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quinta-feira, 15 de setembro de 2022

iPhone subiu 3 vezes mais no Brasil do que nos EUA desde seu lançamento

 Novo modelo da empresa custa R$ 7,6 mil no país


Desde a primeira versão vendida no Brasil, em 2008, o preço do iPhone subiu 171% por aqui. Há 14 anos, o iPhone 3G custava R$ 2,8 mil, enquanto o novo iPhone 14 hoje sai por R$ 7,6 mil. O aumento é acima do observado nos EUA, país-sede da Apple. Lá, o salto foi de 60%, de US$ 500 para US$ 800 na versão mais simples do iPhone 14. A análise foi feita Tatiana Nogueira, economista da XP, com exclusividade para o Estadão.

No período analisado, que vai de 2008 a 2022, o preço dos semicondutores usados no smartphone caiu 23%. Com a crise global de escassez desses componentes, a tendência de queda se reverteu. "O impacto para a Apple foi elevado: expansão de até 25% no gasto com matéria-prima", diz Nogueira. O nível de preço dos semicondutores em 2021 e 2022 chegou ao maior patamar em cinco anos.

No Brasil, o câmbio teve grande peso no aumento de preços do iPhone. No período, o dólar foi de R$ 1,73 para R$ 5,25. Os impostos também ajudam a explicar o preço do iPhone no Brasil. Os três tributos que incidem sobre o celular da Apple são o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), o PIS/Cofins e o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). O IPI é de 14,87%, o PIS/Cofins, de 8,37%, e o ICMS varia conforme o Estado, mas, em média, é de 17%.

No caso da compra do iPhone nos EUA, em versões com preços abaixo de US$ 1.000, há isenção de taxa alfandegária para um produto por pessoa, desde que para uso particular. Nos EUA, o imposto é de 4% a 10,25%. Porém, há o IOF cobrado pela conversão do real para o dólar, que pode chegar a 6,38%.

Em 2022, a Apple optou por não aumentar os preços dos novos iPhones 14 em relação ao que cobrava pelo iPhone 13 à época do lançamento. No período, a inflação acumulada nos últimos 12 meses (até julho) foi de 10,07%. A versão mais cara do celular, o iPhone 14 Pro Max, mantém o mesmo preço máximo de seu antecessor: R$ 15,5 mil.


Agência Estado e Correio do Povo

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