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terça-feira, 13 de setembro de 2022

Rei Charles III usa saia durante a vigília do caixão de Elizabeth II; conheça a história da peça

 O kilt era usado por guerreiros de uma região fria da Escócia, chegou a ser proibido e hoje é uma peça para ocasiões especiais



Uma multidão se aglomerou em Edimburgo nesta segunda-feira, capital da Escócia, por causa da chegada do caixão da rainha Elizabeth II, que morreu na semana passada, aos 96 anos. Durante a vigília, um detalhe chamou a atenção: o Rei Charles III e guardas escoceses estavam usando uma espécie de saia.

A peça, na verdade, se chama kilt, que significa "ato de prender uma roupa no corpo" na antiga língua falada na Escócia. Atualmente, ela é usada pelos habitantes do país em ocasiões especiais, como casamentos, funerais e festas — além do rei, outros membros da família real também costumam usar a vestimenta quando estão por lá.

O item é uma herança do povo gaélico que vivia na Irlanda no final do século 14. Eles migraram para as Highlands, uma região úmida e chuvosa no norte da Escócia, onde os kilts foram adotados por guerreiros. Naquela época, a vestimenta, feita de lã, era usada como uma espécie de manto preso ao corpo — daí o seu nome —, de modo a proteger do frio.

O tecido xadrez do kilt, chamado de tartan, mudava de estampa de acordo com o clã daqueles que o usavam. O formato de saia é criação escocesa e só passou a ser usado a partir do século 18. Entre 1746 e 1782, civis foram proibidos de usar o kilt. A medida foi adotada para destruir o sistema de clãs e conter o nacionalismo na Escócia, depois que as tropas do príncipe Charles Edward foram derrotadas pela coroa inglesa.

O príncipe agrupou soldados para tentar tomar o trono da Escócia e da Inglaterra, mas foi derrotado na batalha de Culloden. O traje sobreviveu porque membros do Exército ainda podiam usá-lo. Quando a proibição foi revogada, O kilt voltou a ser usado por cidadãos.

R7 e Correio do Povo

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