante o quarto trimestre de 2023. Na comparação com o primeiro trimestre de 2023, o PIB de serviços mostrou alta de 3%.


Já o PIB da indústria caiu 0,1% no primeiro trimestre de 2024 ante o quarto trimestre de 2023. Na comparação com o primeiro trimestre de 2023, o PIB da indústria mostrou alta de 2,8%.


A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) subiu 4,1% no primeiro trimestre de 2024 ante o quarto trimestre de 2023. Na comparação com o primeiro trimestre de 2023, a FBCF mostrou alta de 2,7%. Segundo o instituto, a taxa de investimento (FBCF/PIB) do primeiro trimestre de 2024 ficou em 16,9%.



Pontocritico.com

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