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sábado, 20 de novembro de 2021

Deputado pede que MPF investigue ida de Guedes a evento da filha

 Ministro foi convidado para evento privado da filha, mas governo federal arcou com os custos de hospedagem e passagens aéreas


O deputado Elias Vaz (PSB-GO) afirmou, nesta sexta-feira (19), que vai entrar com uma representação no MPF (Ministério Público Federal) pedindo que o ministro da Economia, Paulo Guedes, seja investigado por usar dinheiro público para bancar a ida a um evento privado em 2019 organizado pela filha dele, Paula Drumond Guedes, no Rio de Janeiro, como revelou o R7.

Dados do Portal da Transparência levantados pela reportagem mostraram que os cofres públicos garantiram R$ 15.739,27 para passagem e hospedagem de Paulo Guedes e outros três assessores do ministério, entre eles Igor Manhaes Nazareth, subsecretário de Inovação, para que eles participassem do evento "Origem 2030", promovido pela organização IFL Dialogues, que foi fundada por Paula Drumond.

Segundo Vaz, o episódio mostra que "Paulo Guedes não tem compromisso com o dinheiro público". De acordo com o parlamentar, o ministro pode ter incorrido em crime de improbidade administrativa. "Na nossa opinião, está caracterizada a possiblidade clara de improbidade administrativa, na medida em que ele [Guedes] faz uma confusão entre o público e o privado", frisa o deputado.

Paula Drumond

Recentemente, Paula Drumond virou alvo de outra representação ao MPF, também elaborada por Vaz, porque Guedes omitiu que a filha é diretora de uma offshore que ele mantém nas Ilhas Virgens Britânicas. A defesa do ministro diz que a participação de Paula Drumond na empresa "se deve a questões meramente burocráticas de representação junto aos gestores e administradores terceirizados".

Na opinião de Vaz, contudo, a atuação de Paula Drumond na organização do "Origem 2030" mostra que ela é "bastante atuante no mercado financeiro", pois o evento foi “estritamente para convidados”, como diz a página oficial. Para participar sem o convite, o interessado deveria preencher um formulário indicando de qual empresa era fundador e respondendo se era investidor de VC (venture capital), um meio de investimento do fomento de negócios e empreendimentos de alto risco. 

"O comportamento dela mostra que ela tem uma atuação ativa no mercado financeiro, o que nos leva, cada vez mais, a ter a convicção de que essa offshore teve, sim, informações privielgiadas e precisa ser investigada a fundo essa situação", ponderou o deputado.


R7 e Correio do Povo

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