Projeção é de expansão de 20% em relação a 2020
O mercado de trabalho em todo o país sofreu os reflexos da pandemia do coronavírus, com demissões, fechamento de vagas em diversos setores e redução da oferta de estágios. No Rio Grande do Sul, com o avanço da vacinação e o início da retomada de alguns segmentos econômicos, a expectativa para o segundo semestre é de aumento das oportunidades para quem busca vagas de estágio.
De acordo com o Centro de Integração Empresa-Escola do Rio Grande do Sul (CIEE-RS), a projeção até o final do ano é de crescimento de 20% em relação ao ano passado. Na avaliação do CEO do CIEE-RS, Lucas Antonio Baldisserotto, a redução dos casos relacionados à Covid-19 já impacta na retomada das contratações pelas empresas. "A gente vai ter o segundo semestre de 2021 bastante positivo. Já vem apresentando melhora significativa esse ano, com crescimento de 20% comparado ao ano passado", destaca, em visita ao Correio do Povo, onde foi recebido pelo diretor presidente do Correio do Povo, Sidney Costa.
Acompanhado do gerente de Marketing do CIEE-RS, Cristiano Félix, Baldisserotto reforça que o setor de aprendizagem apresenta aumento de 4% em relação a 2020. "A gente acredita que vai ter uma retomada boa, com possibilidade de abertura de novas oportunidades para os jovens. O CIEE-RS trabalha para contribuir com a sociedade, com o desenvolvimento do jovem e com futuro do nosso país e dos nossos profissionais", afirma. Durante a pandemia, o CIEE-RS lançou duas edições da campanha Todo Futuro Importa, que visa procurar sensibilizar a sociedade da importância em se preservar as oportunidades de trabalho ao jovem em meio à pandemia.
Apesar da suspensão da contratação de jovens, as empresas mantiveram boa parte das vagas, com a manutenção de 70% dos cargos de estágio e aprendizagem. "Mesmo com todos os desafios, mantivemos um contingente significativo de jovens. Muitas empresas entenderam, através de um movimento que nós fizemos, o "Todo Futuro Importa, onde procuramos conscientizar as empresas de que o elo mais fraco normalmente na relação de trabalho, na relação profissional, acaba sendo o jovem que está ingressando na casa", explica.
As empresas parceiras do CIEE-RS foram orientadas a manter, dentro do possível, os quadros de jovens estagiários e aprendizes para evitar impacto na vida daqueles que estão iniciando suas carreiras e, muitas vees, dependem da bolsa-auxílio. "No momento que tu tem contato com o mundo do trabalho e ele é abruptamente interrompido, isso pode causar inclusive um trauma futuro, aonde ele tenha certas dificuldades para conseguir entender e voltar a procurar um trabalho formal", destaca.
Correio do Povo
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