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quarta-feira, 20 de outubro de 2021

PF acha R$ 360 mil em ação que mirou traficantes e primo de senador

 Além dos mandados de prisão e busca e apreensão, a Justiça Federal no Amapá ainda impôs medidas de sequestro de bens dos investigados


Na operação desta quarta, em que predeu Isaac Alcolumbre, primo do presidente da CCJ do Senado, por envolvimento com o tráfico de drogas, a Polícia Federal localizou grande quantidade de dinheiro vivo com investigados. O dinheiro estava em diferentes endereços. Apenas em um deles (o da foto), foram 360.000 reais numa tacada. Na casa de Isaac foram mais 108.000 reais. E outros alvos também tinham valores.

O grupo investigado utilizava o Estado do Amapá como base operacional de suas atividades relacionadas à importação e transporte de drogas, por meio de aeronaves a serem distribuídas para diferentes pontos do país e tendo o aeroporto do parente de Alcolumbre como base.

Cerca de 300 policiais federais foram às ruas para cumprir 24 mandados de prisão preventiva, além de 49 mandados de busca e apreensão. No Amapá, foram cumpridos quatro mandados de busca e dois mandados de prisão preventiva, em empresas e duas residências localizadas em Macapá, também em um aeródromo particular do primo do senador.

Além dos mandados na capital amapaense, foram alvos pessoas físicas e empresas com endereços nos estados do Pará (Belém e Ananindeua), Amazonas (Manaus e Itacoatiara), Piauí (Teresina), Ceará (Fortaleza), Mato Grosso do Sul (Campo Grande, Paranhos e Aral Moreira), São Paulo (capital e Sorocaba); Rio de Janeiro (capital) e Paraná (Foz do Iguaçu e Londrina).

“Com o aprofundamento do trabalho, chegou-se a uma grande e articulada organização criminosa com participação de brasileiros e estrangeiros, voltada à prática de diversos crimes, notadamente o tráfico internacional de drogas, por meio de uma rota que passava por países da América do Sul, principalmente Colômbia e Venezuela e tinha o estado do Amapá como uma de suas bases logísticas fundamental, de onde as drogas partiriam para outras regiões do Brasil”, diz a PF.

“No Amapá, a Polícia Federal encontrou indícios de que este aeródromo fornecia apoio logístico, como combustível, para aeronave fazer esses voos aos demais Estados brasileiros, bem como a outros países fornecedores da droga, como Colômbia e Venezuela. O local também foi utilizado como ponto de apoio para realização dos preparativos da aeronave de modo a deixá-la em condições para voar com autonomia para longas distâncias e assim trazer a maior quantidade de drogas possível”, segue a PF.

Além dos mandados de prisão e busca e apreensão, a Justiça Federal no Amapá ainda impôs medidas de sequestro de bens, direitos e valores de 68 pessoas físicas e jurídicas:95 veículos, entre carros, caminhões e motos, boa parte de luxo, com proibição da transferência de propriedade; 3 aeronaves com indisponibilidade e restrição de uso; 19 embarcações com indisponibilidade e restrição de uso; Indisponibilidade de diversos imóveis em nome de 41 pessoas físicas e jurídicas; Bloqueio de ativos financeiros de pessoas físicas e jurídicas que chegam ao montante de R$ 5,8 milhões. Os valores são individuais, ou seja, aplicados a cada envolvido.

Os investigados responderão, na medida de suas responsabilidades, pelos delitos de tráfico internacional de drogas, organização criminosa e lavagem de dinheiro. As penas somadas podem chegar a 51 anos de reclusão, além do pagamento de multa.


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