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segunda-feira, 12 de julho de 2021

Presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira vê momento crítico no País e pede calma a aliados

 


A escalada da tensão entre poderes da República e Forças Armadas fez com que o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), começasse a enviar recados para agentes políticos para pedir calma. As informações são da âncora da CNN, Daniela Lima.

Apesar de não ter se posicionado publicamente em relação às ameaças do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de não realizar as eleições em 2022, Lira mandou recado para o presidente dizendo que as falas que colocam em risco o pleito do próximo ano não têm apoio da cúpula do Congresso.

Outros atores que foram contatados por Lira foram ministros do Supremo Tribunal Federal. O presidente da Câmara pede que a suprema corte se resguarde em relação à discussão da volta do voto impresso e que o Legislativo tem maneiras de resolver isso com a política.

Lira disse textualmente para aliados que o momento é critico e que o ideal agora é preciso colocar “água na fervura”, por conta disso vem enviando recado para atores no centro da crise institucional.

Impeachment

Em entrevista exclusiva à CNN neste sábado (10), o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), se posicionou contra dar prosseguimento aos pedidos de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

“Nesse momento ele [Lira] se coloca como independente, como alguém que entende que esse momento é delicado, mas que as decisões não podem ser precipitadas em relação ao impeachment”, destaca Renata Agostini. Ela analisa que, durante a entrevista, Lira disse que não vê espaço para impeachment neste momento e que têm dúvidas se este movimento é o que a oposição realmente defende. Agostini destaca um ponto quando Lira diz que não há como todo presidente do Brasil sofrer processos de impeachment e, por isso, ele se pergunta: será que não é o caso de o Parlamento se debruçar e na discussão sobre o semipresidencialismo, ou seja, uma constituição parlamentarista com o sistema atual presidencialista?

Agostini também destaca que embora o debate público sobre a mudança no sistema eleitoral estivesse em curso, a entrevista foi o momento em que Arthur Lira falou publicamente que corrobora e quer trabalhar para que o sistema presidencialista, tal como funciona atualmente, seja mudado.

Outro ponto importante na fala do presidente da Câmara foi a respeito das Forças Armadas. Ele reiterou o compromisso não só dele, mas do Parlamento em defender as instituições democráticas e deu um recado às Forças Armadas ao afirmar que comandantes militares não têm que dar opinião política.

Embora Arthur Lira tenha sinalizado que realizar uma mudança no sistema presidencialista seja importante para que 2022 seja um regime transitório, Gustavo Uribe analisa que em “ano pré-eleitoral é muito difícil a aprovação de medidas que tenham um certo impacto na sociedade, que são medidas polêmicas.”

Além disso, Uribe comenta que tal mudança deveria ser acatada pelo presidente que estiver ocupando o cargo a partir das próximas eleições.

“O sistema semipresidencialista enfraquece um pouco o poder do executivo, isso tem que ser bastante discutido com os partidos políticos e até com os próximos candidatos. O candidato que entrar em 2022, ou a reeleição de Bolsonaro, terá de se readaptar a este sistema. Precisa ver se este candidato estará disposto a abrir mão de bastante poder.”

O Sul


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