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quarta-feira, 21 de setembro de 2022

Rússia acelera anexação na Ucrânia diante dos avanços das tropas de Zelensky

 Desde o começo de setembro, ucranianos retomaram milhares de quilômetros de regiões controlas pelos russos

Avanços da Ucrânia deixam Rússia mais acuada

Desde o começo de setembro, as tropas ucranianas têm recuperado milhares de quilômetros de regiões que estavam sob o controle dos russos desde o começo do conflito. Na semana passada, Volodymyr Zelensky anunciou que tinha conseguido recuperar territórios em Kharkiv, no nordeste do país, o que representa a primeira grande vitória da Ucrânia no conflito que já chega ao sétimo mês. Diante de sua maior derrota, a Rússia começou a acelerar um projeto que tinha sido paralisado por causa dos avanços ucranianos, o de anexar mais duas regiões na Ucrânia: Kherson e Donbass. Os referendos foram anunciados depois que a Ucrânia disse que suas tropas haviam retomado a vila de Bilohorivka, na região de Luhansk, e se preparavam para recapturar toda a província que até agora estava totalmente ocupada pelas forças russas. De acordo com as autoridades russas, em entrevista a imprensa local, os referendos vão ser organizados de 23 a 27 de setembro. “Os referendos vão mudar completamente o vetor de desenvolvimento da Rússia por décadas. E não só para nosso país. A transformação geopolítica do mundo será irreversível assim que os novos territórios estiverem incorporados à Rússia”, escreveu em uma postagem no Telegram Dmitri Medvedev, vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia.

A anexação de Donbass foi concorda pelas províncias de Donetsk e Lugansk, duas regiões separatistas que querem fazer parte da Rússia e que tiveram sua independência reconhecida pelo presidente russo, Vladimir Putin, pouco antes de lançar sua ofensiva na Ucrânia. Na segunda-feira, 19, o parlamento das duas regiões concordou em acelerar o processo. Kherson, outra local sob ataque ucraniano, o chefe local, Vladimir Saldo, anunciou no Telegram que a região “irá se tornar um ente pleno de um país unido”, afirmou. Os russos dominam 95% da região. Logo depois do anúncio, a Ucrânia prometeu “liquidar” a “ameaça” russa. “A Ucrânia vai resolver a questão russa. A ameaça só pode ser liquidada pela força”, escreveu no Telegram o chefe da administração presidencial ucraniana, Andrii Yermak, denunciando a “chantagem” de Moscou motivada pelo “medo da derrota”. A vontade da Rússia de anexar mais dois territórios, agrava seriamente o impasse de Moscou com o Ocidente, que já está balançada desde a crise dos mísseis cubanos, em 1962, e foi agravada pela “operação especial” lançada por Vladimir Putin. Não está claro como os referendos serão realizados, uma vez que as forças russas e apoiadas pela Rússia controlam apenas cerca de 60% da região de Donetsk, enquanto as forças ucranianas estão tentando retomar Luhansk. Autoridades pró-Rússia disseram anteriormente que os referendos podem ser realizados eletronicamente. A medida ocorreria oito anos depois que a Rússia anexou a península da Crimeia.

*Com informações da AFP e Reuters

Jovem Pan

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