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quarta-feira, 1 de dezembro de 2021

DEZEMBRO VERMELHO: SBU INCENTIVA PROTEÇÃO CONTRA ISTS

 Mais um milhão de pessoas são infectadas por ISTs diariamente, e em contraponto a esta realidade, os homens minimizam o uso de preservativos, nem aderem à vacina de HPV 


Dezembro é marcado pela conscientização sobre a AIDS e as Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), através da campanha Dezembro Vermelho. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de um milhão de pessoas contraem estas doenças diariamente, e por isso a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) alerta a população para as formas de prevenção, riscos e tratamentos. 


Uma grande preocupação da entidade é com o aumento da contaminação. Os casos de HIV/Aids, aumentaram 64,9% na faixa etária de 15 a 19 anos de 2009 a 2019, de acordo com o Boletim Epidemiológico HIV/Aids do Ministério da Saúde de 2020. 


 


O número de casos registrados da sífilis adquirida por meio do contato sexual também cresceu entre todas as faixas etárias e passou de 3.925 por 100 mil habitantes em 2010 para 152.915 por 100 mil habitantes em 2019, sobretudo entre pessoas acima dos 50 anos.


Já o HPV, embora exista vacina gratuita disponível no SUS, a cobertura ainda é baixa, sobretudo na segunda dose. Dados do DATASUS/PNI revelam baixíssimas coberturas vacinais de HPV com as duas doses para meninos no Acre (15,2%), Amapá (20,6%), Pará (22,6%) e Rio de Janeiro (23,1%), respectivamente. E as melhores na ordem: Paraná (57,7%), Santa Catarina (49,7%), Minas Gerais (48,1%) e Espírito Santo (47,8%). 


Esses dados são preocupantes, pois, por ser uma doença na maioria das vezes assintomática e com remissão espontânea em até dois anos, muitas pessoas nem descobrem ter o problema e a passam adiante.  


 


A maior forma de proteção a todas essas ISTs é sobretudo o uso de preservativos.  


"É importante usar preservativo em qualquer atividade sexual, seja no sexo oral ou anal também. Vacinar-se contra o HPV, procurar não ter múltiplos parceiros sexuais, mas caso tenha um comportamento de risco, faça os testes para ISTs e sorologia para o HIV", diz Dr. Antonio Carlos Pompeo, Presidente da SBU.  


"Temos que alertar que as ISTs podem causar infertilidade, doenças neurológicas, cardiovasculares e até mesmo câncer como o de ovário e de pênis.", complementa, Dr. Roni Fernandes, diretor de Comunicação da SBU.  


 


Embora seja reconhecido como fator de proteção, o sexo seguro ainda é um tabu que deve ser desmistificado. Uma pesquisa realizada pela SBU em 2020 demonstrou que embora 80% dos homens acima de 18 anos soubessem sobre as ISTs, não se consideravam em risco. Somente 11% afirmou ter consciência sobre as doenças e o real risco que correm caso mantenham relações sexuais desprotegidas. 


Entre os adolescentes também foi possível observar que ainda falta informação sobre o assunto, segundo uma pesquisa realizada pela entidade no ano passado. Dos meninos de 12 a 18 anos 44% não usaram preservativo na primeira relação sexual e 35% não usam ou usam raramente o preservativo nas relações sexuais. Ainda, 38,57% dos meninos revelaram não saber sequer colocar o preservativo. "Estes achados revelam o quanto ainda temos que trabalhar pela conscientização junto aos jovens, porque é justamente nessa faixa etária que se incorporam os hábitos que poderão fazer a diferença por toda a vida", ressalta a Dra. Karin Anzolch, que é do Departamento de Comunicação e fez parte desse estudo.   


 


Um grave problema que embora seja evitável e acomete milhares de homens todos os anos é o câncer de pênis, que tem como um dos fatores de risco a contaminação por HPV. Entre 2019 e 2020, 3.981 homens foram diagnosticados com o câncer de pênis, e no mesmo período, 1.092 tiveram o membro amputado por buscarem tratamento somente em estágio avançado. 


Pontocritico.com

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