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sexta-feira, 6 de maio de 2022

Juros altos tornam ainda mais desvantajoso recorrer ao crédito rotativo do cartão e ao cheque especial

 


Os juros altos também tornam ainda mais desvantajoso recorrer ao cheque especial e ao pagamento mínimo da fatura do cartão de crédito.

O que leva muita gente a se endividar usando o cartão de crédito ou o cheque especial é uma certa facilidade. Basta usar o limite que o banco oferece ou pagar uma parcela mínima do cartão e empurrar o saldo devedor paro mês seguinte. Mas essa comodidade esconde uma armadilha: as taxas de juros mais altas do mercado. A do crédito rotativo do cartão chegou a 355% ao ano, em média, no mês de fevereiro. É a taxa mais alta desde novembro de 2017.

Apesar dos juros estratosféricos, o volume de operações com crédito rotativo cresceu quase 10% de janeiro a fevereiro, de acordo com o Banco Central.

Os juros do cheque especial não eram tão altos desde janeiro de 2020: 132,6% ao ano; reflexo do aumento da taxa básica de juros da economia, usada para controlar a inflação.

“Além do aumento de preços nos supermercados que a gente tem vivenciado, aumento da conta de luz e todos os gastos que doem no bolso do brasileiro, a gente também vem vendo um encarecimento dos mecanismos de crédito da população”, afirma Gabriela Chaves, economista da NoFront.

O conselho dos economistas é renegociar e substituir as dívidas com juros mais altos por empréstimos com as menores taxas.

“Existem outras formas de tomada de crédito que oferecem taxas mais atrativas, como, por exemplo, crédito consignado, o empréstimo pessoal, empréstimo com garantias. Mas essas modalidades de endividamento também devem ser observadas com muita cautela, porque elas requerem o pagamento na data correta e, em um momento de instabilidade econômica, as pessoas devem evitar fazer dívidas de longo prazo”, explica Gabriela.

Procura por crédito

Segundo o levantamento de uma empresa especializada no setor, a demanda por crédito no primeiro trimestre de 2022 aumentou 4,2% em relação ao último trimestre do ano passado. Na comparação de março deste ano, com março de 2021, o aumento foi de 6,8%

O levantamento dividiu a demanda de crédito em dois tipos: os financeiros, aqueles que são solicitados diretamente aos bancos, e os não financeiros — que podem ser obtidos em lojas do varejo, por exemplo.

O aumento é maior nas linhas de financiamento mais arriscadas, como o cheque especial e o cartão de crédito. Justamente as que têm os juros mais altos.

Depois de uma alta tão acentuada por crédito, especialistas acreditam que os juros elevados devem fazer o interesse do consumidor diminuir.

“A pressão dos preços está comendo parte da renda real está caindo, juros estão subindo, o mercado de trabalho ainda está patinando um pouco e isso deve levar a um crescimento menor do consumo e também do crédito em 2022”, explica o economista Flávio Calife.

O Sul

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