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quarta-feira, 7 de setembro de 2022

CNJ abre processo disciplinar e afasta juiz acusado de assédio e estupro por ao menos 96 mulheres

 Marcos Scalercio, que também atuava como professor de direito em um cursinho preparatório, já havia sido afastado da docência



O CNJ (Conselho Nacional de Justiça) decidiu por unanimidade, nesta terça-feira, abrir um PAD (Procedimento Administrativo Disciplinar) para investigar o juiz Marcos Scalercio, acusado de assédio sexual e estupro por ao menos 96 mulheres. Ele, que tinha voltado ao trabalho na segunda-feira após 20 dias de férias, foi afastado pela decisão do colegiado.

Os relatos dos abusos foram feitos ao Me Too, organização sem fins lucrativos que oferece assistência jurídica gratuita a vítimas de violência sexual. As denunciantes são advogadas, juízas, bacharéis, alunas e estagiárias que, em algum momento, tiveram contato com o magistrado no curso preparatório Damásio, do qual ele era professor, ou no próprio tribunal.

Segundo o relato das vítimas, Scalercio as agarrava e forçava beijos em espaços privados e públicos. Uma delas o denunciou após ter participado de uma reunião em vídeo em que o juiz estava completamente nu e se masturbando, de acordo com o Me Too.

Dos 96 relatos de assédio, ao menos seis são de tentativa de estupro. O juiz havia sido denunciado anteriormente, mas o caso foi arquivado devido à insuficiência de provas para a abertura de um processo.

Marcos Scalercio, que é também professor de direito material e processual do trabalho no cursinho Damásio Educacional, preparatório para concursos públicos em São Paulo, foi afastado da docência após as denúncias.

A defesa do juiz afirma que ele não é investigado criminalmente e nega a veracidade das denúncias. "Scalercio não responde a qualquer resvalo na esfera criminal, sendo inverídica a informação que parte do pressuposto que o magistrado está denunciado criminalmente. É profissional de reconhecida competência e ilibada conduta pessoal, quer seja no âmbito acadêmico, quer seja no exercício da judicatura."

R7 e Correio do Povo

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