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segunda-feira, 2 de janeiro de 2023

Lula acomoda pleitos do PT e de aliados e terá 37 ministros

 Com o arranjo, 11 pastas serão comandadas por mulheres

Flavia Bemfica



O primeiro escalão do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que toma posse neste domingo, será formado por 37 ministérios ou secretarias com status de ministério. Um aumento de 14 pastas ante as 23 que compunham a administração que termina.

Com a ampliação, o petista acomodou pleitos do próprio partido, atendeu a demandas de diferentes movimentos sociais em mescla com perfis técnicos, e contemplou parte dos que o apoiaram no segundo turno, além de siglas do chamado centrão, que abrigam opositores do PT. Apesar disto, alguns aliados, como o PV, ficaram de fora.

Com o arranjo, 11 das 37 pastas serão comandadas por mulheres. Nove siglas estarão representadas no primeiro escalão, e 11 ministros não têm vinculação partidária. O PT ocupará 10 pastas, o MDB, o PSB, o PSD e o União Brasil terão três ministérios cada.

O PDT, o Psol, o PCdoB e a Rede, uma pasta cada. Somados, os nove partidos terão na nova legislatura 262 das 513 cadeiras da Câmara Federal (51%) e 45 das 81 do Senado (55%).

A seguir o perfil do primeiro escalão 

Os mais importantes

  • CASA CIVIL – Rui Costa (PT)

O ministro-chefe da Casa Civil, uma espécie de coração do governo, é economista, da Bahia, e está no PT desde sua fundação, nos anos 80. Foi eleito para o primeiro mandato em 2004, como vereador em Salvador. Durante a primeira gestão de Jacques Wagner (PT) no governo baiano, foi secretário de Relações Institucionais. Em 2010 se elegeu deputado federal, licenciando-se do mandato entre 2012 e 2014 para assumir como chefe da Casa Civil da segunda administração Wagner. Em 2014 venceu a eleição para o governo da Bahia, sendo reeleito em 2018 no primeiro turno. Em 2022 fez o sucessor, Jerônimo Rodrigues (PT), o que coloca o partido pela quinta vez consecutiva à frente do Executivo naquele estado. Na Bahia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez 72,12% dos votos no segundo turno da eleição presidencial.

  • MINISTÉRIO DA FAZENDA – Fernando Haddad (PT)

Filiado ao PT desde os anos 80, Haddad desempenhou papel importante nas duas últimas eleições presidenciais. Professor de Ciência Política, tem formação diversificada: é bacharel em Direito, mestre em Economia e doutor em Filosofia. Foi ministro da Educação entre 2005 e 2012, ano em que se elegeu prefeito de São Paulo. Em 2018 concorreu à presidência da República, substituindo Lula, que teve a candidatura indeferida pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). No segundo turno, fez 44,8% dos votos válidos, mas perdeu para Jair Bolsonaro (55,1%). Em 2022 disputou o governo de São Paulo. Fez 44,73% dos válidos no segundo turno, perdendo para Tarcísio de Freitas (Republicanos), que obteve 55,27%. Apesar da derrota, sua atuação foi considerada fundamental. Porque, na corrida estadual, conseguiu o melhor resultado já alcançado pelo PT em São Paulo. Mas, principalmente, porque foi uma articulação iniciada por ele e o ex-deputado Gabriel Chalita que uniu Lula e Geraldo Alckmin (PSB) na mesma chapa.

  • MINISTÉRIO DE DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA, COMÉRCIO E SERVIÇOS – Geraldo Alckmin (PSB) 

Médico de formação, tem longa trajetória na política nacional. Começou como vereador, em 1972, pelo MDB, em Pindamonhangaba. Em 1976, aos 24 anos, conquistou a prefeitura. Na sequência se elegeu deputado estadual (1982), e federal (1986 e 1990). Em 1988, junto com lideranças que se tornariam históricas, deixou o MDB e fundou o PSDB. Em 1994 foi eleito vice-governador na chapa de Mário Covas (PSDB), de quem se tornou um dos principais articuladores. A dupla se reelegeu em 1998 e Alckmin assumiu o governo quando Covas faleceu, em 2001. Reelegeu-se em 2002. Em 2006 disputou a presidência da República contra Lula, que venceu. Em 2010 de novo se elegeu governador, reelegendo-se em 2014. Em 2018 concorreu à presidência, mas obteve índices surpreendentemente baixos (4,76% dos válidos). No final de 2021 deixou o PSDB. Meses depois, entrou no PSB. Pela sigla, se elegeu vice na chapa de Lula à presidência. Coordenou a equipe de transição do governo e, agora, acumulará as funções de vice e ministro.

