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sexta-feira, 5 de agosto de 2022

Avenida Farrapos tem sinais de abandono e degradação em Porto Alegre

 Além de ocorrências de furtos e trânsito caótico, os edifícios estão abandonados, pichados e com aspecto de deterioração extrema



A avenida Farrapos, uma das mais importantes da zona Norte de Porto Alegre, via de entrada e saída da Capital, tem sinais de abandono e degradação visíveis a quem transita ou vive nela. Antigamente símbolo da pujança econômica da Capital, apresenta hoje prostituição, muitos moradores de rua, carrinheiros, consumo de drogas, ocorrências de furtos, trânsito caótico, além de edifícios abandonados, pichados e com aspecto de deterioração extrema.  

A Farrapos, avenida inaugurada na década de 1940, durante a gestão do prefeito José Loureiro da Silva, é conhecida por apresentar diariamente um dos trânsitos mais caóticos de Porto Alegre. Em dias de chuva, como nesta quinta-feira, a situação se agrava, com o acúmulo de água suja e lixo se somando aos problemas já existentes. Motoristas disputam espaço no trânsito diário no local, enquanto, nas calçadas, pedestres precisam muitas vezes desviar destes transeuntes.
 
A prefeitura tem, em andamento, o projeto de revitalização do 4º Distrito, cujas placas são visíveis em muitas esquinas, acima do nome das ruas. Estas indicações, porém, contrastam com a vulnerabilidade social existente. Na larga avenida, onde há o primeiro corredor de ônibus da cidade e muitos comércios fechados, os relatos são mais consistentes.

O microempresário Robledo Lemos Pereira, proprietário de uma mecânica no bairro Floresta, afirma que há certa vigilância da Brigada Militar na área, portanto existe alguma sensação de segurança compartilhada. No entanto, ele relata que é preciso ter alguns cuidados.

“Já sofri assalto nesta área. Às vezes, chego de manhã e o lixo está espalhado. Fechando a loja, têm algumas pessoas que ficam por aqui, observando, gente que nunca vi na vida”, afirma.

O zelador Márcio Pedroso, morador de um prédio na via, comenta que a área em si é boa, bastante movimentada, porém concorda que a segurança precisa ser reforçada.  
 
“Têm pessoas que fazem de tudo por aqui. Há uns três dias, flagrei um homem em cima do telhado, furtando. E agora, com os bares do 4º Distrito abrindo, também tem havido um aumento do número dos moradores de rua. Os estacionamentos são ruins. Até têm algumas lojinhas abrindo, mas quanto tempo vão ficar abertas? As pessoas não conseguem estacionar direito”, observa.

Próximo de onde Márcio trabalha, há uma antiga agência bancária, que hoje está em ruínas e cuja antiga entrada está aberta para quem quiser se estabelecer ali, inclusive consumidores de drogas. “Quando o sol está quente, o cheiro aqui é insuportável”, relata. 
 
Procurada, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social (SMDS), por meio da assessoria, destacou que a região é "área prioritária de atenção da prefeitura, não só pelo acúmulo de problemas e desafios que ali têm, mas porque está localizada numa região quase central e de grande fluxo da cidade". Disse ainda que, de forma rotineira, todos os serviços públicos estão rotineiramente no local. 

"As audiências públicas para o projeto +4D sempre colocaram a comunidade dessa região como parte integrante da construção do projeto de soluções para o território", afirma a SMDS, reforçando que a área tem o principal Restaurante Popular de Porto Alegre, com o maior número de refeições e o que atende aos finais de semana, além de programas desenvolvidos pela Administração em parceria com o Hospital Moinhos de Vento, por exemplo.



Correio do Povo

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