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quinta-feira, 8 de dezembro de 2022

BC mantém juros em 13,75% e manda recado sobre risco fiscal

 É a terceira vez que o mesmo índice é mantido, desde o encontro de agosto, e poderá vigorar até meados de 2023


O Copom (Comitê de Política Monetária), do BC (Banco Central), definiu na última reunião do ano nesta quarta-feira manter a taxa básica de juros em 13,75%. O patamar, que é o maior desde o início de 2017, deverá vigora até meados de 2023.

É a terceira vez que o Copom matém esse índice, em vigor desde o encontro de agosto, decretando o fim do mais longo ciclo de alta de juros de sua história, iniciado em março do ano passado, que levou a taxa de 2% ao ano para o patamar atual, na tentativa de conter o avanço da inflação.

"O Comitê acompanhará com especial atenção os desenvolvimentos futuros da política fiscal e, em particular, seus efeitos nos preços de ativos e expectativas de inflação, com potenciais impactos sobre a dinâmica da inflação prospectiva", afirmou em nota, após a reunião que decidiu manter os 13,75%, em referência à ausência de propostas fiscais do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva. 

O Copom afirmou que o ambiente inflacionário continua desafiador e garantiu que segue vigilante ao verificar se a manutenção da taxa básica de juros em um patamar elevado por um período suficientemente prolongado será capaz de assegurar a convergência da inflação para a meta.

Segundo analistas do mercado financeiro consultados semanalmente pelo BC, a Selic será mantida no atual patamar. O avanço das expectativas para a inflação mostram um período mais prolongado dos juros elevados, com a taxa em 11,25% ao ano no fim de 2023 e de 8,5% ao ano em dezembro de 2024.

As percepções levam em conta que a taxa Selic é a principal ferramenta de política monetária para reduzir a inflação. Isso acontece porque os juros mais altos encarecem o crédito, reduzem a disposição para consumir e estimulam novas opções de investimento pelas famílias.

Entenda o que é Selic

A Selic é conhecida como taxa básica porque é a mais baixa da economia e funciona como forma de piso para os demais juros cobrados no mercado. A taxa é usada nos empréstimos entre bancos e nas aplicações que as instituições financeiras fazem em títulos públicos federais.

Em linhas gerais, a Selic é a taxa que os bancos pagam para pegar dinheiro no mercado e repassá-lo a empresas ou consumidores em forma de empréstimo ou financiamento. Por esse motivo, os juros que os bancos cobram dos consumidores são sempre superiores à Selic.

A taxa básica também serve como o principal instrumento do BC para manter a inflação sob controle, perto da meta estabelecida pelo governo. Isso acontece porque os juros mais altos encarecem o crédito, reduzem a disposição para consumir e estimulam alternativas de investimento.

Quando o Copom aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Já quando o Copom reduz os juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo.

R7 e Correio do Povo

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