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domingo, 1 de maio de 2022

A guerra está se ampliando

 Putin ameaça países que enviam armas pesadas à Ucrânia



Quando a Rússia invadiu a Ucrânia, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou a aplicação de “pesadas sanções econômicas” contra Moscou. E estas, realmente, passaram a acontecer e tiveram a adesão de vários países da Europa, abalando a economia russa. Passados dois meses de guerra, Biden já tinha autorização do Congresso norte-americano para uma verba de 3,5 bilhões de dólares em ajuda à Ucrânia. Esta semana, no entanto, Biden enviou ao Congresso um pedido de ajuda da ordem de 33 bilhões de dólares. Mais de 20 bilhões serão apenas para armas, munições e outros tipos de ajuda militar. O restante será para auxílio humanitário e alimentar. 

Na esteira dos EUA, o governo da Alemanha, que estava reticente em tomar qualquer medida contra Moscou, por sua dependência do gás e do petróleo, decidiu também enviar armamentos pesados para a Ucrânia. O chanceler alemão, Olaf Scholz, informou que vai fornecer 1.000 armas antitanque, 500 mísseis e 50 tanques antiaéreos Flakpanzer Gepard. O Reino Unido, conforme a ministra de Relações Exteriores, Liz Truss, acenou com o envio não só de armas pesadas, mas também de aviões de combate. Porém o grande reforço foi acertado nesta quarta-feira, na base aérea de Ramstein, no Oeste da Alemanha, em encontro que reuniu representantes de mais de 40 países sob coordenação do secretário da Defesa dos EUA, Lloyd Austin, que recém chegara de Kiev. Decidiram criar o Grupo Consultivo sobre a Segurança da Ucrânia e partir para uma substancial ajuda em armamentos àquele país. Sob o argumento usado pelo chefe do Pentágono de que “a Ucrânia acredita claramente que pode vencer (a Rússia), assim como todo mundo aqui. Vamos continuar movendo montanhas para poder satisfazer (os anseios de Kiev)”.

O fato provocou a reação de Moscou, dizendo que o Ocidente está fazendo uma guerra por procuração, através da Ucrânia, contra a Rússia. O que no entender do presidente Vladimir Putin se constitui numa ameaça à segurança europeia. E, como tem feito desde a primeira semana do conflito, ameaçou com armas nucleares. O fato é que Putin está sendo surpreendido com esta reação do Ocidente. Acreditava que a invasão à Ucrânia teria a mesma reação de inércia que houve quando ele invadiu a Geórgia. Vê-se que agora é bem diferente. Enquanto isto, os russos tentam estabelecer o controle de parte do território ucraniano. Ao falar para agências russas, o general Rustam Minnekaiev, vice-comandante do Distrito Militar Central, deixou claro qual o objetivo imediato. Tomar a região de Donbas, na parte leste, e mais a cidade de Mariupol para estabelecer a ligação com a Crimeia, ao Sul, já tomada em 2014. Mas não para por aí. Segundo o general, a ação deve seguir para o Oeste, tomando o estratégico porto de Odessa, que estabelece a ligação da Ucrânia com o Mar Negro, indo até o encrave da Transnístria, que foi tomado à Moldávia. Ou seja, a Rússia ficaria com toda uma extensão que vai do Leste ucraniano, passa pelo Sul e chega até o Oeste do país.

A pergunta: a Rússia tem fôlego para essa empreitada? Pois o país tem um Exército muito bem equipado, mas a economia não é lá essas coisas. Daí a intenção do Ocidente de fazer uma guerra de desgaste contra a Rússia. Porém, em meio a esse cenário, o ponto que precisa ser ressaltado é que a Rússia tem a bomba atômica.

Correio do Povo

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