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segunda-feira, 22 de abril de 2024

O Colapso Do Brasil E A Previdência. Por Que?

 Stephen Kanitz

Desde a instauração da previdência pública, as contribuições previdenciárias têm sido erroneamente registradas por contadores públicos. Eles as registram como Receitas, quando na realidade, o lançamento adequado seria categorizá-las como Obrigações Previdenciárias a Pagar. Esta é a realidade econômica, o Estado está assumindo uma dívida a ser paga. O GPT4 que pesquisa tudo, retorna que o lançamento contábil apropriado das contribuições previdenciárias se daria da seguinte maneira: * Débito: Caixa e Equivalentes de Caixa (Ativo) * Crédito: Obrigações Previdenciárias a Pagar (Passivo) Essa transação indica que o governo está recebendo recursos, ao mesmo tempo que reconhece a obrigação correspondente de prover benefícios previdenciários no futuro. Portanto, o crédito é alocado em uma conta passiva (Obrigações Previdenciárias a Pagar), e não em uma conta de Receita.” A incorreta contabilização como Receitas foi responsável por instaurar o imenso déficit previdenciário desde seu primeiro ano. Com o caixa sendo confundido com despesas, o saldo retornava a zero ano após ano. Se os economistas tivessem uma compreensão básica de contabilidade, perceberiam que ao esgotar os recursos do caixa, estavam acumulando uma dívida previdenciária crescente, sem lastro e progressivamente impagável. Hoje, após quatro décadas de erro contábil, o que temos é um saldo de Caixa zerado e Obrigações Previdenciárias ascendendo a 20 trilhões a pagar. Esse valor compreende apenas as dívidas da União, sem considerar as dívidas estaduais e municipais, onde os mesmos erros foram cometidos. Os 20 trilhões de reais são uma estimativa didática, já que nunca foram devidamente contabilizados. Porém, esse é apenas um fragmento do problema. Se os administradores tivessem investido adequadamente esses recursos em ações e debêntures, poderíamos ter impulsionado nossa economia ao longo desses 40 anos, recebendo juros e dividendos. Com quatro décadas de juros compostos e reinvestimento de dividendos, poderíamos ter acumulado 140 trilhões em caixa ao invés de um saldo nulo. Seríamos uma nação próspera, teríamos erradicado a pobreza e não teríamos condenado as novas gerações a carregar o fardo da colossal dívida deixada pelos nossos economistas. Hoje, nossa realidade poderia ser: Caixa: 140 trilhões | Crédito: Dívidas 20 trilhões É importante ressaltar que, provavelmente, tal cenário não teria se concretizado, pois se tornaria evidente que estávamos coletando contribuições excessivas. Nesse contexto, as contribuições previdenciárias, que atualmente correspondem a 28% dos salários dos trabalhadores, poderiam ter sido reduzidas para cerca de 6%. Em outras palavras, poderíamos ter reduzido as Contribuições Previdenciárias, que atualmente equivalem a 28% dos salários dos trabalhadores, para cerca de 6%. Isso significaria que, durante esses 40 anos, nossos trabalhadores poderiam ter recebido 20% a mais em seus salários e provavelmente teriam superado a linha de pobreza há muito tempo. O que realmente me desanima em relação ao Brasil é que venho debatendo essa questão há mais de 40 anos. Nossa previdência tornou-se insustentável desde o seu primeiro ano de existência, quando o primeiro economista decidiu gastar todas as contribuições em Despesas, acreditando erroneamente que eram Receitas. E tudo isso ocorre porque insistimos em negligenciar os princípios básicos de administração e contabilidade. A falta de compreensão nesses domínios cruciais tem custado ao nosso país e a sua população um preço imensurável.

Fonte: https://twitter.com/StephenKanitz/status/1657372383009812481

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