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sexta-feira, 13 de maio de 2022

G7 condena talibãs por opressão crescente a mulheres no Afeganistão

 Grupo acusou movimento de isolar o país internacionalmente



O grupo dos sete países mais industrializados (G7) condenou nesta quinta-feira (12) as restrições crescentes às mulheres impostas pelos talibãs no Afeganistão, acusando o movimento islâmico de isolar o país internacionalmente. "Chamamos os talibãs a tomarem medidas urgentes para levantar as restrições a mulheres e meninas", disseram os ministros das Relações Exteriores de Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido no comunicado.

"Condenamos a imposição crescente de medidas restritivas que limitam severamente a capacidade de metade da população de participar completa, equitativa e significativamente da sociedade", denunciaram os ministros, reunidos por três dias na Alemanha. Ao restringir os direitos das mulheres, o Talibã "se isola cada vez mais da comunidade internacional", acrescentaram.

Quando os talibãs tomaram o poder em agosto passado, prometeram um mandato menos extremista do que durante seu primeiro regime (1996 - 2001), marcado por violações flagrantes dos direitos humanos. Mas desde então, aumentaram sua opressão, em especial contra mulheres e meninas, que não puderam voltar às escolas e a muitos empregos governamentais. Tampouco podem viajar sozinhas pelo país e, desde a semana passada, devem usar em público um véu que as cubra dos pés à cabeça, de preferência uma burca.

Mais tarde, em Nova York, os embaixadores nas Nações Unidas condenaram as imposições às mulheres afegãs. O Conselho de Segurança da ONU realizou uma reunião a portas fechadas, que pode ser seguida nos próximos dias por uma declaração unânime condenando essas restrições.

Parte da comunidade internacional havia condicionado a renovação das ajudas ao Afeganistão, afetado por uma grave crise econômica, ao respeito aos direitos humanos, especialmente das mulheres e meninas.

AFP e Correio do Povo

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