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segunda-feira, 18 de outubro de 2021

O MERCADO É SOBERANO - Gilberto Simões Pires

 DESAFIO INÓCUO

Ao longo dos séculos, todos aqueles que resolveram DESAFIAR OS MERCADOS impondo, por exemplo, os absurdos -tabelamentos de preços-, acabaram colhendo resultados extremamente perversos para os consumidores. Primeiro, porque o fato de algum produto ser considerado -ESCASSO- leva os interessados a pagar mais, via mercado informal, para obtê-lo. Segundo, porque -TABELAR PREÇOS- é o caminho mais rápido para o DESABASTECIMENTO, o que é muitíssimo pior do que a EXISTÊNCIA de algo que ainda ESTEJA DISPONÍVEL, mesmo que por preços mais altos.


TENTATIVAS

No nosso empobrecido Brasil, mais do que sabido, este expediente foi tentado por diversas vezes e em todas elas, sem exceção, o resultado foi sempre o mesmo: uma total desorganização, que implica em custos extremamente elevados até que os governantes se deem conta da estupidez,  e os produtores, por sua vez, se sintam novamente encorajados a ofertar os produtos até então -tabelados- e/ou já -inexistentes-. Ou seja, o preço da reorganização é diretamente proporcional ao tamanho da estupidez de criar -normas- que cabem apenas e exclusivamente, ao MERCADO. 


ARGENTINA

Pois, mesmo depois de escancarados todos os fracassos que foram colhidos em todos os países que aplicaram a velha e insensata estupidez, eis que o governo -socialista- da Argentina achou por bem DESAFIAR O MERCADO. Como tal resolveu impor um -tabelamento de preços- de produtos vendidos nos supermercados, como se nestes estabelecimentos é que são formados os preços dos produtos expostos nas gôndolas, pouco importando o que acontece na -cadeia produtiva- onde entram as imprescindíveis matérias primas (commodities). 


PETRÓLEO

Faço estas observações porque é notória e preocupante a pressão que muita gente está fazendo para que o governo contenha a alta dos preços dos combustíveis. Alguns pedem, desesperadamente, com ares do mais puro populismo, que o governo use o expediente do incrível -tabelamento de preços-. Isto, para quem não sabe, seria extremamente desastroso não apenas para a sofrida Petrobrás, mas para todo o setor petrolífero brasileiro, que exige INVESTIMENTOS INTENSIVOS e, portanto, só se sustenta se houver a paridade de preços praticados internacionalmente.


LEI DA OFERTA E DEMANDA

Ora, mais do que sabido o -petróleo-, assim como todas as -commodities-, tem seu preço definido pelo MERCADO, onde os compradores e vendedores negociam, com base na LEI DE OFERTA E DEMANDA, e aceitam os preços que estão dispostos a pagar e/ou receber. Mais: aqueles que se mostram dispostos a financiar e/ou investir em empresas de petróleo só o fazem desde que haja o devido respeito à regra do PPI - paridade de preços internacional- praticados no mundo todo.


REGRAS DE MERCADO

Quem fere esta regra está declarando, ao investidor, que entrará numa evidente espiral de descapitalização, resultando em dificuldades séria para honrar com a amortização dos empréstimos obtidos ou a obter. Além disso, os investidores em ações também exigem respeito às regras e só colocam dinheiro em empresas que se declaram dispostas a honrar com as regras de mercado. 


Pontocritico.com

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