Presidente do TSE rejeitou pedido do governo para fazer propaganda relacionada aos 200 anos da Independência do Brasil
O candidato à reeleição à Presidência da República, Jair Bolsonaro (PL), afirmou nesta sexta-feira que não cumprirá a "ordem absurda" do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, em relação à proibição de campanha publicitária do governo sobre os 200 anos da Independência.
Em entrevista à rádio Jovem Pan, Bolsonaro foi questionado sobre a decisão de Moraes. "Ordem absurda não se cumpre. Se for verdadeiro isso aí, ordem absurda não se cumpre e ponto-final", afirmou o presidente. Na sequência, Bolsonaro contou os preparativos para o 7 de Setembro. "Às 9h estarei em Brasília e às 15h em Copacabana. Pessoal de verde e amarelo comemorando a nossa Independência e a nossa liberdade", disse.
Moraes proibiu, nesta sexta-feira, a realização de uma campanha publicitária sobre os 200 anos da Independência em verde e amarelo. De acordo com o magistrado, as peças produzidas para veiculação em diversos meios são propaganda eleitoral antecipada.
O slogan da campanha seria "O futuro escrito em verde e amarelo". O ministro negou um pedido feito por André de Sousa Costa, secretário Especial de Comunicação Social do Ministério das Comunicações, para que a campanha possa ser veiculada mesmo durante o período eleitoral.
O governo alegou que "as celebrações dos 200 anos de Independência, além do tradicional desfile cívico-militar, têm como foco a participação da sociedade nesta importante data comemorativa, com valorização das principais figuras históricas do Brasil" e que os "heróis nacionais que construíram o Brasil no passado têm os mesmos valores dos heróis do presente, quais sejam os cidadãos de bem, que trabalham no dia a dia para o crescimento de toda a nação".
Críticas
Durante a entrevista, Bolsonaro afirmou que Moraes interfere na Polícia Federal, censura, quer poder e trabalha contra sua campanha eleitoral. "Esse ministro escala seu delegado da Polícia Federal e determina que faça isso ou aquilo. Quando o delegado, por ordem dele, pede a busca e apreensão, ele [Moraes] fala que é a Polícia Federal. Não é a Polícia Federal, e ponto-final. É ele que quer fazer isso. É uma interferência buscando atingir seus objetivos, que, no meu entender, é o poder", disse.
O candidato à reeleição relembrou o projeto que trata do combate às notícias falsas, que foi rejeitado na Câmara dos Deputados, e atacou Moraes. "Essa censura tem sido feita por um ministro do TSE, o Alexandre de Moraes. O objetivo dele, no meu entender, é prejudicar a minha campanha. Ele é parcial nas suas decisões dentro do Tribunal Superior Eleitoral", acrescentou.
R7 e Correio do Povo

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