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sexta-feira, 13 de agosto de 2021

Governo afegão propõe tréguas e partilha de poder com os Talibãs

 Termos apresentados ainda não estão claros e nenhum dos lados comentou sobre a oferta



O grupo radical islâmico Taleban capturou nesta quinta-feira as cidades de Ghazni , Herat e Kandahar. Diante da rapidez do avanço dos extremistas, o governo central em Cabul propôs um acordo de partilha de poder em troca do fim da operação militar. Com forças do Taleban a 150 quilômetros da capital, os EUA pretendem concluir até amanhã a retirada de diplomatas norte-americanos da embaixada.

Segundo uma fonte do governo afegão, a proposta para dividir o comando do país foi apresentada aos mediadores no Catar, onde ambos os lados se reúnem para negociações de paz. A informação também foi noticiada pela Al-Jazira e por uma série de veículos locais, mas os termos apresentados ainda não estão claros. O Taleban também não comentou a oferta.

Herat caiu após semanas de conflitos. "Tivemos de deixar a cidade para evitar mais destruição", disse uma fonte militar afegã. Após a retirada, os rebeldes hastearam sua bandeira no topo no quartel policial da cidade. Não houve resistência. "O inimigo fugiu. Dezenas de veículos militares, armas e munições caíram nas mãos dos rebeldes", afirmou Zabihullah Mujahid, porta-voz do Taleban,

Nas últimas semanas, Herat foi palco de intensos combates entre insurgentes e o Exército, apoiado pelas milícias de Ismail Khan, um conhecido senhor de guerra local. O Taleban já havia tomado grande parte da província, incluindo a passagem fronteiriça de Islam Wala, um ponto crucial de troca comercial com o Irã.

Avanços

Em outra importante vitória militar, o Taleban capturou nesta quinta-feira as cidades de Ghazni e de Kandahar, a capital cultural do país, de acordo com a Associated Press. Com a queda de Kandahar, a ofensiva sobre Cabul torna-se iminente. Na terça-feira, diplomatas europeus estimaram que o Taleban já tenha mais de 65% do território afegão sob controle.

Lynne O'Donnell, correspondente da revista Foreign Policy em Cabul, disse que a situação na capital é caótica. Parte da população fugiu para regiões vizinhas, praças e parques estão cheios de deslocados e o preço de comida e combustível disparou em razão dos bloqueios nas estradas impostos pelo Taleban.

A rapidez da ofensiva preocupa os EUA. Os serviços de inteligência americanos estimam que o grupo extremista poderá cercar Cabul entre 30 e 60 dias e tomar a cidade em três meses, mas a dificuldade de resistência do governo central pode tornar essa previsão obsoleta.

A situação fluida, no entanto, fez o Pentágono montar uma operação para retirar diplomatas e civis de Cabul. O esforço envolve três batalhões de infantaria e cerca de 3 mil fuzileiros navais. "O trabalho diplomático será mantido, apesar da equipe reduzida", afirmou o porta-voz do Departamento de Estado americano, Ned Price.

A embaixada americana em Cabul tem cerca de 4 mil funcionários. O número de civis é desconhecido. Price disse a repórteres em Washington que a retirada, que inclui cerca de 1,4 mil cidadãos americanos, ocorreria nos próximos dias.

Nesta quinta, de acordo com o New York Times, negociadores americanos tentaram obter garantias do Taleban de que os jihadistas não atacarão a Embaixada dos EUA em Cabul, caso o grupo assuma o controle do país e queira receber ajuda estrangeira. De acordo com o Pentágono, o esforço é liderado por Zalmay Khalilzad, principal enviado americano nas negociações com o Taleban, e teria como objetivo evitar uma retirada total da embaixada.

As medidas indicam que o governo do presidente Joe Biden tem dúvidas sobre a capacidade do governo afegão de fornecer segurança diplomática suficiente na capital. Nesta quinta, a embaixada enviou o último de uma série de alertas alarmantes, pedindo que os americanos deixem o Afeganistão imediatamente usando as opções de voos comerciais disponíveis.

Ataques aéreos

Os EUA continuam a apoiar os militares afegãos com ataques aéreos limitados, mas eles não fizeram uma diferença estratégica até agora e estão programados para terminar quando os americanos encerrarem formalmente seu papel na guerra, em 31 de agosto.

Biden poderia continuar os ataques aéreos além dessa data, mas em razão de sua posição firme sobre o fim da intervenção americana no Afeganistão, que já dura quase 20 anos, isso parece improvável. 

Agência Estado e Correio do Povo


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