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quarta-feira, 23 de março de 2022

Assembleia Legislativa gaúcha aprova a cassação de Ruy Irigaray; veja como votaram os deputados

 


A Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul decidiu, nesta terça-feira (22), pela cassação do mandato do deputado estadual Ruy Irigaray (União Brasil, mas eleito pelo PSL) por quebra de decoro. Ele respondia pelo suposto desvio de função de servidores do gabinete para obras na casa de sua sogra. Ao todo, foram 45 votos favoráveis à perda do cargo e três contrários; sete não votaram. Eram suficientes 28 votos para a cassação.

A cassação será formalizada nesta quarta-feira (23), com a publicação da decisão no Diário Oficial da Assembleia. Para o assento vago no Legislativo, será chamado o deputado suplente Rodrigo Lorenzoni (União Brasil), atualmente secretário de Desenvolvimento Econômico de Porto Alegre.

Irigaray se defendeu, dizendo que o imóvel foi utilizado para “trabalho durante a pandemia”. “A Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul foi induzida ao erro”, declarou. Disse que outras denúncias contra ele no Ministério Público, feitas pelo deputado federal Bibo Nunes (PL/RS), e no governo do Estado foram arquivadas. O parlamentar foi o segundo mais votado entre os 55 eleitos em 2018.

Há um mês, em 22 de fevereiro, por unanimidade, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia aprovou o relatório favorável à cassação.

Entenda o caso

As denúncias contra Irigaray apontam que o deputado utilizou funcionários comissionados do gabinete na Assembleia Legislativa, pagos com dinheiro público, para fins pessoais, como a reforma da casa da sogra. Segundo denúncia de ex-assessoras, o deputado usava a residência de 400 m², avaliada em R$ 2 milhões, como uma espécie de escritório político. A orientação da Assembleia é que os servidores comissionados trabalhassem de suas próprias casas.

O processo contra o deputado investigou as práticas de desvio de função, recebimento indevido de parte dos salários dos seus funcionários e disseminação de notícias falsas através do gabinete do investigado.

Das três acusações, somente a primeira foi confirmada no relatório produzido pela subcomissão processante da Comissão de Ética.

Como votaram os deputados 

Por ordem alfabética:

Favoráveis à cassação (45):

  • Aloísio Classmann (PTB)
  • Any Ortiz (Cidadania)
  • Beto Fantinel (MDB)
  • Capitão Macedo (era do PSL, se filia ao PL após a votação)
  • Carlos Búrigo (MDB)
  • Clair Kuhn (MDB)
  • Dalciso Oliveira (PSB)
  • Dirceu Franciscon (PTB)
  • Dr. Thiago Duarte (União Brasil, era do DEM)
  • Edegar Pretto (PT)
  • Eduardo Loureiro (PDT)
  • Elizandro Sabino (PTB)
  • Elton Weber (PSB)
  • Ernani Polo (PP)
  • Fábio Ostermann (Novo)
  • Faisal Karam (PSDB)
  • Fernando Marroni (PT)
  • Fran Somensi (Republicanos)
  • Franciane Bayer (PSB)
  • Gabriel Souza (MDB)
  • Gaúcho da Geral (PSD)
  • Gerson Burmann (PDT)
  • Gilberto Capoani (MDB)
  • Issur Koch (PP)
  • Jeferson Fernandes (PT)
  • Juliana Brizola (PDT)
  • Kelly Moraes (era do PTB, se filia ao PL após a votação)
  • Luciana Genro (PSOL)
  • Luiz Marenco (PDT)
  • Marcus Vinícius (PP)
  • Mateus Wesp (PSDB)
  • Neri o Carteiro (Solidariedade)
  • Paparico Bacchi (PL)
  • Patrícia Alba (MDB)
  • Pedro Pereira (PSDB)
  • Pepe Vargas (PT)
  • Sergio Peres (Republicanos)
  • Sérgio Turra (PP)
  • Sofia Cavedon (PT)
  • Stela Farias (PT)
  • Tenente Coronel Zucco (PL)
  • Tiago Simon (MDB)
  • Vilmar Zanchin (MDB)
  • Zé Nunes (PT)
  • Zilá Breitenbach (PSDB)

Contrários à cassação (3):

  • Rodrigo Maroni (PSC)
  • Ruy Irigaray (União Brasil, era do PSL)
  • Vilmar Lourenço (PP)

Não votaram (7):

  • Valdeci Oliveira (PT) – Presidente, só vota em caso de empate
  • Adolfo Brito (PP)
  • Airton Lima (Podemos)
  • Eric Lins (era do DEM, se filia ao PL após a votação)
  • Frederico Antunes (PP)
  • Giuseppe Riesgo (Novo)
  • Luiz Fernando Mainardi (PT)

O Sul

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