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quinta-feira, 24 de março de 2022

Infarto e AVC voltam a superar Covid-19 em óbitos

 Coronavírus passou para a terceira posição em letalidade



O Brasil registrou queda de 60,4% na média móvel de mortes por Covid-19 desde o pico nas ocorrências causadas pela variante ômicron. O recuo foi de uma média de 895,36 óbitos em 18 de fevereiro deste ano para 354,3 na segunda-feira, segundo o mais recente boletim epidemiológico do Ministério da Saúde. A Covid deixou também de liderar o ranking de mortes por doenças no País. Com a queda de óbitos em março, o coronavírus passou a ocupar a terceira posição em letalidade, atrás do enfarte e do acidente vascular cerebral (AVC).

Conforme dados do Portal de Transparência dos Cartórios de Registro Civil do Brasil, na semana de 16 a 22 de março, os AVCs causaram 843 mortes no Brasil, o dobro dos registros de óbitos por Covid-19, que ficaram em 421. As mortes pelo vírus também foram superadas pelos 782 óbitos causados por enfartes. Desde a semana de 16 a 22 de janeiro, quando foram relatados 1.976 óbitos, a covid vinha liderando o ranking de mortes. Na época, o Brasil vivia o ápice da terceira onda, causada pela forte circulação da variante ômicron e pelos efeitos das festas do fim de ano. O pico foi de 30 de janeiro a 5 de fevereiro, quando 6.641 morreram de Covid-19.

No acumulado deste mês de março, até o dia 22, a Covid-19 também aparece em terceiro lugar, com 3.549 registros oficiais de óbitos, atrás do AVC, com 4.453, e do enfarte (4.157 mortes). Desde abril de 2020, esta é a segunda vez que a Covid-19 sai do topo do ranking de fatalidade por doença. A anterior foi no período de 17 de outubro de 2021 até 15 de janeiro deste ano.

Cautela

A infectologista Raquel Stucchi atribuiu a melhora significativa nos índices de disseminação da Covid-19 ao avanço da vacinação, mas disse que ainda é cedo para decretar o fim da pandemia. "São os efeitos principalmente da terceira dose para todos acima de 18 anos e quarta dose para os idosos, além do período de término da variante ômicron original (BA.1). Precisamos ainda aguardar para ver se a ômicron BA.2 aumentará a circulação aqui como aconteceu na Europa.

Agência Estado e Correio do Povo

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