  • MINISTÉRIO DA JUSTIÇA E SEGURANÇA PÚBLICA – Flávio Dino (PSB)

Advogado, foi juiz federal de 1994 a 2006, ano em que se elegeu para o primeiro mandato na Câmara Federal. Antes, foi filiado ao PT, de 1987 a 1994. Mas, quando deixou a magistratura e ingressou na política, em 2006, filiou-se ao PCdoB. Foi pela legenda que presidiu a Embratur em 2011 e que se elegeu governador do Maranhão por dois mandatos consecutivos, em 2014 e em 2018. Em 2021, com o PCdoB ameaçado de extinção pela cláusula de barreira e antes da aprovação da lei que permitiu a criação de federações partidárias, trocou a legenda pelo PSB. O PCdoB acabou formando uma federação com o PT e o PV, garantindo a sobrevivência. Em 2022, Dino se elegeu senador pelo Maranhão, posto do qual se licencia para integrar o ministério.

  • MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO E ORÇAMENTO – Simone Tebet (MDB)

Advogada, professora, e de família tradicional da política (é filha do ex-senador e ex-ministro Ramez Tebet), se elegeu pela primeira vez em 2002, para a Assembleia Legislativa do Mato Grosso do Sul. Dois anos depois, foi eleita prefeita de Três Lagoas, cargo para o qual se reelegeu em 2008. Em 2010 disputou o pleito estadual como vice-governadora na chapa de André Puccinelli (MDB), que ganhou. Acumulou as funções de vice com as de secretária de Governo e, em 2014, conquistou uma cadeira no Senado onde, em 2021, alcançou destaque por sua atuação na CPI da Covid. Em 2022, apesar da oposição enfrentada no próprio MDB (rachado entre partidários da candidatura própria e apoiadores de Lula ou Bolsonaro), disputou a presidência da República, obtendo 4,16% dos votos válidos. Foi uma das primeiras lideranças a apoiar Lula no segundo turno, e sua atuação é tida como determinante na vitória do petista.

  • MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL, ASSISTÊNCIA, FAMÍLIA E COMBATE À FOME – Wellington Dias (PT)

Formado em Letras, com especialização em Políticas Públicas e Governo, foi bancário, filiado ao PT desde os anos 80, e com participação ativa no movimento sindical.  Elegeu-se ao primeiro mandato em 1992, para vereador em Teresina. Dois anos depois chegou à Assembleia Legislativa do Piauí. Em 1998 se elegeu deputado federal (o primeiro do PT no estado). Em 2002 concorreu ao governo e ganhou no primeiro turno. Repetiu a performance em 2006, quando se reelegeu também no primeiro turno. Em 2010 conquistou uma vaga no Senado. Em 2014 se candidatou para o terceiro mandato como governador. Venceu. E, em 2018, se reelegeu, totalizando 16 anos à frente do Executivo estadual. Em 2022 concorreu ao Senado e ganhou, mas se licencia para ocupar o ministério. No Piauí, Lula fez 76,86% dos votos válidos no segundo turno da disputa presidencial.

  • MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE – Marina Silva (Rede Sustentabilidade)

Historiadora e psicopedagoga, é referência internacional na defesa do meio ambiente. Foi a vereadora mais votada da capital do Acre, Rio Branco, em 1988, pelo PT. Em 1990 foi eleita deputada estadual e, em 1994 e 2002, senadora. Comandou o ministério do Meio Ambiente de Lula, de 2003 a 2008. Após desavenças no governo (principalmente com os ministros Dilma Rousseff e Mangabeira Unger), e no partido, deixou o PT em 2009. Filiou-se ao PV e concorreu à presidência em 2010, sem sucesso, apesar do bom desempenho. Em 2014 formou a Rede, mas a sigla teve registro negado pelo TSE. Foi temporariamente para o PSB e ficou de vice de Eduardo Campos na corrida nacional. Com a morte de Campos, assumiu a cabeça de chapa. Obteve pouco mais de 20% dos válidos. Em 2018, já com o registro da Rede, fez sua terceira tentativa à presidência, mas obteve só 1% dos válidos. Em 2022 se elegeu deputada federal em São Paulo, mas se licencia para o ministério.

  • MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO – Camilo Santana (PT)

Engenheiro agrônomo e servidor de carreira do Ibama, foi filiado ao PSB de 1990 a 2002, quando ingressou no PT. Em um arranjo local conhecido, é muito próximo do clã dos Ferreira Gomes (dos irmãos Ciro, Cid e Ivo), que atualmente integra o PDT. Foi secretário de Desenvolvimento Agrário do Ceará de 2007 a 2010, na primeira gestão de Cid. Em 2010 se elegeu o deputado estadual mais votado, mas se licenciou para assumir a secretaria das Cidades, no segundo mandato de Cid. Em 2014, com apoio dos Ferreira Gomes, venceu a disputa para o governo e, em 2018, se reelegeu no primeiro turno, com 79,96% dos válidos. Em 2022 se elegeu senador, e se licencia do mandato para assumir o ministério. No segundo turno da corrida nacional, o Ceará deu 69,97% dos válidos a Lula.

  • MINISTÉRIO DA SAÚDE – Nísia Trindade

Socióloga, pesquisadora e professora universitária, ingressou na Fiocruz em 1987 e preside a fundação desde 2017. No cargo, coordenou as ações da Fiocruz no enfrentamento da Covid-19. Entre elas, a criação do Observatório Covid-19, que monitora e sistematiza dados para orientar políticas públicas, e as negociações para a importação e a fabricação da vacina da AstraZeneca no país. Integra a Zika Alliance Network, consórcio de pesquisa multinacional de combate ao zika vírus.

  • SECRETARIA DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS – Alexandre Padilha (PT)

Também filiado ao PT desde o final dos anos 80, Padilha é médico de formação e professor. Foi ministro da Secretaria de Relações Institucionais de Lula entre os anos de 2009 e 2010, sucedendo no cargo José Múcio Monteiro. Também integrou o primeiro escalão da administração Dilma, quando foi ministro da Saúde, entre 2011 e 2014. Durante sua gestão, realizou o lançamento do programa Mais Médicos. Entre 2015 e 2017, no governo Haddad, foi secretário de Saúde da cidade de São Paulo. Em 2018 se elegeu deputado federal pelo estado de São Paulo. Em 2022 se reelegeu para a Câmara, de onde se licencia agora para assumir o cargo de ministro.

  • SECRETARIA-GERAL DA PRESIDÊNCIA – Márcio Macêdo (PT)

Também filiado ao PT desde os anos 80, foi secretário de Participação Popular de Aracaju entre 2002 e 2003, superintendente do Ibama em Sergipe de 2003 a 2006 e secretário do Meio Ambiente daquele estado entre 2007 e 2010. Elegeu-se deputado federal em 2010. Em 2022, voltou a ocupar cadeira na Câmara, em função da cassação de Valdevan Noventa (PL). Foi tesoureiro do PT nacional de 2015 a 2020 e hoje é um dos vice-presidentes da sigla. Também foi tesoureiro da campanha de Lula em 2022. 

Aliados

  • MINISTÉRIO DAS CIDADES – Jader Barbalho Filho (MDB)

Presidente do MDB do Pará, pertence ao clã Barbalho. Seu pai é o senador Jader Barbalho, sua mãe a deputada federal reeleita Elcione Barbalho, seu irmão o governador reeleito, Helder Barbalho. José Priante, também deputado federal, é seu primo de segundo grau. Jader Filho preside o Grupo RBA (Rede Brasil Amazônia) de Comunicação, detentor do Jornal Diário do Pará, da RBA TV e de 9 rádios FM no estado. O Pará elegeu nove dos 42 deputados federais do MDB e foi, na região Norte, o estado onde Lula obteve a maior votação (54,75%).

  • MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES – Renan Filho (MDB)

Filho mais velho do senador Renan Calheiros (MDB), que é aliado histórico de Lula. Renan Filho se elegeu prefeito da cidade de Murici em 2004 e em 2008, e deputado federal em 2010. Em 2014, com 35 anos, venceu a eleição para o governo do Estado. Reelegeu-se para o cargo em 2018. Em 2022, conquistou uma cadeira no Senado, da qual se licencia para ocupar o ministério. Lula fez 58,68% dos votos válidos no segundo turno da corrida presidencial em Alagoas.

  • MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA – Alexandre Silveira (PSD)

Ex-delegado de polícia, já foi do PL e do PPS. Hoje preside o PSD em Minas Gerais e é próximo do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD). Na primeira gestão Lula, dirigiu o DNIT por dois anos. Elegeu-se deputado federal em 2006 e em 2010. Suplente de Antonio Anastasia, eleito senador em 2014, assumiu o cargo em 2022, quando Anastasia foi nomeado ministro do TCU. Concorreu à reeleição em 2022, mas perdeu. Foi o relator da ‘PEC da Transição’ no Senado.

  • MINISTÉRIO DA INTEGRAÇÃO E DESENVOLVIMENTO REGIONAL – Waldez Góes (PDT)

Encerrou seu quarto mandato como governador do Amapá. É filiado ao PDT desde 1989, mas deve deixar a sigla para entrar no União Brasil após ter sido indicado ao ministério pelo senador Davi Alcolumbre (União Brasil) e como forma de melhorar a articulação do governo dentro do partido. Elegeu-se deputado federal em 1990 e 1994. Em 2002 venceu a primeira disputa para o governo. Reelegeu-se no primeiro turno em 2006. Em 2014 e 2018 voltou a vencer para o governo. Em 2022 fez o sucessor, Clécio Luís (Solidariedade), eleito no primeiro turno.

  • MINISTÉRIO DOS PORTOS E AEROPORTOS – Márcio França (PSB)

Filiado ao PSB desde 1988, se elegeu vereador em São Vicente (SP) naquele ano e em 1992. Em 1996 e 2000 conquistou a prefeitura da cidade. Em 2006 e 2010, dois mandatos na Câmara Federal. Em 2011 se licenciou para assumir a Secretaria de Esporte, Lazer e Turismo no governo Alckmin. Em 2014 foi eleito vice na chapa de Alckmin ao governo, função que acumulou com a de secretário de Desenvolvimento. Em 2018, quando Alckmin renunciou para disputar a presidência, assumiu o governo e tentou a reeleição em 2018, sem sucesso. Em 2020 concorreu à prefeitura de São Paulo, mas perdeu. Em 2022 tentou o Senado, mas não se elegeu.

  • MINISTÉRIO DA AGRICULTURA E PECUÁRIA – Carlos Fávaro (PSD)

Agropecuarista, foi vice-presidente da Aprosoja Brasil e presidente da Aprosoja do Mato Grosso. Em 2014, pelo PP, se elegeu vice-governador do Mato Grosso no primeiro turno, na chapa de Pedro Taques (então PDT). Entre 2016 e o final de 2017, foi também secretário do Meio Ambiente. Em 2019 foi escolhido para chefiar o Escritório de Representação de Mato Grosso em Brasília. Em abril de 2020, após a cassação do mandato da senadora Selma Arruda, tomou posse como senador substituto, vencendo na sequência a eleição suplementar para o cargo, com mandato até 2027.

  • MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO E AGRICULTURA FAMILIAR – Paulo Teixeira (PT)

Foi eleito deputado estadual em São Paulo em 1994 e 1998. Entre 2001 e 2004 foi secretário de Habitação e Desenvolvimento Urbano da capital e, de 2003 a 2004, presidiu a Companhia Metropolitana de Habitação. Em 2004, se elegeu vereador na cidade de São Paulo. A partir de 2006 venceu cinco eleições consecutivas para a Câmara dos Deputados, de onde se licencia para atuar no ministério.

  • MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO – Luiz Marinho (PT)

Com extensa atuação como sindicalista, é o atual presidente do PT no estado de São Paulo. Chegou à presidência da CUT em 2003. Em 2005 assumiu o Ministério do Trabalho. Em 2007 passou para o comando da pasta da Previdência Social. Deixou o cargo para concorrer à prefeitura de São Bernardo do Campo em 2008, saindo vitorioso. Reelegeu-se em 2012. Em 2018 tentou o governo, sem sucesso. Em 2020 disputou novamente a prefeitura, mas perdeu. Em 2022 obteve uma cadeira na Câmara dos Deputados e se licencia para ocupar o ministério.

  • MINISTÉRIO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL – Carlos Lupi (PDT)

Sob a liderança de Leonel Brizola, foi um dos fundadores do PDT, em 1979. Em 1990 se elegeu deputado federal, mas se licenciou dois anos depois para comandar a Secretaria de Transportes da cidade do Rio de Janeiro. Entre 1999 e 2000 foi secretário de Governo na administração Anthony Garotinho. Assumiu a presidência nacional do PDT após a morte de Brizola, em 2004, mantendo-se no comando da sigla em sucessivas eleições até hoje, intercaladas com licenças em função da ocupação de outros cargos. Entre 2007 e 2011 foi ministro do Trabalho e Emprego, nos governos Lula e Dilma.

  • MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES – Mauro Vieira

Diplomata de carreira, antes de assumir o ministério estava como embaixador na Croácia. De 1982 a 1985 serviu na missão do Brasil junto à Associação Latino-Americana de Integração (Aladi) em Montevidéu, Uruguai. Nos anos 90, atuou nas embaixadas no México e na França. Em 2004 assumiu a embaixada da Argentina, onde permaneceu até 2010. Entre 2010 e 2015 chefiou a missão diplomática brasileira nos Estados Unidos. Em 2015 foi nomeado chanceler. Com o impeachment de Dilma, foi exonerado e nomeado na sequência membro permanente da equipe da ONU em Genebra.

  • MINISTÉRIO DA DEFESA – José Múcio Monteiro Filho

Tem extensa trajetória política e já integrou os quadros da Arena, PDS, PFL, PSDB e PTB. Foi vice-prefeito e depois se elegeu prefeito da cidade pernambucana de Rio Formoso entre o final dos anos 70 e o início dos 80. À época, se afastou da prefeitura para assumir como presidente da Companhia Energética de Pernambuco e depois secretário estadual. Foi ministro das Relações Institucionais de Lula entre 2007 e 2009. Em 2009 foi nomeado pelo petista ministro do Tribunal de Contas da União (TCU). Permaneceu na Corte de Contas até 2020.

  • GABINETE DE SEGURANÇA INSTITUCIONAL (GSI) – marco Edson Gonçalves Dias

General da reserva, ingressou no Exército em 1969. Ocupou o cargo de Comandante da 6ª Região Militar, comandou o 19º Batalhão da Infantaria Motorizado e a 6ª Região Militar, responsável pela administração de pessoal e logística do Exército na Bahia. Fora da carreira militar, foi secretário da Segurança da presidência da República de Lula entre 2003 e 2009, e chefe da coordenadoria de Segurança Institucional de Dilma Rousseff.

  • MINISTÉRIO DAS COMUNICAÇÕES – Juscelino Filho (União Brasil)

Médico de formação, é filho de Juscelino Rezende, que foi prefeito da cidade maranhense de Vitorino Freire. Já passou pelo PSDB, PFL, DEM (duas vezes), PRP e PMB antes do União Brasil. Elegeu-se deputado federal pelo Maranhão em 2014, 2018 e 2022. É vice-presidente nacional do União Brasil e presidente da legenda em seu estado.

  • SECRETARIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL – Paulo Pimenta (PT)

O gaúcho Paulo Pimenta é jornalista, foi servidor do Daer e está filiado ao PT desde 1985. Foi vereador por dois mandatos em Santa Maria. Depois, em 1998, obteve uma cadeira na Assembleia Legislativa. Em 2000 concorreu a vice-prefeito de Santa Maria, na chapa encabeçada por Valdeci Oliveira (PT), que ganhou a eleição. Em 2003 venceu a primeira de seis eleições consecutivas para a Câmara dos Deputados sendo que, na de 2022, foi o terceiro federal mais votado do RS.

  • ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO (AGU) – Jorge Rodrigo Araújo Messias

Procurador da Fazenda Nacional, no governo Dilma foi subchefe para Assuntos Jurídicos da presidência. À época, ficou conhecido por ter o nome citado em uma conversa entre Lula e Dilma, grampeada no âmbito da Operação Lava Jato. Antes, foi subchefe para Assuntos Jurídicos da Casa Civil, secretário de Regulação da Educação Superior no Ministério da Educação, e consultor jurídico nas pastas da Educação e da Ciência e Tecnologia. Foi também procurador no Banco Central e no BNDES.

  • CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO (CGU) – Vinícius Marques de Carvalho

Foi especialista em políticas públicas e gestão governamental do governo federal de 2006 a 2016, secretário de Direito Econômico entre 2011 e 2012 e presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) de 2012 a 2016. Antes de assumir o ministério atuava como professor do Departamento de Direito Comercial da Universidade de São Paulo e sócio do escritório VMCA. 

