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quinta-feira, 28 de abril de 2022

Câmara não criou bagagem gratuita em avião, diz representante de aéreas

 por Joana Cunha

Para presidente da Abear, se modelo antigo de despacho de mala voltar, Brasil espanta low costs SÃO PAULO

O argumento que o setor aéreo vai usar para defender a manutenção do atual sistema de precificação do despacho de bagagem é exatamente o mesmo de cinco atrás, quando a Anac liberou a venda de uma categoria de passagens só com mala de mão.

Após a votação da Câmara nesta terça (26), que tenta resgatar o modelo antigo, executivos de empresas aéreas dizem que é mais democrático vender o bilhete sem mala porque é mais barato. Mas a questão do preço ficou complexa. 

 

Antes da mudança, em 2017, o setor dizia que se a cobrança proporcional às malas do cliente fosse liberada, o preço da categoria sem bagagem cairia.

O problema é que, na época, o dólar, que impacta os custos do setor, girava na casa dos R$ 3 e hoje ronda R$ 5, segundo Eduardo Sanovicz, presidente da Abear, que reúne empresas aéreas. O setor também atravessa um período de alta do combustível.

"O modelo de precificação atual prevê uma tarifa mais barata que as demais para quem viaja sem bagagem. O que se fez ontem na Câmara não foi criar bagagem gratuita. Se esse projeto passar no Senado, o custo do despacho será socializado entre os que viajam com bagagem e os que viajam sem. Mas todos pagam", diz Sanovicz.

O setor também argumenta que a liberação da categoria sem despacho é um modelo que funciona nos principais mercados mundiais, como Europa e EUA, e que o retorno ao sistema antigo pode espantar um movimento de entrada de empresas low cost no Brasil, que foi interrompido pela pandemia.

O texto ainda será apreciado pelo Senado –se não for votado até 1º de junho, perde a validade. ?

Fonte: Folha Online - 27/04/2022 e SOS Consumidor

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