Embarcação foi alvo da imprensa internacional após atracar na Cidade do Cabo, na África do Sul, com 19 mil cabeças de gado
Embarcação foi carregada no RSUm navio com 19 mil cabeças de gado vivo carregadas no Rio Grande do Sul chamou a atenção do mundo nesta semana. As atenções voltaram-se para a embarcação da empresa Al Mawashi, do Kwait, depois que matérias dos jornais The New York Times, dos Estados Unidos, e The Guardian, do Reino Unido, relataram a invasão de um cheiro “inimaginável” e “pútrido” sobre a Cidade do Cabo, na África do Sul.
Segundo as publicações, o odor foi tão forte que levou o departamento de saúde ambiental local a investigá-lo na própria rede de esgoto antes de encontrá-lo no esterco dos bovinos, embarcados há mais de duas semanas no Porto de Rio Grande com destino ao Iraque.
As informações são da Sociedade Nacional para a Prevenção da Crueldade contra os Animais, que inspecionou o alojamento após autorização judicial. “Este cheiro é um indicativo das terríveis condições que os animais enfrentam”, afirmou Jacques Peacock, porta-voz da instituição, ao The New York Times. De acordo com a correspondente Lynsey Chutel, os inspetores teriam encontrado grande acúmulo de fezes e amônia, além de animais cobertos pelos resíduos, feridos e mortos.
O The Guardian detalhou que o navio tem 190 metros de comprimento e atracou na cidade sul-africana no último domingo, dia 18, para carregar ração para o gado, e já partiu para o destino final. “A exportação de animais vivos, como evidenciado por esta situação, expõe os animais a condições perigosas, como níveis perigosos de amônia, mar agitado, estresse térmico extremo, lesões, ambientes sujos, exaustão e até morte”, afirmou o partido político Aliança Democrática da África do Sul, que governa a Cidade do Cabo, ao jornal inglês.
Correio do Povo
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