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terça-feira, 19 de abril de 2022

Governo federal se reúne com policiais para tentar conter insatisfação com reajuste de 5%

 


Para acalmar os ânimos, o ministro da Justiça, Anderson Torres, disse nesta segunda-feira (18), em reunião com policiais, que o reajuste de 5% para todos os servidores públicos, acordado na semana passada entre o presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes, ainda não foi fechado e, assim, a reestruturação das carreiras da segurança pública poderia se tornar uma realidade.

A reunião entre Torres e a cúpula da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária Federal e do Departamento Penitenciário Nacional aconteceu na sala de reuniões do Palácio da Justiça e durou cerca de duas horas e meia. Também marcaram presença deputados ligados à chamada “bancada da bala”, como Sanderson (PL-RS) e José Medeiros (PL-MT).

O encontro teve pouco efeito prático, mas serviu – para além da tentativa de Anderson Torres de jogar “água na fervura” – para as categorias exporem a insatisfação com a proposta de reajuste linear de 5% para civis e militares a partir de julho, que não atende à promessa feita por Bolsonaro aos profissionais de segurança pública por uma reestruturação. Policial federal de carreira, o chefe da Justiça se comprometeu a levar a pauta ao presidente.

De acordo com presentes na reunião, delegados federais alertaram o ministro da Justiça que manterão a pressão por mudanças reais no plano de carreira da Polícia Federal, e têm assembleia com os sindicatos estaduais marcada para esta terça-feira (19). A ideia é deliberar sobre as ferramentas que serão adotadas daqui para frente, como greves e abordagens corpo a corpo em parlamentares e auxiliares do governo.

Bolsonaro tem forte interesse em agradar os policiais federais, considerados uma base eleitoral importante do presidente, que é pré-candidato à reeleição.

Acordo

O reajuste geral de 5% ao funcionalismo, decidido em reunião no Palácio do Planalto na última quarta-feira com a presença do ministro da Economia, Paulo Guedes, foi visto como insuficiente pelos profissionais de segurança pública, que receberam a promessa de Bolsonaro de uma reestruturação ampla das carreiras, inclusive com recomposição salarial acima da inflação.

No entanto, o governo vê o compromisso assumido pelo presidente como arriscado, diante da possibilidade de incendiar ainda mais a mobilização de outras categorias, como servidores do Banco Central e da Receita Federal, também insatisfeitos com seus atuais salários.

Por determinação da Lei de Responsabilidade Fiscal, qualquer aumento com despesas de pessoal precisa constar da folha de pagamento de julho, antes de 180 dias do fim do mandato presidencial. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Sul

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