Picape se inspira em nome nostálgico para apresentar outro conceito de carro de última geração
Renato Rossi
Frente imponente se inspira nas grandes picapes americanasO nome Maverick não soa estranho, vem com certa nostalgia. Foi o sedan grande da Ford lançado nos Estados Unidos em 17 de abril de 1969. Produzido no Brasil de 1973 a 1979, ganhou status pelo design esportivo e pelas versões com o potente motor V8. Hoje é carro valorizado por colecionadores.
Passados 43 anos, o Maverick ressurge no mercado brasileiro como picape média de última geração. Nos EUA, a Ford busca com o nome um apelo “jovem”: rebelde que não se adapta às convenções, faz seu próprio caminho. De fato, as picapes da Ford são desbravadoras e não temem os maus caminhos.
A Maverick, com seu perfil baixo e esportivo, num design bem mais harmonioso que sua rival Fiat Toro, é um sucesso de vendas. Nos EUA, induz a Ford a não aceitar mais pedidos. E a produção será normalizada no primeiro quadrimestre de 2023.
Foram dois dias com uma Maverick cedida pela líder de mercado, a Superauto Ford. Em teste anterior em dez dias de utilização em circuito urbano e rodoviário a Maverick mostrou qualidade superior. O uso urbano é facilitado pelas medidas compactas: 5,07m de comprimento, 1,73m de altura, 1,84m de largura e 3,07m de entre-eixos. É justamente o entre-eixos que gera um habitáculo muito espaçoso e confortável, na perfeita ergonomia do banco do motorista e passageiro; com amplo espaço no banco traseiro.
O design do painel insere ressaltos e refinamento estético. A tela digital no centro do painel permite pareamento com apple car play e android auto. No “cluster”, há mostradores circulares, velocímetro e conta-giros, mais tela digital com informações ao motorista. Tudo muito objetivo e com charme.
A Maverick tem a caçamba mais harmônica entre as picapes médias no Brasil. Também tem perfil rebaixado que combina com a totalidade do design. Mas a suavidade da forma contrasta com a performance vigorosa da Maverick. Leva lá na frente um potente motor 2.0 turbo, à gasolina, com potência de 253 hps e 38.7 kgfm de torque. Trabalha em conjunto com câmbio automático e sequencial de oito velocidades. As retomadas de velocidade são agressivas e o motorista deve ficar atento para não produzir excesso que exija frenagem brusca.
Se for necessário há quatro freios a disco que permitem frenagens rápidas e seguras. Em rodovia, surge a magnífica estabilidade direcional da Maverick, que parece rodar sobre trilhos, enquanto a estabilidade lateral á garantida por suspensões independentes na traseira.
O cartão de visitas da Maverick é a frente inspirada nas impressionantes picapes grandes F150: capô elevado, quadrado que confere imponência à frente. Enfim, nada nesta Maverick parece supérfluo. É tudo orgânico e essencial ao prazer de condução de um carro aventureiro.
Correio do Povo
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