AdsTerra

banner

domingo, 8 de maio de 2022

Dólar fecha em alta, cotado a 5 reais e 7 centavos, e sobe mais de 2,6% na semana

 


A Bolsa operou praticamente em estabilidade, fechando o dia com queda de 0,16%, aos 105.134 pontos, após investidores repercutirem os dados de emprego nos Estados Unidos. O resultado faz com que o Ibovespa some a sua quinta perda semanal seguida, de 2,54%. Já o dólar teve alta de 1,17%, cotado a R$ 5,0754. A subida da moeda pode ser explicada pela saída de capital do País.

Os dados americanos mostraram que o aumento dos salários em abril não ocorreu de acordo com as expectativas, apesar de a criação de vagas ter permanecido sólida. No mês passado, foram abertas 428 mil oportunidades, o que mantém a taxa de desemprego estável em 3,6%.

Para o estrategista da Senso Corretora, João Augusto Frota, a debandada do capital estrangeiro, com investidores institucionais procurando o conforto da renda fixa e as pessoa física seguindo o comportamento, contribui para a forma de baixa.

Muitos investidores estrangeiros que estão alocados na Bolsa de São Paulo, a B3, têm direcionado o seu capital para o Tesouro Direto Americano, que é mais seguro e que está passando a oferecer uma rentabilidade considerável.

“Embora os resultados de empresas representativas para o índice, como Petrobras e Bradesco, tenham sidos robustos, os investidores seguem preocupados com a desaceleração global, diante do quadro inflacionário e da China enfrentando novo surto de covid. Nos EUA, o mercado de trabalho está aquecido, o que é mais combustível para a inflação e novos possíveis calibres nos juros”, avalia.

Rodrigo Pacheco, economista da Guide Investimentos, também opina que há receio de que o Federal Reserve estenda o ciclo de alta de juros, o que provoca uma corrida para a renda fixa:

“Ainda impera a aversão ao risco devido à perspectiva de aperto monetário mais intenso nos Estados Unidos e nas principais economias globais”, comenta.

Na cena interna, investidores reverberaram a alta de mais de 3.700% no lucro da Petrobras no primeiro trimestre de 2022, que alcançou R$ 44,56 bilhões, além das críticas que o presidente Jair Bolsonaro fez ontem em uma live semanal ao balanço.

Em referência aos custo elevado dos combustíveis que pressiona a inflação, Bolsonaro afirmou que o resultado da estatal é um “crime inadmissível” e um “estupro”. A empresa, que segue política de preços de paridade internacional, paga um montante de bilhões ao governo na sua distribuição de lucros, em forma de dividendos, e com impostos.

Marcus Martins, head de renda variável da Saron Investiments, acredita que o Ibovespa só não apresentou uma queda mais acentuada por causa dos papéis da Petrobras e dos principais bancos.

“A Petrobras ainda tem ao seu lado a alta do preço do petróleo, que é impulsionado também pelo avanço do dólar e pela abertura da curva americana”, explica.

As ordinárias da Petrobras (PETR3) se valorizaram 3,78%, cotadas a R$ 35,69, enquanto as preferenciais (PETR4) tiveram alta de 3,28%, transacionadas por R$ 33,06.

No setor financeiro, as preferenciais do Itaú (ITUB4) avançaram 2,15%, cotadas a R$ 23,79, enquanto as do Bradesco (BBDC4) subiram 2,09%, negociadas a R$ 18,10.

Na quinta (5), o Bradesco divulgou seu balanço apontando lucro líquido recorrente de R$ 6,821 bilhões no primeiro trimestre. O montante equivale a uma alta de 4,7% em relação ao mesmo período de 2021.

“Um ponto curioso é que o mercado já vinha monitorando mais de perto a divulgação dos resultados em bancos, tendo em vista a repercussão do que foi visto em banco lá fora. O Bradesco conseguiu reportar um resultado positivo e, por consequência, as ações da instituição fecharam o dia em alta”, comentou Stefany Oliveira, head de trade na Toro Investimentos.

O Sul

Nenhum comentário:

Postar um comentário