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segunda-feira, 12 de julho de 2021

“Não abriremos mão da democracia, quem pensa o contrário está errado”, diz Bolsonaro

 


Em uma breve pausa na “motociata” realizada em Porto Alegre, neste sábado (10), o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), gravou vídeo para sua página no Facebook, e fez acenos a apoiadores.

“O que simboliza isso aqui é a nossa liberdade, o nosso compromisso com a democracia. Não abriremos mão da nossa democracia e da nossa liberdade, do nosso direito que está na Constituição, quem pensa o contrário está no caminho errado”, declarou o presidente.

Assim como aconteceu em atos anteriores, Bolsonaro não usava máscara.

Insônia e exaustão

Integrantes do gabinete de Bolsonaro no Palácio do Planalto estão preocupados com o cansaço físico e mental do presidente, segundo reportagem do portal Metrópoles publicada neste sábado.

Bolsonaro estaria sofrendo com insônia há dias e teria enviado mensagens em grupos ao longo da madrugada. Um membro do gabinete presidencial confidenciou que tem recebido mensagens do presidente às 2h, 4h, 6h da manhã.

A CPI da Covid, a derrota iminente na proposta de emenda à Constituição (PEC) do Voto Impresso e as pesquisas eleitorais indicando sua derrota em 2022 são apontados pela reportagem como as razões que têm afetado o sono do presidente, e não um eventual excesso de trabalho.

Na última quinta (8), de acordo com o jornal O Globo, Bolsonaro disse a apoiadores por que passava muito tempo longe do trabalho: “Ó, a agenda lá está folgada hoje de manhã, por isso estou aqui, ‘tá’?”.

Pesquisa

Um levantamento do Instituto Datafolha divulgado neste sábado pelo jornal “Folha de S.Paulo” aponta que, pela primeira vez, a maioria dos brasileiros defende abertura de processo de impeachment do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Veja os números:

— 54% são a favor do processo de impeachment na Câmara dos Deputados

— 42% são contrários à abertura do processo

— 4% não sabem

Foram ouvidos de forma presencial 2.074 brasileiros maiores de 16 anos, de todas as regiões, nos dias 7 e 8 de julho. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou menos.

Na última pesquisa, feita em 11 e 12 de maio, os pró-impedimento eram 49%, mas estavam empatados tecnicamente com os contrários à iniciativa, que chegavam a 46%. Na ocasião, 4% não sabiam.

Rejeição aumenta

Na semana passada, outra pesquisa do Datafolha mostrou que a reprovação ao governo Jair Bolsonaro chegou a 51%, a pior marca registrada desde o início do mandato do presidente, em janeiro de 2019. Eram 45% no levantamento anterior, em maio.

Outros 24% aprovam a gestão de Bolsonaro, mesmo índice de maio. Os que consideram a gestão do presidente regular caíram de 30% em maio para 24% na pesquisa divulgada na última quinta-feira (8).

Os resultados aparecem no momento em que a CPI da Covid investiga irregularidades, cobrança de propina e negociações paralelas para compra de vacinas. Bolsonaro virou alvo de um inquérito, no qual a Procuradoria Geral da República investiga se ele recebeu denúncia de problemas e deixou de tomar providências, o que se enquadra no crime de prevaricação.

O Sul


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