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sábado, 17 de setembro de 2022

Lula sobe tom das críticas a Bolsonaro no comício em Porto Alegre

 Durante ato no largo Glênio Peres, apoiadores pediram o chamado "voto útil"



Para apoiadores, que ocupavam o Largo Glênio Peres, no centro de Porto Alegre, na noite desta sexta-feira, ex-presidente e candidato à presidência da República, Lula (PT), subiu o tom de críticas em relação ao governo de Jair Bolsonaro (PL). Pouco antes, em coletiva, ele já havia feito uma série de comentários em relação ao atual presidente, que disputa a reeleição. 

Ao público, Lula citou os recentes casos de violência política. Ao longo de 30 minutos, repetiu promessas, como a criação de ministério para os Povos Originários, da Pesca, da Igualdade Racial, da Mulher, da Cultura e da Segurança, e defendeu ainda o fim do teto de gastos. 

Lula durante comício no centro de Porto Alegre

Ex-presidente fez críticas a Bolsonaro - Foto: Matheus Piccini

Além disso, voltou a falar da relação com o agronegócio. "Eu não tenho problema com o agronegócio. Mas porque eles não não gostam de nós se a Dilma (Rousseff), quando era presidente, botou mais dinheiro que qualquer presidente. Eles não gostam da gente porque vai acabar o desmatamento na Amazônia e o garimpo em terra indígena", enfatizou em um determinado momento da sua fala.

Em relação às eleições gerais, pediu atenção contra possíveis fake news nesta etapa da campanha, faltando cerca de duas semanas para o pleito. 

Reforço para a campanha local

Boa parte do comício de Lula também foi direcionada à disputa local. No palco, por exemplo, o ex-governador Olívio Dutra, que está na disputa ao Senado, foi ovacionado. Um dos discursos mais enfáticos foi o do senador Paulo Paim (PT), que disse que gostaria de passar os últimos quatro anos do seu mandato ao lado de Olívio. 

Já Edegar Pretto, que é o candidato ao governo do Estado, elevou o tom de críticas contra dois dos seus adversários. Sem citar nomes, criticou o ex-governador Eduardo Leite (PSDB). e o ex-ministro Onyx Lorenzoni (PL). Também defendeu a retomada do Orçamento Participativo no Estado. 



Lideranças petistas como o ex-governador Tarso Genro também discursaram. Mas os momentos de participação do público couberam, antes de Lula, a ex-presidente Dilma Rousseff. Foi na fala dela que os cânticos similares a torcida de futebol apareceram. Dilma também ressaltou o papel feminino. "Essa eleição mostra a força política e a consciência elevada das mulheres, que não se deixam convencer por aquele que é, talvez, não só o pior presidente do Brasil, mas o pior presidente para seu povo em todo o mundo".

No Largo Glênio Peres, bandeiras de candidatos às vagas proporcionais e de movimentos sociais, além da própria chapa majoritária dominavam entre os militantes. Representantes de partidos que compõem a coligação tiveram espaço de fala, no entanto, somente Manuela D'Ávila (PCdoB) "empolgou". Em discurso, pediu "gás" aos militantes para garantir a eleição de Lula. O alinhamento com o chamado "voto útil" foi uma tônica entre os demais dirigentes partidários, que também destacaram o papel das mulheres nas eleições.

*Com informações do repórter Felipe Nabinger

Correio do Povo

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