O presidente Jair Bolsonaro vai nomear Bruno Bianco, atual secretário executivo do novo Ministério do Trabalho e Previdência, para comandar a Advocacia-Geral da União (AGU). Ele assumirá a vaga do ministro Andre Mendonça, indicado para o Supremo Tribunal Federal. A informação foi confirmada por três integrantes do alto escalão do governo.
Mais tarde, Bolsonaro também fez o anúncio em suas redes sociais:
“Comunico a nomeação de @brunobiancoleal como novo Ministro da @AdvocaciaGeral.”
Bianco era secretário especial de Previdência e Trabalho da equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes. De perfil técnico, Guedes apostava na ida dele para o Ministério do Trabalho como uma tentativa de manter alguma influência na nova pasta.
Bianco é procurador federal, uma da carreiras da Advocacia-Geral da União. Ele é mestre em Direito pela Universidade de Marília, especialista em Direito Público e pós-graduado em Direito Processual Civil. Ele já foi assessor especial da Casa Civil e, desde janeiro de 2019, ocupava o cargo de secretário especial adjunto de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia.
“Agradeço ao pr. @jairbolsonaro pela confiança. Juntos aprovamos a Nova Previdência, fizemos o bem, preservamos empregos e renda. E agora uma nova missão, muito me honra assumir a @AdvocaciaGeral!”
Na equipe econômica, ganhou a confiança de diversos auxiliares do Palácio do Planalto e do próprio presidente Bolsonaro. O nome dele para a AGU foi um consenso no governo.
Para o lugar de Bianco no Ministério do Trabalho, deverá ser indicado Bruno Dalcolmo, que também é servidor de carreira. Ele fazia parte da equipe de Bianco da Economia, no cargo de secretário do Trabalho. Dalcomo é especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental, bacharel em Relações Internacionais pela Universidade de Brasília e mestre em International Political Economy pela London School of Economics.
Em 13 de julho, Bolsonaro cumpriu a promessa de indicar um “terrivelmente evangélico” para o STF e confirmou o advogado-geral da União para ocupar o lugar do ministro Marco Aurélio de Mello, que se aposentou ao completar 75 anos.
A indicação de Mendonça chegou ao Senado na última terça-feira (3), na volta do recesso parlamentar. Agora, a mensagem do presidente Bolsonaro precisa ser lida em plenário e será encaminhada à Comissão de Constituição e Justiça, que vai sabatinar Mendonça.
Para ser confirmado no STF, Mendonça precisa ter ao menos votos favoráveis de ao menos 41 dos 81 senadores. O advogado-geral vinha enfrentando resistência no Senado e intensificou as conversas com parlamentares. A chegada do ministro Ciro Nogueira à Casa Civil deve ajudar Mendonça a diminuir as restrições e ser aprovado.
O Sul

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