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quinta-feira, 22 de setembro de 2022

CNI diz que decisão do Copom de manter Selic em 13,75% foi acertada

 Desonerações tributárias de combustíveis, energia elétrica e telecomunicações reforçam o movimento de desaceleração da inflação



A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central de manter a taxa de juros, a Selic, em 13,75% ao ano foi considerada "acertada" pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Apesar disso, o presidente da entidade, Robson de Andrade, avalia que a taxa de juros pode "desacelerar o crescimento da atividade econômica no segundo semestre de 2022 e limitar significativamente o seu crescimento em 2023".

"A Selic em 13,75% ao ano já era suficiente para manter a desaceleração da inflação nos próximos meses. Principalmente porque essa taxa está muito acima do nível de taxa de juros a partir do qual se inibe a atividade econômica, que foi alcançado ainda em dezembro de 2021", diz Andrade.

A CNI destaca que as desonerações tributárias de combustíveis, energia elétrica e telecomunicações, que provocaram deflação em julho e agosto deste ano, reforçam o movimento de desaceleração da inflação.

Na visão da Fecomércio-RS, a decisão pela manutenção ocorrem em um cenário em que a inflação vem cedendo, e os indícios de uma recessão mundial ficam cada vez mais evidentes, de acordo com o presidente Luiz Carlos Bohn. "Entretanto, os núcleos permanecem pressionados, com a atividade interna robusta, e as expectativas de inflação para 2023 e 2024 ainda desancoradas. Nessa conjuntura é esperado que a taxa de juros real permaneça no campo contracionista por um longo período, tornando a tomada de crédito e as dívidas indexadas a Selic mais caras, pressionando o orçamento de famílias e empresas", afirmou.

Agência Brasil e Correio do Povo

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