AdsTerra

banner

quinta-feira, 22 de setembro de 2022

Candidatos ao governo do RS são contrários ao aumento de impostos

 Oito postulantes à vaga ao Piratini responderam questão única na abertura do debate promovido pelo Correio do Povo, Rádio Guaíba e AMRIGS

Oito postulantes à vaga ao Piratini responderam questão única na abertura do debate promovido pelo Correio do Povo, Rádio Guaíba e AMRIGS 

Os oito postulantes ao Palácio Piratini começaram o debate desta quarta se mostrando contrários a um aumento de impostos no Rio Grande do Sul. O questionamento, sobre se elevariam tributos, no caso de uma queda na arrecadação no Estado, foi o primeiro do encontro promovido pelo Correio do Povo, Rádio Guaíba e Associação Médica do Rio Grande do Sul (Amrigs), no Teatro Amrigs, na tarde desta quarta-feira.

O primeiro a responder foi o ex-governador Eduardo Leite (PSDB). Leite disse que governo trabalhou pela redução de impostos. "Temos a menor alíquota do Brasil". O candidato ainda lembrou que houve a devolução de imposto para 300 mil famílias de baixa renda e atrelou o desempenho econômico deste ano a pior estiagem dos últimos anos.

Vieira da Cunha (PDT) também defendeu a redução de impostos. Disse que quer mais eficiência na máquina pública para estancar gargalos e que vai combater a sonegação de impostos "sem tréguas". Ele criticou a economia ao chamar de década perdida. "Tivemos um crescimento de 0,9%.” Disse ainda que vai buscar junto à União uma medida para compensar as perdas dos estados e municípios em relação à redução de ICMS dos combustíveis.

Para Vicente Bogo (PSB), as privatizações e os repasses federais garantiram equilibrio orçamentário. Defendeu um projeto de desenvolvimento e disse que não precisa aumentar os impostos se houver compensações dos valores por parte do Governo Federal. "Precisamos apostar em um projeto de desenvolvimento."

Luis Carlos Heinze (PP) iniciou falando que vai resolver problemas na educação, segurança e saúde.  Ressaltou que votou a favor da redução do ICMS dos combustíveis, e que vai vender os mais de 30 mil imóveis do Estado."Não vou aumentar os impostos, esse Estado tem saída." 

Na sequência foi a vez de Roberto Argenta (PSC) argumentar. O candidato disse que não irá aumentar imposto e sim a atividade econômica e retirar os gargalos. Criticou a demora das licenças ambientais. "Parece que Empregos não é prioridade", ressaltou.

Ricardo Jobim (NOVO) criticou o atual modelo tributário. "É resultado de uma política tributária burra. Falta de competitividade por conta de alíquotas altas." Ainda disse que Leite e o PT prorrogaram a manutenção da alíquota por mais um ano.

Na visão de Onyx Lorenzoni (PL), a verdade incomoda e que o Estado precisa mudar de controle para crescer economicamente. "O PIB brasileiro cresceu 3,5% pelo IBGE e o do RS caiu 2,24%. O RS precisa ter um ambiente de negócios para acolher o empreendedor",afirmou.

Por fim, Edegar Pretto (PT), afirmou que o governo do seu partido não aumentou impostos, nem privatizou. "Sempre que o PT governou, a economia do Rio Grande do Sul cresceu acima da média nacional.” Por fim, alfinetou Leite com o ajuste fiscal e criticou o orçamento entregue que prevê déficit.

No terceiro bloco, os candidatos responderam a pergunta da Amrigs sobre saúde, em relação ao futuro do Hospital Psiquiátrico São Pedro. Foi cobrado posição sobre os temas da manutenção da desinstitucionalização, investimentos e possibilidade de plano de carreira para médicos psiquiatras.

Edegar Pretto, o primeiro a responder, disse que não há milagre a não ser colocar mais dinheiro para ter mais atendimento. Também propôs diálogo com a comunidade terapêutica. "Não foi só o São Pedro que sofreu com a falta de recursos." Prometeu concursos e investimentos de 12% em saúde além de terminar as filas e consultas.

Vicente Bogo ressaltou que é preciso investir no atendimento terapêutico. "É preciso fortalecer o serviço público". Atrelou que os jovens não recebem o atendimento psicológico adequado e que não se pode confundir problema de saúde mental com o crime. Disse que é possível trabalhar esse tema não somente no São Pedro, mas sim em outras instituições.

Eduardo Leite afirmou que o seu governo vem fazendo a desinstitucionalização do São Pedro seguindo a reforma psiquiátrica, com prática humanizada e aumentando residências terapêuticas. Disse que seguirá nessa direção. Ressaltou que são mais de 1.200 leitos de saúde mental. "Nós passamos a fazer a regulação dos leitos de internação de saúde mental para dar encaminhamento a cada um dos casos", assinalou. Ainda saudou os profissionais que atuaram no combate à Covid-19.

Para Roberto Argenta, enquanto falta dinheiro há milhares de imóveis sem uso e que geram despesa. Usou como exemplo o Palácio das Hortênsias. "Porque não se resolve isso? Enquanto isso falta dinheiro para saúde." Disse também que é preciso ter diálogo com os profissionais da saúde.

Onyx Lorenzoni defendeu equilíbrio e acolhimento. Disse que é precisa investir recursos, qualificar e tratar essas pessoas de maneira digna. Usou o resto do tempo para responder uma questão do bloco anterior. Alfinetou o ex-governador Eduardo Leite dizendo que ele "apoiou o bolsonarismo" enquanto lhe serviu. Disse que o governo estadual usou 1,2 bilhão do Fundeb para pagar aposentadorias e pensões. "Foi uma escolha, todo mundo tem que arcar com as suas escolhas."

Luis Carlos Heinze salientou que sua vice, Tanise Sabino, é psicóloga especializada em saúde mental. "Nós temos no nosso programa de governo esse atendimento". Heinze ressaltou que todas casa do ramo irão ganhar atendimento especial. Disse que médicos irão participar do IPE. Ainda salientou que se eleito, o governo terá uma casa de autismo.

Ricardo Jobim lembrou que na condição consultor de hospitais conhece a realidade. "Meu compromisso com a ciência é irrestrito." Para ele, há um problema sério no custeio do SUS. Acha que na questão do São Pedro é possível fazer auditorias para avaliar a situação do hospital.

Vieira da Cunha prometeu apoio ao Hospital São Pedro, disse que a falta de leitos não é só na área mental e sim outras, como a cardiologia e oncologia. Citou um caso de alguém que espera atendimento. "São milhares de gaúchos que necessitam de atendimento." Disse também que irá atualizar a tabela do SUS e cobrou o governo federal sobre essa atualização.

Correio do Povo

Nenhum comentário:

Postar um comentário