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sexta-feira, 5 de novembro de 2021

Após protesto, recicladores se reúnem com governo na Prefeitura de Porto Alegre

 Autônomos alegam que estão sendo proibidos de recolher lixo; Executivo defende formalizar atividade



O protesto dos recicladores autônomos realizado na manhã desta quinta-feira surtiu efeito. Após promoverem manifestação na avenida Castello Branco, tendo partido da altura da Igreja dos Navegantes, e caminharem em direção ao Paço Municipal, representantes da classe foram recebidos pelo secretário municipal de Governança Local e Coordenação Política, Cassio Trogildo, pelo chefe de Gabinete do Prefeito, André Coronel, e pelo diretor-geral do Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU), Paulo Marques. Os recicladores alegavam que estão sendo proibidos de recolher lixo. “Pretendemos com essa manifestação que a Prefeitura nos libere para trabalhar. Primeiro tiraram as carroças, agora estão multando e prendendo a gente. Não somos ladrões de lixo”, reclama Sônia da Silva Lemes, da Ilha Grande dos Marinheiros.

Ao chegar na frente da Prefeitura depois de deixar a avenida Castello Branco funcionando em apenas uma pista, o que causou filas de carros no sentido Interior-Porto Alegre, o grupo de cerca de 70 recicladores estendeu faixas, usou cornetas e até sinetas para fazer barulho. Alguns sacos de lixo foram deixados como protesto nos degraus do prédio da Prefeitura. Havia gente que trabalha com reciclagem de diversas regiões da cidade. “Há pessoas que vivem do lixo”, dizia um dos manifestantes. Em um cartaz era possível ler: “Não somos ladrões de lixo para nos prender. Somos trabalhadores”.

O prefeito Sebastião Melo, que estava em um evento da Polícia Rodoviária Federal (PRF/RS), comentou a situação. “A cidade precisa de regras de convivência. Existem 19 galpões de reciclagem e é preciso se respeitar a hora e os dias do lixo, sem clandestinidade. A cidade possui ordem e lei, podemos escutar os recicladores, mas na marra não vai acontecer”, afirmou.

Na reunião do Paço Municipal, o Executivo reafirmou sua ideia de formalizar a atividade dos recicladores para que prestem serviço por meio da contratualização com uma cooperativa. O DMLU apresentou uma oferta de área para a prestação dos serviços. A Prefeitura vai analisar a documentação e enquadrar a proposta para um roteiro que atenda 25% da demanda de recolhimento de resíduos sólidos no município.

Correio do Povo

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