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sexta-feira, 13 de maio de 2022

Banco Central recua de pedido de reajuste de 22% para conter greve de servidores

 


Após ter encaminhado minuta de medida provisória (MP) ao Ministério da Economia para reestruturação da carreira de servidores da instituição, o Banco Central (BC) comunicou, nesta quinta-feira (12), que retirou o pedido do sistema, alegando “inconsistências no texto”.

“O Banco Central detectou inconsistências no texto de minuta de Medida Provisória para a reestruturação das carreiras e a modernização da gestão de pessoas nesta autarquia. Por isso, fez sua retirada do Sistema de Geração e Tramitação de Documentos Oficiais do Governo Federal (Sidof)”, diz comunicado do entidade monetária.

Documento encaminhado mais cedo nesta quinta ao Ministério da Economia, propunha reajuste salarial de 22% para analistas e técnicos do BC a partir de junho de 2022. A medida era a principal demanda da categoria, que retomou a greve geral no início de maio.

A proposta de medida provisória encaminhada pelo BC previa reajuste de 78,5% na remuneração do presidente da entidade, que passaria de R$ 17,32 mil para R$ 30,93 mil a partir de junho. A mudança equipara o salário do mandatário da autoridade monetária, posto ocupado por Roberto Campos Neto, ao de um ministro de Estado.

Depois da aprovação da autonomia do BC, sancionada em fevereiro do ano passado, o presidente da autarquia perdeu o status de ministro e, por isso, teve o salário reduzido. De acordo com o texto,  os diretores, que atualmente recebem o mesmo salário do titular, passariam a ganhar R$ 29,38 mil, reajuste de 69,6%.

Como são cargos comissionados, os membros de carreira da diretoria recebem também o salário-base. Já os salários do novo cargo de auditor da autarquia (hoje analista) vai de R$ 23,4 mil iniciais a R$ 33,39 mil no último nível da carreira, sem comissão.

Suspensão

A instituição anunciou, na última quarta-feira (4), que voltaria a suspender a divulgação de análises e indicadores econômicos devido à greve dos servidores da entidade.

Segundo o BC, as novas datas para as divulgações serão informadas à imprensa com 24 horas de antecedência. Durante a primeira paralisação, os indicadores que incluem o boletim Focus, o Relatório de Poupança e o IBC-Br foram afetados e tiveram que ter as divulgações adiadas.

Os funcionários da entidade monetária, que estão em seu quarto ano sem reajuste salarial, pedem a reposição da inflação do período. Eles iniciaram a greve no início de abril, mas chegaram a suspender o ato no fim do mês para negociações.

No entanto, no dia 2 de maio, os servidores voltaram a entrar em greve após não chegarem a um acordo, o que levou o BC a anunciar nova suspensão das publicações.

O Sul

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