MINISTÉRIO DOS DIREITOS HUMANOS E CIDADANIA – Silvio Almeida

Com formação nas áreas do Direito e da Filosofia e forte atuação na área acadêmica, é autor do livro ‘Racismo Estrutural’. Preside o Instituto Luiz Gama, instituição que trabalha com Direitos Humanos, tema presente também em suas obras. Ocupa pela primeira vez um cargo político.

MINISTÉRIO DA IGUALDADE RACIAL – Anielle Franco

Ativista de direitos humanos, é irmã da ex-vereadora do Psol na cidade do Rio de Janeiro, Marielle Franco, assassinada em 2018. Anielle dirige o instituto que leva o nome da ex-vereadora.

MINISTÉRIO DOS POVOS ORIGINÁRIOS – Sônia Guajajara (Psol)

Conquistou uma cadeira na Câmara dos Deputados em 2022, tornando-se a primeira indígena eleita por São Paulo. Foi eleita pela revista Time uma das 100 pessoas mais influentes do mundo. É coordenadora executiva da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB) e integrante do Conselho da Iniciativa Inter-religiosa pelas Florestas Tropicais do Brasil, do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente.

MINISTÉRIO DAS MULHERES – Cida Gonçalves

Foi secretária nacional de Enfrentamento à Violência Contra as Mulheres nos governos Lula e Dilma, assessora da Coordenadoria de Atendimento à Mulher da Secretaria de Assistência Social Cidadania e Trabalho, entre 2001 e 2002, e assessora da Coordenadoria Especial de Políticas Públicas para a Mulher no Mato Grosso do Sul, em 1999 e 2000.

MINISTÉRIO DA GESTÃO E INOVAÇÃO EM SERVIÇOS PÚBLICOS – Esther Dweck

Doutora em Economia e professora da UFRJ, tem experiência em pesquisas sobre regime fiscal, participação do Estado e crescimento liderado pela demanda. Durante os governos Dilma atuou no Ministério do Planejamento como chefe da assessoria econômica, entre 2011 e 2014, e como secretária de Orçamento Federal, entre 2015 e 2016.

MINISTÉRIO DA CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO – Luciana Santos (PCdoB)

Presidente nacional do PCdoB desde 1987, terminou em 2022 o mandato de vice-governadora de Pernambuco. Ligada ao movimento estudantil, em 2000 se elegeu prefeita de Olinda, reeleita em 2004 no primeiro turno. Entre 2009 e 2010 foi secretária de Ciência e Tecnologia no governo Eduardo Campos (PSB). Em 2010 conquistou uma vaga na Câmara dos Deputados.  Em 2016 tentou, sem sucesso, voltar à prefeitura de Olinda.

MINISTÉRIO DA CULTURA – Margareth Menezes

Artista baiana conhecida nacionalmente, tem histórico de engajamento em causas sociais, especialmente as de direitos humanos. É fundadora da Associação Fábrica Cultural, organização social sem fins lucrativos que atua com cultura, educação e sustentabilidade em Salvador.

MINISTÉRIO DO ESPORTE – Ana Moser

Considerada uma das maiores atacantes do voleibol brasileiro, foi capitã da seleção e conquistou a medalha de bronze nas Olimpíadas de Atlanta, em 1996, entre vários outros títulos. Preside o Instituto Esporte & Educação, ONG que desenvolve projetos de atendimento direto a crianças e adolescentes em atividades esportivas e socioeducativas, formação de professores e estagiários, sensibilização de políticas públicas e desenvolvimento de metodologia de esporte educacional.

MINISTÉRIO DO TURISMO – Daniela do Waguinho (União Brasil)

Entre 2017 e 2018 foi secretária de Assistência Social e Cidadania da prefeitura de Belford Roxo (RJ), comandada por seu marido, Wagner dos Santos Carneiro, o Waguinho, hoje em segundo mandato. Além do União Brasil, já passou pelo PR, PSC e MDB. Pelo MDB, em 2018, Daniela se elegeu pela primeira vez para a Câmara dos Deputados. Já no União, foi reeleita em 2022.

MINISTÉRIO DA PESCA E AQUICULTURA – André de Paula (PSD)

Foi vereador em Recife, eleito em 1988. Em 1990 e 1994 se elegeu deputado estadual. Para a Câmara Federal se elegeu pela primeira vez em 1998. Antes do PSD, passou por PDS, PFL e DEM. No partido de Gilberto Kassab está desde 2011 e preside o diretório estadual de Pernambuco. Em 2022 disputou o Senado, mas perdeu.

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