Ele e um cúmplice foram presos pelos policiais civis da 1ª Delegacia de Roubos do Deic em Viamão
O Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) da Polícia Civil descobriu que um filho forjou o próprio sequestro para exigir dinheiro do pai em Porto Alegre. A equipe da 1ª Delegacia de Repressão a Roubos (1ª DR), coordenada pelo delegado João Paulo de Abreu, prendeu o suspeito e um cúmplice, no final da tarde dessa quarta-feira em Viamão. Eles foram indiciados pelo crime de extorsão.
Horas antes, os agentes da 1ª DR ficaram sabendo do caso pelos agentes da 12ª DP sobre o relato de um idoso, de 67 anos, que recebeu informações e fotos do sequestro do filho, de 44 anos, que teria ocorrido no dia 14 deste mês. As imagens fornecidas pelos supostos sequestradores mostravam a então vítima amarrada em cima de uma cama, encapuzada e sofrendo ameaças à vida e à integridade física.
“A 1ª DR procedeu ao assessoramento da vítima de extorsão, o pai, que passou a receber contatos em seu telefone celular, exigindo alguns milhares de reais a título de resgate”, explicou o delegado João Paulo de Abreu. Na investigação, os agentes adotaram “todas as medidas necessárias para a solução ideal do incidente crítico, por meio da negociação do preço de resgate e por meio de diligências visando a prisão dos autores do crime”.
“Como consequência do trabalho investigativo desta especializada, por volta das 18h, foi possível chegar ao local do suposto cativeiro, em Viamão, onde constatou-se que não havia privação de liberdade da vítima, sendo que ela estaria em conluio com um segundo indivíduo, encenando o próprio sequestro, a fim de extorquir o valor de R$ 20 mil do próprio pai”, ressaltou o delegado João Paulo de Abreu.
“Diante de tal constatação, ambos os indivíduos, a suposta vítima de sequestro e o indivíduo em conluio, foram presos em flagrante delito pela prática do crime de extorsão qualificada, praticado em detrimento de vítima com mais de 60 anos de idade”, acrescentou.
Os policiais civis apreenderam os telefones celulares utilizados pelos dois suspeitos, um simulacro de arma de fogo, cerca de 90 gramas de maconha e outros objetos que servirão como provas no inquérito.
Correio do Povo
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