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quarta-feira, 23 de março de 2022

Assembleia do RS aprova cassação do mandato de Ruy Irigaray

 45 deputados votaram "sim" e três "não" para a perda de mandato do parlamentar por quebra de decoro



A Assembleia Legislativa cassou, na tarde desta terça-feira, o mandato do deputado Ruy Irigaray (União Brasil). Ele foi acusado de quebra de decoro por irregularidades no uso de funcionários de seu gabinete. O projeto de resolução que resultou na perda do mandato de Irigaray contou com 45 votos favoráveis e 3 contrários entre os deputados presentes.

O parlamentar foi acusado por duas ex-assessoras de utilizar funcionários de cargos comissionados (CCs) fora das funções parlamentares; pela prática de “rachadinha”; e pelo uso de perfis para disseminação de conteúdos falsos sobre os opositores. A subcomissão da Comissão de Ética considerou procedente apenas a denúncia de desvio de função dos servidores e descartou as outras duas por falta de provas. Com o resultado, o suplente Rodrigo Lorenzoni (ainda no União Brasil) assumirá a vaga. Lorenzoni é secretário de Desenvolvimento Econômico da prefeitura de Porto Alegre e deverá filiar-se ao PL após a posse. 

'Induzidos ao erro', diz deputado

Como prometido pelo deputado, as galerias estiveram cheias de apoiadores, que se manifestavam entre uma fala e outra. As ex-assessoras que fizeram a denúncia contra deputado também acompanharam a sessão e se manifestaram em várias ocasiões.

Irigaray foi o primeiro a falar na tribuna. Ele acusou o inquérito de ser uma "guerra política", travada pelo deputado federal Bibo Nunes (PL), seu desafeto político. Ao longo de 13 minutos, Irigaray ainda apresentou documentos que, segundo ele, comprovariam a sua inocência, como inquéritos arquivados pelo Ministério Público e uma resolução do Tribunal de Contas. Segundo ele, os deputados “foram induzidos ao erro” por meio de “materiais fraudados”. Disse que as ex-assessoras que o denunciaram adulteraram documentos. 

Eleito pela primeira vez em 2018, pelo então PSL, Irigaray foi o segundo mais votado nesta legislatura, recebendo mais de 102 mil votos. 

Após a perda do mandato, Irigaray se manifestou em sua conta no Twitter. Ele afirmou que a cassação foi motivada por "uma matéria mentirosa feita pela Rede Globo". 


Discussão na tribuna

Em função das manifestações vindas das galerias, a sessão foi tumultuada, com constantes interrupções. Após Irigaray, o deputado Rodrigo Maroni (PSC) usou a tribuna para contestar a imparcialidade dos deputados da Casa, uma vez que eles não teriam, segundo ele, autonomia para julgar um colega, além de “não saberem” sobre o processo. 

Logo em seguida, Luciana Genro (PSol) também usou a tribuna e acusou Irigaray de corrupto. Luciana foi a primeira deputada a pedir abertura do processo contra o parlamentar na Casa. Ela também defendeu a imparcialidade dos deputados da comissão julgadora.

Outro deputado a usar a tribuna foi Fábio Ostermann (Novo), que afirmou que Irigaray, ao contrário do que disse na tribuna, não estava sendo cassado por ser bolsonarista. “Temos outros bolsonaristas aqui. Se fosse por defender pautas impopulares, provavelmente eu ou a deputada Luciana Genro seríamos cassados. O deputado está sendo cassado pelos seus próprios atos”, afirmou.

Um dos momentos tensos da sessão foi a discussão entre os deputados Maroni e Ostermann. Na tribuna, Maroni fez ataques contra o parlamentar do Novo. Os dois chegaram a discutir. A pedido dos colegas, Maroni retirou as críticas a Ostermann. Mesmo assim, o deputado do Novo afirmou que irá entrar com uma denúncia na Comissão de Ética contra o colega. 



Correio do Povo


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